Sofia Eizirik é estudante do segundo semestre do curso do Jornalismo da PUCRS. / Foto: Giordano Toldo

Escutar, produzir e escrever histórias é um dos principais motivos que levam estudantes a escolher traçar um caminho dentro da Comunicação. Sofia Eizirik (19) está no 2º semestre do curso de Jornalismo, da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS. Comunicativa e apaixonada pela escrita desde pequena, Sofia tentou encontrar formas de combinar as suas habilidades de comunicação com a vontade de mudar o mundo através das palavras.  

“Acredito que o Jornalismo carrega em si uma responsabilidade social e um potencial inspirador de transformar a realidade, o que torna os jornalistas parte de algo muito maior, algo que realmente importa. Portanto, eu, que buscava uma profissão que me fizesse sentir relevante e ajudasse a comunidade de alguma maneira, encontrei nesse curso a junção de tudo que eu gostava e queria para mim.”  

A busca por encontrar um curso que se alinhasse com suas perspectivas de vida também foi o que motivou Fran Geyer, também de 19 anos, a iniciar a graduação em Jornalismo na PUCRS. Residente de Porto Alegre, Fran iniciou seus estudos na Universidade no segundo semestre de 2021 e, assim como Sofia, quer contar histórias relevantes que causem impacto na sociedade.  

“Eu decidi cursar jornalismo por gostar muito de escrever e de conversar com pessoas de culturas e histórias diferentes. Também sempre tive interesse em Relações Internacionais e a possibilidade de coberturas internacionais e de testemunhar a história acontecendo”, explica o estudante do 4° semestre. 

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Apreendendo Jornalismo na prática 

Fran Gayer, aluno do quarto semestre de Jornalismo na PUCRS, quer contar histórias relevantes que causem impacto na sociedade. / Foto: Giordano Toldo

No curso de Jornalismo, alunos e alunas precisam aprender na prática. No entanto, ao mesmo tempo em que desbravam as pautas do mundo, precisam aprender a dominar as técnicas que fazem do jornalismo uma profissão que está sempre a serviço da sociedade. Antes da veiculação de qualquer notícia, é preciso passar pelas etapas de apuração, checagem de fatos, edição de conteúdo até que tudo esteja pronto para ser publicado em qualquer plataforma. 

No curso de Jornalismo da PUCRS, estudantes contam com infraestrutura para que consigam desenvolver plenamente a prática jornalística a partir do primeiro semestre. A Famecos possui diversos espaços de aprendizagem como o Estúdio Fotográfico, o Laboratório de Cinema, o Estúdio de TV e o Estúdio de Áudio. Para Sofia, a possibilidade de utilizar esses locais com equipamentos específicos e durante o curso foi um dos pontos decisivos para sua escolha de Universidade. 

“Os materiais e espaços disponibilizados pela própria Famecos, como câmeras profissionais e estúdios, são diferenciais muito importantes e que me fizeram ter certeza da minha escolha. Acho que isso é algo único, pois permite que estudantes, mesmo que ainda no início do curso, se familiarizem e conheçam materiais que são usados no cotidiano profissional.”       

Referência em Jornalismo universitário, o curso na PUCRS conta com o Lab J (antigo Editorial J), onde estudantes produzem coberturas reais, escrevem e gravam notícias e outros conteúdos jornalísticos multimídia. Um dos motivos que levaram Fran a escolher a graduação na PUCRS foi a oportunidade de poder ter uma vivência como o Lab J: “Poder trabalhar em laboratório experimental é uma oportunidade incrível.” 

Para além da Famecos, o coordenador do curso de Jornalismo da PUCRS, professor Deivison Moacir Cezar de Campos, explica que os/as estudantes contam com outros espaços de aprendizagem para se desenvolverem dentro do Campus.   

“Nossas e nossos estudantes têm acesso ao Tecna, que oferece um parque de produção audiovisual, único no país. O UBLab, junto ao Tecnopuc, desenvolve projetos digitais e de jogos. Também contamos com um estúdio de audiovisual em parceria com a Dell e um estúdio de áudio em parceria com a Atlântida e estamos ampliando os espaços, tendo previsto para 2024 um novo e completo estúdio de podcast em parceria com o mercado”, explica o pesquisador em mídia, relações étnico-raciais e epistemologias negras 

Curso conceituado e currículo único 

O curso de Jornalismo da PUCRS vem há 70 anos formando profissionais multidisciplinares. / Foto: Eduardo Seidl

Fundado em 1952, o curso de Jornalismo da PUCRS foi primeiro da área na região Sul do Brasil e o terceiro no país. A graduação possuiu reconhecimento nacional pela formação de profissionais de excelência para as mais diferentes áreas do mercado de atuação. O professor Deivison explica que a graduação alia o conhecimento tradicional do jornalismo, com as possibilidades das novas tecnologias e as tendências de mercado.  

“Na Famecos, os/as estudantes aprendem pela experiência, além de estarem atentos para produzirem impacto social em sua formação e atuação profissional. O corpo docente potencializa a experiência profissional e acadêmica com a infraestrutura oferecida pela Escola, além de termos, cotidianamente, profissionais do mercado presentes em nossa Escola por meio de palestras e bate-papo com os estudantes. Isso tudo oferece uma formação prática e conhecimento consistente”, enfatiza.  

Com 71 anos de história, o curso de Jornalismo da PUCRS já formou mais de seis mil de profissionais. Sua formação é voltada para a visão reflexiva, com foco na ética e na responsabilidade social da profissão. Para o professor Deivison o curso está atento as demandas profissionais contemporâneas e às tendências da sociedade e do mercado. 

“O curso Jornalismo da PUCRS consegue manter a tradição de formar profissionais que atuam com excelência e com a vocação para inovação nas práticas e no mercado, a partir de metodologias que aliam prática e conhecimento crítico”, finaliza. 

Leia também: Inquieto, curioso e atualizado: assim é o profissional de comunicação e criatividade 

Estude Jornalismo na PUCRS

Sofia Eizirik é estudante do terceiro semestre do curso do Jornalismo da PUCRS. / Foto: Giordano Toldo

Escutar, produzir e escrever histórias é um dos principais motivos que levam estudantes a escolher traçar um caminho dentro da Comunicação. Sofia Eizirik está no 3º semestre do curso de Jornalismo, da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS. Comunicativa e apaixonada pela escrita desde pequena, Sofia tentou encontrar formas de combinar as suas habilidades de comunicação com a vontade de mudar o mundo através das palavras.  

