Planejamento e autoconhecimento podem fazer toda a diferença no desenvolvimento profissional

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Novos aprendizados, planejamento e autoconhecimento são ferramentas essenciais para se desenvolver na carreira / Foto: Giordano Toldo

Iniciar um novo ano é sempre um desafio. Para tornar 2024 um ano marcante na sua vida, que tal estabelecer metas para o seu desenvolvimento profissional? Preparamos cinco dicas para dar aquele upgrade na sua carreira. Confira:

1. Aprenda um novo idioma

Começar a estudar uma nova língua ou alcançar a tão deseja fluência no inglês é uma excelente forma de se destacar, pois essa é uma das habilidades mais requeridas no mercado de trabalho. Para tornar esse aprendizado ainda mais rápido e dinâmico, conheça o Centro de Idiomas da PUCRS (Lexis): atualmente, estão abertas as inscrições para os cursos de alemão, japonês, coreano, inglês, francês, espanhol, italiano e russo.

2. Faça uma pós-graduação

Investir em uma pós-graduação, acompanhando as transformações do mercado, faz com que você se torne um profissional mais competitivo. Afinal, em um mundo com tantas mudanças, como é possível manter os conhecimentos e habilidades em dia? Com a ajuda do Centro de Educação Continuada (Educon) da PUCRS, que oferece diversos cursos de especialização, MBA e certificação, você pode ampliar as suas chances de se destacar na carreira.

3. Invista em uma segunda graduação

Além de uma pós-graduação, fazer uma segunda graduação pode ser muito útil para expandir seus conhecimentos e desenvolver novas habilidades. Esta pode ser também uma alternativa para quem deseja ou está planejando fazer uma transição de carreira. A PUCRS possui diversas opções de créditos e bolsas, entre elas o desconto de 25% no valor das mensalidades para diplomados.

4. Liste o que você aprendeu

Valorize as suas conquistas e a sua trajetória. Fazer uma lista de aprendizados para reconhecer o que já foi conquistado e te deixou feliz no ano de 2023 deixará você ainda mais motivado para estabelecer novas metas e buscar ainda mais aprimoramento na sua carreira em 2024.

5. Faça um planejamento de carreira

Realizar um planejamento de carreira para definir os objetivos e metas que deseja alcançar em 2024 é uma excelente forma de estabelecer objetivos de curto e longo prazo e construir uma vida profissional com mais sentido pessoal e realização. O PUCRS Carreiras oferece um serviço de consultoria e planejamento de carreira, para ajudar quem precisa estruturar seus planos profissionais. Com o apoio de um consultor/a, é possível ganhar pontos no processo de autoconhecimento e aprender a explorar cenários e possibilidades para estabelecer um plano de ação. Para agendar uma consultoria e conferir mais informações, clique aqui. 

Parabéns pelos passos que você deu até aqui. Investir em você, no seu desenvolvimento pessoal e na sua carreira é uma escolha para a vida.

Continue avançando na carreira
cursos que valorizam o currículo

Saiba como escolher uma profissão que seja alinhada com o que você deseja para o futuro. / Foto: Pexels

Escolher cursos de graduação que valorizam o currículo é importante para conquistar boas oportunidades no mercado de trabalho. Nesse quesito, vale a pena avaliar as opções com um olhar mais crítico, questionando de que maneira cada curso pode contribuir com a sua trajetória profissional. 

Como as demandas sociais e até mesmo empresariais passam por constante transformação, vale a pena conferir quais graduações estão em alta e também quais serão as tendências para os próximos anos. Assim, você pode fazer o que gosta, mas sem arriscar se frustrar no futuro. Para esclarecer um pouco mais sobre esse assunto, convidamos Katia Almeida, coordenadora do PUCRS Carreiras. Confira: 

Qual é a importância de escolher um curso que valorize o currículo? 

Escolher um curso pode ser uma tarefa bem desafiadora. Porém, com a orientação adequada, torna-se possível agregar valor ao seu currículo e começar a trilhar uma carreira que faça mais sentido para você e para o mercado. Por isso, vale a pena entender quais são as principais demandas do mercado para encontrar o curso ideal para você. Após compreender a importância de escolher um curso de graduação alinhado com as demandas de mercado, o próximo passo é verificar quais são os passos para selecionar a área mais adequada ao seu perfil. Para isso, confira algumas dicas: 

1) Faça uma autoavaliação 

É importante escolher um curso que você goste, pois, caso contrário, as chances de abandoná-lo no meio do processo de aprendizado são relativamente elevadas. Nesse sentido, existem alguns passos que podem ajudar. Fazer pesquisas sobre os cursos que você tem interesse, por exemplo, vai lhe permitir aprofundar o entendimento das matérias estudadas, campo de trabalho e outros aspectos que podem influenciar suas escolhas.  