“Acredito que o Jornalismo carrega em si uma responsabilidade social e um potencial inspirador de transformar a realidade, o que torna os jornalistas parte de algo muito maior, algo que realmente importa. Portanto, eu, que buscava uma profissão que me fizesse sentir relevante e ajudasse a comunidade de alguma maneira, encontrei nesse curso a junção de tudo que eu gostava e queria para mim.”  

A busca por encontrar um curso que se alinhasse com suas perspectivas de vida também foi o que motivou Fran Geyer a iniciar a graduação em Jornalismo na PUCRS. Residente de Porto Alegre, Fran iniciou seus estudos na Universidade no segundo semestre de 2021 e, assim como Sofia, quer contar histórias relevantes que causem impacto na sociedade.  

“Eu decidi cursar jornalismo por gostar muito de escrever e de conversar com pessoas de culturas e histórias diferentes. Também sempre tive interesse em Relações Internacionais e a possibilidade de coberturas internacionais e de testemunhar a história acontecendo”, explica o estudante do 4° semestre. 

Leia mais: Curso de Jornalismo da PUCRS completa 70 anos de história 

Apreendendo Jornalismo na prática 

Fran Gayer, aluno do quinto semestre de Jornalismo na PUCRS, quer contar histórias relevantes que causem impacto na sociedade. / Foto: Giordano Toldo

No curso de Jornalismo, alunos e alunas precisam aprender na prática. No entanto, ao mesmo tempo em que desbravam as pautas do mundo, precisam aprender a dominar as técnicas que fazem do jornalismo uma profissão que está sempre a serviço da sociedade. Antes da veiculação de qualquer notícia, é preciso passar pelas etapas de apuração, checagem de fatos, edição de conteúdo até que tudo esteja pronto para ser publicado em qualquer plataforma. 

No curso de Jornalismo da PUCRS, estudantes contam com infraestrutura para que consigam desenvolver plenamente a prática jornalística a partir do primeiro semestre. A Famecos possui diversos espaços de aprendizagem como o Estúdio Fotográfico, o Laboratório de Cinema, o Estúdio de TV e o Estúdio de Áudio. Para Sofia, a possibilidade de utilizar esses locais com equipamentos específicos e durante o curso foi um dos pontos decisivos para sua escolha de Universidade. 

“Os materiais e espaços disponibilizados pela própria Famecos, como câmeras profissionais e estúdios, são diferenciais muito importantes e que me fizeram ter certeza da minha escolha. Acho que isso é algo único, pois permite que estudantes, mesmo que ainda no início do curso, se familiarizem e conheçam materiais que são usados no cotidiano profissional.”       

Referência em Jornalismo universitário, o curso na PUCRS conta com o Lab J (antigo Editorial J), onde estudantes produzem coberturas reais, escrevem e gravam notícias e outros conteúdos jornalísticos multimídia. Um dos motivos que levaram Fran a escolher a graduação na PUCRS foi a oportunidade de poder ter uma vivência como o Lab J: “Poder trabalhar em laboratório experimental é uma oportunidade incrível.” 

Para além da Famecos, o coordenador do curso de Jornalismo da PUCRS, professor Deivison Moacir Cezar de Campos, explica que os/as estudantes contam com outros espaços de aprendizagem para se desenvolverem dentro do Campus.   

“Nossas e nossos estudantes têm acesso ao Tecna, que oferece um parque de produção audiovisual, único no país. O UBLab, junto ao Tecnopuc, desenvolve projetos digitais e de jogos. Também contamos com um estúdio de audiovisual em parceria com a Dell e um estúdio de áudio em parceria com a Atlântida e estamos ampliando os espaços, tendo previsto para 2024 um novo e completo estúdio de podcast em parceria com o mercado”, explica o pesquisador em mídia, relações étnico-raciais e epistemologias negras 

Curso conceituado e currículo único 

O curso de Jornalismo da PUCRS vem há 70 anos formando profissionais multidisciplinares. / Foto: Eduardo Seidl

Fundado em 1952, o curso de Jornalismo da PUCRS foi primeiro da área na região Sul do Brasil e o terceiro no país. A graduação possuiu reconhecimento nacional pela formação de profissionais de excelência para as mais diferentes áreas do mercado de atuação. O professor Deivison explica que a graduação alia o conhecimento tradicional do jornalismo, com as possibilidades das novas tecnologias e as tendências de mercado.  

“Na Famecos, os/as estudantes aprendem pela experiência, além de estarem atentos para produzirem impacto social em sua formação e atuação profissional. O corpo docente potencializa a experiência profissional e acadêmica com a infraestrutura oferecida pela Escola, além de termos, cotidianamente, profissionais do mercado presentes em nossa Escola por meio de palestras e bate-papo com os estudantes. Isso tudo oferece uma formação prática e conhecimento consistente”, enfatiza.  

Com 71 anos de história, o curso de Jornalismo da PUCRS já formou mais de seis mil de profissionais. Sua formação é voltada para a visão reflexiva, com foco na ética e na responsabilidade social da profissão. Para o professor Deivison o curso está atento as demandas profissionais contemporâneas e às tendências da sociedade e do mercado. 

“O curso Jornalismo da PUCRS consegue manter a tradição de formar profissionais que atuam com excelência e com a vocação para inovação nas práticas e no mercado, a partir de metodologias que aliam prática e conhecimento crítico”, finaliza. 

Leia também: Inquieto, curioso e atualizado: assim é o profissional de comunicação e criatividade 

Estude Jornalismo na PUCRS

Cristiano Aguzzoli é pesquisador associado do InsCer. / Foto: Paulo Nemitz

O médico neurologista e pesquisador-associado do Instituto do Cérebro da PUCRS, Cristiano S. Aguzzoli, recebeu financiamento de 250 mil dólares da organização internacional Alzheimer’s Association. O investimento será destinado para a condução de sua pesquisa Glial Reactivity Marker Predictive Value on Neuropsychiatric Symptoms in Alzheimer’s disease (Valor preditivo do marcador de reatividade glial em sintomas neuropsiquiátricos na doença de Alzheimer), que visa identificar marcadores inflamatórios no sangue capazes de prever sintomas neuropsiquiátricos em pacientes com a doença neurodegenerativa de maior incidência no mundo. 

O projeto de pesquisa financiado é fruto dos resultados obtidos em recente estudo liderado por Cristiano e realizado na Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. O estudo contou ainda com a supervisão do professor Dr. Tharick Ali Pascoal, e a participação de outros dois pesquisadores-associados do InsCer, o neurocientista Eduardo Zimmer e o neurologista Lucas Schilling.

“O estudo revelou que a neuroinflamação medida por neuroimagem contribui substancialmente para o desenvolvimento de sintomas neuropsiquiátricos em pacientes com doença de Alzheimer. Agora, o projeto proposto que obtivemos financiamento se baseia nos resultados desse estudo anterior e busca investigar se marcadores sanguíneos de inflamação têm associação e podem predizer sintomas neuropsiquiátricos em um estudo longitudinal”, destaca Cristiano.

A proposta do projeto passou por um criterioso e competitivo processo de seleção pela organização internacional Alzheimer’s Association, maior associação de financiamento não governamental dedicada à pesquisa sobre a Doença de Alzheimer e Desordens Relacionadas (DADR). A organização é comprometida com o avanço e financiamento de pesquisas de alto impacto e altamente relevantes para o desenvolvimento de métodos, tratamentos e, por fim, a cura da Doença de Alzheimer. 

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O estudo conduzido por Cristiano é original no Brasil. No mundo, pesquisas prévias demonstraram a associação de proteínas beta-amilóide e Tau a sintomas neuropsiquiátricos, mas poucos centros investigam a associação desses sintomas à neuroinflamação nos pacientes com doença de Alzheimer.

“A conquista deste financiamento representa uma oportunidade única de trazer investimento exterior para a ciência brasileira e, desta forma, contribuir para aprimoramento de pesquisas conduzidas no nosso país e na América Latina”, reforça Cristiano. 

Segundo Heather M. Snyder, Ph.D., vice-presidente de Relações Médicas e Científicas da Associação de Alzheimer, um dos objetivos é promover a pesquisa de médicos de diversas origens e perspectivas em todo o mundo. “Como maior financiadora mundial sem fins lucrativos da ciência do Alzheimer e da demência, a Associação de Alzheimer tem orgulho de financiar cientistas clínicos. É uma necessidade importante em nossa área apoiar especialistas tanto em pesquisa quanto em atendimento ao paciente”, pontua Snyder. 

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Ângelo Brandelli Costa

Professor Angelo Brandelli coordenou pesquisa sobre HIV/Aids em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde. / Foto: Giordano Toldo

O professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e dos programas de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde, Psicologia e Sociologia e Ciência Política, Angelo Brandelli Costa, coordenou a pesquisa Insights, experiências e perspectivas sobre o diagnóstico rápido de tuberculose, histoplasmose e criptococose em pessoas com doença avançada pelo HIV em Porto Alegre. O trabalho, desenvolvido em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) da Organização Mundial da Saúde (OMS) e alunos de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado da PUCRS, teve o objetivo compreender a viabilidade da implementação de um pacote para o diagnóstico rápido de infecções oportunistas, 

Em Porto Alegre, o estudo aconteceu em quatro locais: Grupo Hospitalar Conceição, Santa Casa de Misericórdia, Hospital de Clínicas e Associação Hospitalar Vila Nova. Além da PUCRS, a pesquisa acontece em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Nesse processo, focou-se em coletar as percepções e vivências de profissionais e gestores da área da saúde por meio de grupos focais e entrevistas em profundidade com usuários que vivem com HIV. Estas entrevistas, como também a elaboração das estratégias de pesquisa, foram concebidas pelos alunos da PUCRS.  

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Para Angelo, este estudo tem um grande valor, por reforçar a parceria entre academia, sociedade civil, serviços de saúde e organizações unilaterais.  

“A união de diferentes atores foi fundamental para a estruturação e o sucesso da resposta da política de HIV/Aids no Brasil.  Ainda, esses resultados foram apresentados em seminário envolvendo hospitais, universidades e gestão municipal/estadual, além de reunião técnica com a gestão federal”, destaca o professor. 

Resultados da pesquisa 

hiv, aids

Estudo reforça parceria entre academia, sociedade civil, serviços de saúde e organizações unilaterais. / Foto: Envato Elements

Os resultados do estudo destacam a necessidade da colaboração interdisciplinar entre profissionais de saúde, gestores e pacientes para a implementação efetiva de políticas de atenção ao HIV/Aids. A análise dos dados coletados ressalta a relevância da velocidade no diagnóstico, bem como a necessidade de estratégias de educação em saúde para informar os pacientes sobre os benefícios da testagem e de cuidados necessários.  

Nesse sentido, a educação desempenha um papel fundamental ao estabelecer uma ponte para mitigar novas contaminações, ao mesmo tempo, em que promove conscientização e molda um novo panorama na saúde pública, integrando assim a prevenção e o tratamento. 

A pesquisa evidencia que a velocidade do diagnóstico é um fator crítico não apenas para o início imediato do tratamento, mas também para a sobrevivência em casos de exposição a infecções oportunistas. Todavia, o acesso ao diagnóstico rápido enfrenta desafios diversos, incluindo questões relacionadas à disponibilidade de insumos e recursos humanos.  

Além disso, o estudo identifica que a falta de compreensão sobre a importância da testagem e do tratamento, tanto por parte dos pacientes quanto dos profissionais de saúde, constitui um obstáculo que precisa ser abordado de forma abrangente para garantir resultados positivos no controle do HIV e das infecções oportunistas correlacionadas. 

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É importante se planejar antes de iniciar uma pós-graduação stricto sensu. / Foto: Pexels

Profissionais de diferentes áreas têm buscado cada vez mais por cursos de mestrado e doutorado para evoluírem na carreira. Ao contrário do que se pensava há pouco tempo, a pós-graduação stricto sensu não é algo exclusivo para quem deseja se dedicar à área acadêmica, mas também é uma oportunidade de adquirir conhecimentos para se destacar no mercado de trabalho.

Antes de iniciar, é preciso planejamento: entender o quanto tempo é necessário se dedicar às aulas e aos momentos de estudo, avaliar em qual área deseja se qualificar, e compreender o retorno que esse investimento irá trazer para o futuro são alguns passos importantes nesse momento.

Pensando nisso, os professores Rafael Reimann Baptista, do Programas de Pós-Graduação (PPG) em Gerontologia Biomédica e Odontologia; e Luiz Gustavo Leão Fernandes, diretor da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq) e docente do PPG em Ciência da Computação, destacam cinco pontos para prestar atenção na hora de planejar os estudos.

1. Escolha um curso que faça sentido para você

Antes de mais nada, é importante escolher um curso de mestrado ou doutorado que esteja alinhado a sua expectativa, seja ela aplicar os aprendizados da pós-graduação na sua atuação profissional ou ampliar conhecimentos em uma área diferente da qual você se graduou. A Universidade está com as inscrições abertas até o dia 1° de dezembro para todos os cursos de pós-graduação stricto sensu.

2. Defina a linha de pesquisa do seu trabalho

Para escolher a linha de pesquisa, entenda qual das oferecidas pelo Programa de Pós-graduação do seu interesse mais se relaciona com o tema que deseja estudar. Tendo tomado essa decisão, é importante se certificar de que o professor ou professora por quem deseja ser orientado trabalha dentro de um escopo interessante para sua área de atuação.

“Se possível, verifique se a metodologia utilizada por ele ou por ela é compatível com sua maneira de pesquisar, bem como se as expectativas estão alinhadas ao seu momento atual de vida”, indica o professor Baptista.

3. Entenda o quanto você precisará se dedicar

Quando as ideias estão alinhadas, a relação entre aluno e orientador torna-se prazerosa e produtiva para ambos. / Foto: Pexels

Além do período das aulas, é importante ter em mente que é preciso reservar um tempo para ir além do que é dito pelos professores, realizar os trabalhos das disciplinas e, é claro, para produzir a dissertação, no caso do mestrado, ou a tese, para o doutorado. É importante entender que, conforme o vínculo que o estudante tem com o curso, a exigência no que diz respeito à produção de artigos e à presença em eventos pode variar.

“As mudanças no dia a dia de quem ingressa na pós stricto sensu podem ser maiores ou menores. Porém, é válido manter em mente que essas alterações são apenas durante o período do curso e irão proporcionar aprendizado e crescimento, bem como uma qualificação do currículo e aumento da rede de contatos”, destaca Baptista.

Um bom passo inicial para começar a se planejar é conferir os horários das disciplinas que deseja cursar, avaliando quais ajustes serão necessários na rotina. As grades de horários dos cursos estão disponíveis na página de cada PPG.

4. Estabeleça uma rotina de estudos

Ter definidos dias e horários para estudar é algo que facilita na organização e no gerenciamento do tempo. Algumas ferramentas podem contribuir para isso, como o Trello, para fazer gestão de tarefas e projetos; Doodle para marcar reuniões e orientações; e gerenciadores de referências, como Mendeley e Endnote, que facilitam na hora de aplicar as normas de citações e referências nos trabalhos e para organizar os artigos que serão utilizados na dissertação ou tese.

Estabelecer reuniões periódicas com o orientador ou a orientadora, com prazos de entrega possíveis e bem definidos é essencial para que os alunos consigam encaixar um mestrado ou doutorado na rotina – especialmente aqueles que já estão inseridos no mercado de trabalho.

5. Lembre-se do retorno que essa formação irá trazer

Manter o foco no seu objetivo com essa pós-graduação e pensar nos retornos que alcançá-lo irá trazer pode ser um motivador na hora de se planejar para encaixar um mestrado ou doutorado na rotina. Lembre-se que a realização de um curso stricto sensu, seja mestrado ou doutorado, irá proporcionar um conhecimento mais aprofundado do domínio que você escolheu pesquisar, além de uma maior autonomia e visão mais abrangente.

“Dependendo do seu objetivo, você ainda terá acesso a diversas oportunidades que certamente irão se apresentar durante seu curso, tais como formação de redes de contatos, participação em eventos, acesso ao ecossistema de inovação e empreendedorismo, publicações, acesso a laboratórios de excelência, inserção internacional, entre outras”, destaca o professor Fernandes.

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INGRESSE NA PÓS-GRADUAÇÃO DA PUCRS EM 2024

Disciplina Empreendedorismo Digita é ofertada pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação, da Escola Politécnica. / Foto: Divulgação Tecnopuc

De que forma as pesquisas desenvolvidas nos programas de pós-graduação da PUCRS podem gerar mais impacto na sociedade?  Essa é a provocação central da disciplina Empreendedorismo Digital: Transformando Conhecimento em Desenvolvimento, ofertada pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC), da Escola Politécnica, mas que pode ser cursada por estudantes de todos os programas de pós-graduação da Universidade.     

Luiz Gustavo Leao Fernandes, diretor de Pós-Graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESQ) explica que acompanhando tendências dos cenários nacional e internacional, os cursos de mestrado e doutorado da PUCRS vêm cada vez mais apresentando oportunidades formativas que aproximem a pesquisa acadêmica da inovação e do empreendedorismo.

“Iniciativas como a disciplina de Empreendedorismo Digital do PPGCC são belas oportunidades de aproximação de diferentes áreas do conhecimento e lançamento de projetos interdisciplinares de empreendedorismo. Juntam-se a esta disciplina outras iniciativas, como o lançamento, em 2023, da possibilidade de os alunos de pós-graduação obterem créditos por atividades de inovação e empreendedorismo durante seus cursos e o Programa Hangar, que oferece a oportunidade para estudantes da pós-graduação stricto sensu aprenderem a transformar suas pesquisas em negócios”, destaca. 

Realizada ao longo de duas semanas durante o mês de janeiro, na modalidade intensiva, a edição de 2024 reuniu mestrandos e doutorandos de quatro programas: Ciência da Computação, Direito, Engenharia e Tecnologia de Materiais e Psicologia. Ministrada pelos professores Jorge Audy e Rafael Prikladnicki, superintendente de inovação e desenvolvimento e assessor da superintendência de inovação e desenvolvimento do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), respectivamente, a disciplina contou, ainda, com convidados para abordar tópicos específicos.     

Milene Selbach Silveira, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação destaca que oferecer oportunidades de formação sobre inovação e empreendedorismo permite tanto estimular a criação de novos negócios, quanto fomentar atitudes inovadoras e empreendedoras no dia a dia de mestrandos/as e doutorandos/as.

“Além deste foco, que é o cerne da disciplina, as trocas possibilitadas entre estudantes de diferentes áreas do conhecimento são outro fator fundamental. Cada vez mais temos estudantes de outros cursos em nossas disciplinas, trazendo suas vivências sobre o assunto, o que tem proporcionado discussões riquíssimas em sala de aula e oportunidades de realização de trabalhos conjuntos incorporando estes diferentes saberes e perspectivas”, declara.   

Foto: Divulgação Tecnopuc

Longe de ser uma proposta isolada, a disciplina é exemplo das oportunidades que os estudantes da PUCRS têm de vivenciar uma trajetória de inovação e empreendedorismo na Universidade, bem como de transformar seu conhecimento em impacto social positivo. Dentro dessa perspectiva, estão o Track Startup, que integra as sete Escolas da Universidade, o Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear) e o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) com o objetivo de fortalecer o ecossistema de inovação.

A iniciativa envolve disciplinas nos diferentes cursos; eventos – como a Maratona de Inovação e o Tecnopuc Experience; programas, como o Startup Garage; e atendimentos individualizados pelas equipes do IDEAR e do Tecnopuc Startups. Na pós-graduação, destaca-se o Programa Hangar – direcionado a apoiar estudantes na transformação de seus projetos de pesquisa em negócios.      

Sobre as aulas 

Organizada em oito encontros e com carga horária total de 30 horas-aula, a disciplina Empreendedorismo Digital oferece uma imersão no ecossistema de inovação da Universidade. Mesclando aulas teóricas e práticas, os alunos aprendem sobre inovação e conhecem recursos para explorar suas pesquisas sob a ótica do empreendedorismo e do impacto.   

Na aula com a equipe do Tecnopuc Startups, por exemplo, o grupo aprendeu a montar um Lean Canvas – ferramenta de gerenciamento estratégico adaptada do Business Model Canvas para a realidade de startups, e a fazer um pitch – modelo objetivo e rápido de apresentação de negócios, projetos e ideias. Além da abordagem desses assuntos, realizada por Vinícius Becker e Pedro Lunelli, do Tecnopuc Startups, os estudantes tiveram um bate-papo com representantes de duas startups que integram o Tecnopuc: Débora Engelmann, da Whispers, e Julia Couto, da NoHarmAI. Em comum, ambos os negócios foram originados de pesquisas realizadas na Pós-Graduação.   

Também houve uma visita pelo Tecnopuc, guiada por Daniel Laguna, líder de prospecção, na qual o grupo pode conhecer mais a estrutura do Parque, bem como os programas nele desenvolvidos e as empresas integrantes do ecossistema – de startups a corporates. Já no último encontro, os alunos apresentaram seus projetos de pesquisa em um pitch de até cinco minutos, preparado a partir do Lean Canvas por eles preenchido. Uma banca composta por Pedro Lunelli, Gabriele Jeffman e Jéssica Rodrigues, do Tecnopuc Startups, avaliou as apresentações e destacou as conexões que os estudantes conseguiram fazer entre suas pesquisas científicas e a adaptação delas como propostas para o mercado.   

“Criamos essa disciplina após uma provocação e um convite do então coordenador do PPGCC, professor Luiz Gustavo – atual diretor de pós-graduação na PROPESQ. Desde então, sempre nos surpreendemos com a repercussão e o interesse genuíno dos alunos em conectar cada vez mais sua pesquisa com o impacto que ela pode gerar na sociedade. O fato de a cada ano aumentar o número de alunos de diversos programas de pós-graduação da Universidade que se matriculam demonstra o quanto esse tema é importante e necessário. E isso só aumenta a nossa responsabilidade de continuar discutindo inovação, desenvolvimento e impacto na sociedade em todos os níveis de ensino na PUCRS”, avalia Prikladnicki.   

Foto: Giordano Toldo

A avaliação feita pelo grupo de estudantes ao final das aulas vai ao encontro da fala do professor Rafael.

“A disciplina foi extremamente importante para mim, principalmente porque estou no primeiro semestre, ainda definindo o que pesquisarei. Entrei com muitas dúvidas e saio dela com muitas outras perguntas, mas são perguntas muito mais assertivas, que vão me direcionar para o lugar que quero ir. Isso já me ajudou muito. Fora a questão de toda essa mentalidade, desse ecossistema de inovação que a gente vivencia ao longo dessas duas semanas. Isso realmente é enriquecedor e motiva muito para criar coisas novas”, avalia Neverson Santos, que está no início do mestrado em Ciência da Computação.     

Gabriel Hamester, bacharel e mestre em Direito pela PUCRS e doutorando do segundo ano de Direito, compartilha da opinião do colega e destaca a possibilidade que a disciplina deu para os alunos testarem seus problemas de pesquisa de forma aplicável e de se relacionar com estudantes de outras áreas para criar soluções com base em suas descobertas acadêmicas: “Essa disciplina me trouxe certeza daquilo que quero pesquisar e, principalmente, aplicar. E o próprio Parque me dá a oportunidades de construir essa trilha e buscar efetivar esse problema. No meu caso, é um problema que envolve a sociedade e eu preciso buscar parceiros em outras áreas que vão contribuir”, enfatiza.   

Para além da disciplina   

Oferecida desde 2020, a disciplina já teve diferentes formatos: vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação e aberta a todos os pós-graduandos da PUCRS, bem como adaptada para necessidades específicas dos programas das escolas de Negócios, Direito e Medicina. Seus resultados têm sido observados para além dos créditos e desempenhos acadêmicos.   

Júnior César Alves, CEO e founder da Aidron, fez a disciplina enquanto estava no Mestrado em Ciência da Computação. Ele conta que já tinha começado a empreender, mas que as aulas abriram uma série de visões sobre como estruturar o modelo de negócios. Hoje, a startup do Júnior é integrante do Tecnopuc e vinculada ao NAVI – Hub de AI e Ciência de Dados liderado pelo Tecnopuc e pela Wisidea Ventures: “O principal diferencial é o networking que o Tecnopuc proporciona. São iniciativas de fomento nas startups, transcendendo de apenas um local onde me reúno com outros empreendedores. Fora as seções de mentoria que estão sempre dispostos a fazer”, declara o empreendedor.  

FAÇA MESTRADO OU DOUTORADO NA PUCRS

As inscrições para ingresso no G+1 estão abertas até o dia 8 de março. / Foto: Giordano Toldo

Guilherme Schoeninger, ainda na graduação na Escola de Direito, começou sua trajetória de pesquisa ao participar do Programa de Iniciação Científica. Nesta oportunidade, pôde conhecer o professor Eugenio Facchini Neto, seu orientador. O desenvolvimento acadêmico estabelecido fez com que Guilherme entendesse a ciência como um espaço de oportunidades únicas. E, aproveitando as oportunidades oferecidas pela Universidade, embarcou no Programa G+1 durante a graduação.  

O programa oportuniza que alunos de graduação tenham a experiência de aprofundar seus conhecimentos dentro dos Programas de Pós-graduação (PPGs) da PUCRS, participando de disciplinas de mestrado e doutorado e integrando os créditos cursados nas duas formações. Para ele, essa oportunidade foi decisiva para compreender quais os próximos passos em sua carreira.

“Quando conheci o Programa G+1, não tinha certeza em cursar a pós-graduação. Então, no final da graduação, o G+1 foi determinante para o interesse no mestrado. Foi a oportunidade de otimizar a inclinação para a pesquisa acadêmica com a estrutura ímpar da pós-graduação em Direito”, destaca. 

O programa oportuniza que os estudantes de graduação antecipem os créditos da pós-graduação, possibilitando a conclusão do mestrado em um ano após a formatura. “Durante meu último ano da graduação, cursei todas as disciplinas do mestrado, deixando o ano de 2023 para a escrita e revisão da dissertação. Assim, pude otimizar a dedicação aos estudos, além de entrar em contato com a pesquisa acadêmica de alto nível”, elenca Guilherme sobre a qualidade desta oportunidade.  

A banca foi composta pelos professores Fábio de Andrade, Jayme Neto e Lisiane Ody. / Foto: Giordano Toldo

Em seu mestrado, pesquisou sobre o uso judicial do Direito Comparado, tema que já vinha estudando desde a Iniciação Científica e, então, em seu TCC. A banca ocorreu nesta segunda-feira, dia 26 de fevereiro, com a presença dos professores Fábio de Andrade, Jayme Neto e Lisiane Ody.  

Para seu professor orientador, Eugenio Facchini Neto, Guilherme é um aluno singular.

“Ao defender sua dissertação, ele demonstrou todo o seu talento de pesquisador, enveredando por temas pouco tratados entre nós – direito comparado, epistemologia jurídica, análise crítica. Assim, foi um privilégio ter podido testemunhar seu crescimento acadêmico nos últimos anos. Guilherme é um daqueles alunos que motiva e inspira professores. Certamente esperar por ele um futuro acadêmico muito promissor, como recompensa pela sua dedicação ao estudo científico, espírito crítico e trabalho sério. Um aluno que, sobremodo, honra a PUCRS”, destaca Neto. 

Agora, depois da defesa da dissertação no Programa de Pós-Graduação em Direito, planeja seguir em contato com a academia.

“Seguimos ainda mais convictos para o curso de doutorado. Com a bagagem da pesquisa científica desenvolvida desde a Iniciação Científica, passando pelo TCC, e alcançada com o mestrado, agora, a meta será o estudo do doutorado em Direito também pela Escola de Direito da PUCRS. Aliás, se tudo der certo, em cotutela com a Universidade de Granada, na Espanha”, ressalta o aluno.  

Guilherme Schoeninger começou sua trajetória de pesquisa ao participar do Programa de Iniciação Científica. / Foto: Giordano Toldo

Para o pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, Carlos Eduardo Lobo e Silva, a primeira defesa no escopo do Programa G+1 é motivo de celebração.

“O programa G+1 permite ao estudante da graduação avançar e acelerar a sua formação com rigor e qualidade acadêmicas. Além disso, os alunos que participam do programa se aproximam do mundo da pesquisa e, assim, podem usufruir de uma experiência rica que hoje é um diferencial da nossa Universidade”, comenta. 

PARTICIPE DO G+1 EM 2024 

As inscrições para ingresso no G+1 estão abertas até o dia 8 de março por meio do site do Integra Pós. Neste mesmo site, você pode conhecer todos os programas de pós-graduação participantes. Para se inscrever, os candidatos deverão preencher a ficha de inscrição, inserir uma carta de apresentação do candidato e link do currículo Lattes.

Após a análise da documentação, os candidatos passarão por entrevistas nos PPGs. O resultado dos selecionados serão divulgados até o dia 13 de março e as matrículas ocorrem durante o período de complementação. 

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Felipe Barrueco Costa, de 40 anos, é um dos alunos da primeira edição do Programa Somar. / Foto: Giordano Toldo

A segunda edição do Somar Aprendiz, programa de aprendizagem profissional para pessoas com deficiência, está com inscrições abertas. Lançada em agosto de 2023 pela PUCRS, em parceria com o Senac, a iniciativa busca tornar o mercado de trabalho mais plural e inclusivo, promovendo autonomia, capacitação e aprendizado personalizado aos participantes. A primeira edição irá formar, em dezembro desse ano, 15 alunos/as – que sairão do curso como profissionais capacitados.  

“Estamos muito felizes com o progresso dos aprendizes da primeira turma. Nossos facilitadores (gestores formados para receber os aprendizes na prática) também estão muito orgulhosos por poder contribuir ativamente na formação desses profissionais. Isso prova que a inclusão é uma via de mão dupla, onde todos saem ganhando. Nossas expectativas para a segunda turma são as melhores. O programa Somar Aprendiz está transformando a realidade dos aprendizes e dos demais colaboradores da PUCRS que apoiam o projeto”, destaca Bruna Bernardes, analista de Diversidade e Inclusão da Gerência de Gestão de Pessoas da PUCRS. 

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que, no fim de 2022, apenas 26% das pessoas com deficiência estavam no mercado de trabalho. Entre as pessoas sem deficiência, eram 60%. A pesquisa destaca também a desigualdades na educação: a taxa de analfabetismo é quase cinco vezes maior entre pessoas com deficiência – neste ano, apenas 25% haviam concluído pelo menos o Ensino Médio. 

Leia mais: Conheça três estudantes da primeira turma do Programa de Aprendizagem para pessoas com deficiência da PUCRS 

Para seguir transformando este cenário, o curso irá abordar conteúdos sobre o mundo do trabalho, desenvolvimento pessoal e participação social. Com duração de um ano, o curso contará com uma formação teórico-profissional, focada no desenvolvimento de habilidades técnicas e pessoais, com aulas teóricas no Senac e aulas práticas na PUCRS. Ao final dos doze meses, há possibilidade de efetivação na PUCRS. 

Para participar do programa é preciso ter, no mínimo, 16 anos. As inscrições podem ser feitas até o dia 8 de março pelo WhatsApp (51) 98348-0260 ou por este link. As aulas iniciarão no final de março, em data que será definida e comunicada aos candidatos aprovados.  

Leia também: PUCRS reforça seu compromisso com Diversidade e Inclusão por meio do Programa Somar

Inscreva-se para o programa

Jorge Audy faz oarte da nova diretoria da Associação Internacional dos Parques Científicos e Áreas de Inovação (Iasp). / Foto: Divulgação

O Brasil está representado pelo superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e do Tecnopuc e membro do Conselho Editorial da RBS, Jorge Audy, na nova diretoria da Associação Internacional dos Parques Científicos e Áreas de Inovação (Iasp), que se reuniu pela primeira vez entre 12 e 14 de fevereiro em Málaga, na Espanha, onde fica a sede mundial da Iasp. 

Na ocasião, o grupo, composto por especialistas de diversos países, discutiu a estratégia futura da associação e delineou o caminho a seguir neste ano. Além dos diretores-executivos, estiveram presentes os presidentes das seis divisões da Iasp: América Latina, América do Norte, Europa, Oriente Médio, África e Ásia. 

Leia também: 4 tendências de tecnologia para ficar de olho em 2024

A associação planeja eventos regionais em Nairobi, Brasil, Canadá, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos em 2024, e o primeiro deles é no Tecnopuc, em Porto Alegre. Será a Conferência Iasp América Latina 2024, em março, que debaterá sobre o tema “Alianças para Inovação – Conectando a América Latina para Impacto” e será realizado pouco antes do South Summit Brasil. A importância desses encontros regionais é concentrar os membros nas questões mais relevantes em diferentes partes do mundo. 

Este ano, a associação também lançará a Pesquisa Global 2024 para identificar as últimas tendências e explorar dados sobre parques científicos, áreas de inovação, distritos de inovação e outros espaços de inovação. 

Diretoria Executiva da Iasp para os próximos três anos:

Presidente: Lena Miranda (Linköping Science Park, Suécia)
Diretora-geral: Ebba Lund (Dinamarca)
Vice-presidente: Salvatore Majorana (Kilometro Rosso, Itália)
Financeiro: Jorge Audy (Tecnopuc, Brasil) 

Sobre a Iasp

A associação lançará a Pesquisa Global 2024 para explorar dados sobre parques científicos, áreas de inovação, distritos de inovação e outros espaços de inovação. / Foto: Divulgação

A Iasp é a principal associação de espaços de inovação em todo o mundo. A sua missão é ser a rede global para parques científicos, distritos de inovação, áreas de inovação e outras comunidades de inovação, impulsionando o crescimento, a internacionalização e a eficácia dos seus membros. 

A associação coordena uma rede ativa de profissionais de inovação, apoiando a sua missão de promover o desenvolvimento econômico sustentável nas suas cidades e regiões. Também ajuda a melhorar as novas oportunidades de negócios para os membros e suas empresas, aumentando sua visibilidade e multiplicando suas conexões globais, além de representar parques e áreas de inovação em fóruns e instituições internacionais e auxiliar no desenvolvimento de novos STPs e AOIs. 

Sobre a Conferência Iasp no Tecnopuc  

Entre os dias 18 e 20 de março, representantes de parques científicos e tecnológicos e de áreas de inovação do mundo todo se encontrarão na capital gaúcha durante a Conferência Iasp América Latina 2024 (https://www.pucrs.br/iasp/). Com o tema “Aliança para Inovação – Conectando a América Latina para o Impacto”, a programação de três dias contempla painéis, day pass no South Summit Brazil 2024 e visitas técnicas a quatro ambientes de inovação do Rio Grande do Sul: Tecnopuc, Tecnosinos, Zenit e Instituto Caldeira.   

O encontro é organizado pela Iasp e pela Aliança para Inovação UFRGS, PUCRS e Unisinos, através de seus parques científicos e tecnológicos, com apoio da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul e do South Summit Brazil 2024. No evento, especialistas envolvidos na transformação de Porto Alegre e de outras cidades do mundo compartilharão experiências e desafios dos ecossistemas regionais, dividindo painéis com palestrantes de localidades diferentes para discutir como avançar na conexão da América Latina e gerar impacto local por meio da inovação. 

Sobre o Tecnopuc 

O Tecnopuc – Parque Científico e Tecnológico da PUCRS – é um ecossistema de inovação global cuja missão é ajudar a transformar a sociedade por meio do conhecimento aplicado em negócios inovadores e de impacto ambiental, social e econômico, desenvolvendo e conectando talentos e organizações anywhere a partir da ciência e da tecnologia. 

A atuação do Tecnopuc se baseia em quatro áreas: indústria criativa, tecnologia da informação e comunicação, ciências da vida e energia e meio ambiente. Esse ecossistema abriga 250 organizações e 6,5 mil pessoas, conectadas a mais de 150 ambientes de inovação espalhados pelo mundo. Em 10 anos, a meta é desenvolver mil negócios inovadores nesse ambiente. 

Algumas das organizações globais expoentes ligadas ao Tecnopuc são Apple Developer Academy, HP, Huawei, KPMG, Marcopolo e Junior Achievement, enquanto as nacionais e startups incluem Globo, Sebrae UOL Edtech, 4all, Getnet, entre muitas outras. 

Leia também: PUCRS tem presença confirmada no SXSW 2024

Monumento à Mãe Oxum, na zona sul de Porto Alegre, foi vandalizada e janeiro, episódio que está sendo investigado. / Foto: Ronaldo Bernardi – Agencia RBS

Por Jayme Weingartner Neto
Desembargador, mestre em Ciências Criminais e doutor em Direito

Por Guilherme Schoeninger
Mestrando em Direito na PUCRS

Durante a constituinte de 1988, dentre os incontáveis debates, houve um, aparentemente simples, que recebeu especial destaque. Tendo como horizonte a afirmação da liberdade religiosa como direito fundamental, a decisão sobre mencionar ou não “Deus” no preâmbulo da Constituição tornou-se objeto de acaloradas discussões, inclusive entre os que a defendiam. Estava em causa até a forma com que a referência à divindade superior seria redigida: invocando as bênçãos de Deus, com o pensamento voltado para Deus, confiando o destino da nação a Deus… Houve, inclusive, controvérsia a respeito da grafia do Onipotente: se Deus ou DEUS.

Seja como for, como cuidado nunca é demais e independente do credo, é indiscutível o acerto da constituinte acerca da necessidade da proteção divina sobre o país, tantas nossas vicissitudes (até de golpe escapamos!). Quase 40 anos depois, folheie-se o jornal, acompanhe-se o noticiário da TV ou atualize-se o feed de notícias do celular. Independentemente do meio, a religião é uma das principais matérias de discussão da atualidade. Desde análises sobre a força política da bancada da Bíblia no Congresso até comentários sobre campanhas pela defesa da diversidade de culto estampadas em uniformes de esportistas. Os acontecimentos reportados são variados e abrangem casos graves. Conforme dados da Secretaria da Segurança Pública do RS, os registros policiais por preconceito religioso, em 2023, cresceram 250% em relação à 2022.

Ainda no contexto do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado em 21 de janeiro, a Polícia Civil passou a investigar pichações empreendidas contra a estátua de Mãe Oxum, na zona sul de Porto Alegre, formando a frase “monumento pagão”. Situações como essa (frequentes contra os povos de terreiro) não se restringem a uma ou outra religião. No cenário nacional, relembre-se o episódio ocorrido em 2023 no Mosteiro de São Bento, em Fortaleza (CE), alvo de depredação com ossos de animais, reproduções da suástica nazista e ameaças de “morte aos cristãos”, além das violações de sinagogas na onda antissemita. Afastando-nos de qualquer juízo de valor sobre esta ou aquela confissão, tais fatos precisam ser examinados com o emprego de um único peso e medida: a força do Direito.

Diante da relevância do fenômeno religioso para as pessoas e para a sociedade (uma indagação íntima e existencial e um fator geopolítico), a Constituição de 1988 consagrou um amplo direito fundamental à liberdade religiosa e na premissa da laicidade estatal, de modo que o poder público está comprometido tanto a não assumir fins religiosos quanto a manter a separação entre as esferas da política e da religião, sem deixar de reconhecer a autonomia de cada uma delas e de prever casos de cooperação, solidariedade e tolerância entre elas.

O Estado laico não anula o direito que as organizações religiosas e seus fiéis têm de divulgar suas crenças e manifestar sua fé. O programa constitucional quer equilíbrio: nada de discriminação, fontes de conflitos e ameaças à paz; ao mesmo tempo, protege a liberdade de expressão religiosa (núcleo desse direito é falar sobre religião e inclusive haver disputa por adeptos). Como reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a liberdade de expressão inclui o proselitismo, mas limita-se pelo discurso de ódio. Assim, a fala religiosa (mesmo do púlpito) que rebaixa ou desmerece crença alheia e prega, com risco aferível pelo contexto, tratamento inferior ou hostil para outras crenças ou ateus e agnósticos, extrapola o direito fundamental, caracterizando, ao ameaçar o exercício da liberdade religiosa de minorias e vulneráveis, crime previsto na Lei 7.716/1989 (racismo religioso).

Já o monumento dedicado à Bíblia que se cogita erguer na orla de Tramandaí, no litoral gaúcho, prevê uma estrutura imponente, com a citação de dois salmos. Na justificativa, o Poder Executivo destacou o objetivo de “alavancar o turismo evangélico e demonstrar o grande respeito e apreço da administração pela comunidade evangélica”. Longe do ineditismo, a edificação de marcos em prol do fenômeno religioso supera o tempo e o espaço. Ainda na realidade do Estado, veja-se a estátua do Cristo Protetor, em Encantado (aliás, em Pilar, Alagoas, parece que está sendo construído um Cristo ainda maior, que desbancará o monumento gaúcho). Mas, se em Encantado consta que o monumento saiu do chão inteiramente baseado em doações particulares da comunidade, a obra praiana dedicada ao livro sagrado (a se confirmar) segue sem esclarecimentos sobre custos e uso ou não de recursos públicos.

Laico o Estado, reconhece o fenômeno religioso também no espaço público. Considerando a importância da religião e sua salvaguarda como indispensável à dignidade humana, bem como a história e a cultura, a Constituição não determina a retirada da estátua do Cristo Redentor do Corcovado, a extinção do feriado de Nossa Senhora Aparecida (ou o municipal de Nossa Senhora dos Navegantes/Iemanjá) ou a alteração do nome dos Estados de São Paulo e de Santa Catarina. O modelo adotado no país não se confunde com outros: nem identificação entre Estado e Igreja, tampouco oposição. Podemos harmonizar o fato da maioria com a proteção das minorias.

O Estado brasileiro é laico, não laicista, e não tem licença para subvencionar uma religião específica. A destinação de verbas públicas para alianças entre o Estado e as organizações religiosas demanda necessariamente a persecução do interesse público, verificado, sobretudo, em ações dos setores educacional, assistencial e hospitalar, pena de se desvirtuar a laicidade para favorecimento clientelista de algumas confissões. Se a relevância da fé é incontestável na sociedade brasileira, a impessoalidade no trato do orçamento público também precisa se firmar.

Da liberdade religiosa, vista como um feixe de direitos e deveres, decorre a garantia institucional da diversidade e do pluralismo religioso – o oposto do fundamentalismo. Natural que babalorixás, padres, pastores, rabinos, mulás e demais líderes discordem entre si em seus dogmas (também os fiéis). Isso é garantido constitucionalmente. Mas, se a discordância vira intolerância e beligerância ou a abertura ao espaço público oculta favorecimento, o fio vermelho foi ultrapassado.

Quando o STF julgou a omissão de Deus no preâmbulo da Constituição do Acre (não é inconstitucional), o ministro Sepúlveda Pertence ressaltou que a referência ao Altíssimo não teria “a pretensão de criar obrigação para a divindade invocada”. Mesmo que não haja um dever jurídico de proteção de Deus sobre o país, seguimos carecendo de empatia e, por que não, dependendo de um pequeno milagre a cada dia para aprender a conviver, o que passa, cada vez mais, por respeitar o direito à liberdade religiosa. Andar com fé, enfim, não se choca com a Constituição, que garante uma caminhada digna e plena.

*Artigo publicado originalmente em GZH. 

Início das aulas da graduação presencial traz estudantes de volta ao Campus/ Foto: Giordano Toldo

Um recomeço cheio de possibilidades, descobertas e reencontros: assim começa o novo ano letivo na PUCRS. Os/as alunos/as da graduação presencial voltaram às aulas nesta segunda-feira (26) para mais um semestre. Desde a entrega dos cadernos às recepções de calouros nas Escolas, o Campus inteiro está em clima de retorno e conta com uma programação especial para receber a todos/as. 

Leia também: Tudo que você precisa saber para a volta às aulas em 2024 

Entre os/as estudantes, a empolgação é grande: Gustavo Lopes, de 25 anos, é calouro do curso de Medicina e está com altas expectativas para esta nova jornada. 

No momento, quero aprender bastante, quero conhecer muita gente. Mas eu acho que, de início, eu quero me encontrar na Medicina, porque é tudo muito novo. É engraçado que, apesar de eu ser calouro, já estou pensando muito no internato, sou um pouco ansioso em relação a isso”, comenta. 

Isabelle está iniciando o curso de Publicidade e Propaganda/ Foto: Giordano Toldo

Quem também está entrando na Medicina é João Vitor Lopes, de 24 anos. Animado para o início do semestre, declara que é uma nova vida e que está ansioso para conhecer todo o Campus. “Logo de cara eu percebi que é bem arborizado, é bem bonito, então quero aproveitar cada cantinho”, diz o estudante. 

Isadora tem 21 anos e está cursando o terceiro semestre de Produção Audiovisual, mal pode esperar para viver novas experiências na volta às aulas: “quero fazer muitos trabalhos, pois assim sinto que estou aprendendo. Também adoro conhecer pessoas novas, é sempre muito bom”. 

Já Isabelle, de 18 anos, está no primeiro semestre de Publicidade e Propaganda, não poderia estar mais feliz ingressando na PUCRS: 

“Eu estou com uma expectativa muito alta. Acho que vai ser uma experiência incrível, estou muito feliz de estudar aqui. Estou ansiosa para ver como funciona o curso de Publicidade e vivenciar o dia a dia de estudos aqui na PUCRS”.

Confira a programação completa de volta às aulas