Também é necessário realizar uma autoavaliação para entender mais sobre suas preferências e, a partir delas, escolher um curso que esteja em alta no mercado e que combine com o seu perfil. Para contribuir com seus estudantes, a PUCRS oferece um serviço de Planejamento de Carreira, para quem possui dúvidas sobre o curso, área profissional e deseja estruturar seu plano de carreira e inserção profissional. 

2) Entenda o impacto do curso na sua vida 

A escolha adequada de um curso pode impactar sua carreira em todos os sentidos. De acordo com Katia, “a partir do momento que o estudante se identifica com o curso, ele tem interesse, e isso faz com que mais facilmente entre em um estágio ou se envolva em outras atividades oferecidas pela Universidade”. 

Com isso, o aprendizado acaba sendo potencializado por meio da teoria apresentada em sala, em conjunto com a parte prática, desenvolvida no estágio ou nas atividades extracurriculares que o aluno interessado participa. 

3) Saiba o que analisar na hora da escolha 

Fazer análises sobre os cursos de interesse considerando pontos mais abrangentes também é um passo importante. Isso porque existem várias situações que precisam ser observadas na hora de escolher um curso que enriqueça o seu currículo. 

4) Considere o mercado de trabalho 

Também é preciso entender a demanda por profissionais do curso de graduação que você escolheu. Fazer um curso que está em alta no mercado pode trazer diversas oportunidades que ajudam a acelerar a evolução da sua carreira. 

Por isso, avalie como os profissionais formados estão sendo alocados no mercado de trabalho e observe quais são as áreas que mais precisam de pessoas capacitadas com ensino superior. 

Também é importante conversar com pessoas que trabalham na sua área de interesse. Eles podem fornecer informações valiosas sobre o que as rotinas realmente envolvem e as qualidades necessárias para se destacar na profissão. 

Quais são os cursos em alta no mercado? 

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Para a especialista do PUCRS Carreiras Katia Almeida, as áreas de Tecnologia e Engenharia são as mais promissoras. / Foto: Envato

A coordenadora da PUCRS Carreiras explica que, atualmente, cursos na área de Tecnologia e Engenharias são os que mais oferecem oportunidades em busca de profissionais. Por isso, avaliar os cursos dessas áreas pode ser interessante. 

Tecnologia 

A tecnologia segue em constante evolução, e encontrar profissionais que saibam lidar com as ferramentas para potencializar os resultados das instituições ainda é uma dificuldade no mercado de trabalho. 

Esse cenário é visível nos dados. Segundo o levantamento do Google for Startups divulgado em 2023, o Brasil terá um déficit de mais de 500 mil trabalhadores nesse setor até 2025. 

Portanto, caso você se identifique com a área, fazer um curso voltado para o setor de Tecnologia pode ser uma ótima oportunidade de crescimento profissional e, claro, de realização pessoal. 

Engenharia 

A Engenharia é outra área que, segundo Katia, pode apresentar oportunidades em diversos segmentos. De acordo com estatísticas publicadas pelo Ministério do Trabalho, o setor de construção civil gerou mais empregos do que qualquer outro nos primeiros meses de 2023. Dessa forma, investir em um curso de Engenharia Civil representa uma oportunidade incrível para se desenvolver profissionalmente e conseguir rápida inserção no mercado de trabalho. 

Outra opção é na área de Engenharia de Software. Esse curso alia Tecnologia e Engenharia, e pode ajudar você a aproveitar o crescimento que essas áreas estão apresentando. Por isso, compensa avaliar se esses cursos estão conforme o seu perfil. 

O que será tendência para os próximos anos? 

Falar sobre o futuro diante de um mercado de trabalho tão dinâmico pode ser uma tarefa desafiadora. Contudo, Kátia lembra que, “dado a evolução tecnológica, é sempre importante enfatizar que as profissões não deixarão de existir, mas terão que se atualizar cada vez mais para abranger os aspectos tecnológicos e de inteligência artificial”. 

Nesse sentido, escolher cursos que ajudem a manter o currículo estratégico e atualizado e que acompanhem os avanços das profissões é fundamental para ter uma boa capacitação. Por isso, sempre analise a grade curricular e sua adequação ao que realmente ocorre na realidade do mercado e da profissão. 

Quais tipos de cursos valorizam o currículo? 

As graduações que mais valorizam o currículo são aquelas em que o aluno se sente capacitado em atuar. Ou seja, em uma avaliação cautelosa, são aqueles cursos em que você encontra empolgação, sentindo que poderia realizar um bom trabalho. 

A coordenadora da PUCRS Carreiras destaca que esses cursos precisam ter um alinhamento com o que o mercado de trabalho está solicitando para os profissionais formados nas áreas, pois, assim, a sua formação consegue cobrir todas as habilidades necessárias para atuar na área de interesse.  

Quais são as soft skills mais valorizadas pelos empregadores? 

cursos que valorizam o currículo

Empregadores valorizam soft skills como autoconhecimento, disciplina e resiliência. / Foto: Pexels

As soft skills são habilidades comportamentais que acompanham um profissional em sua carreira, indo além das suas competências técnicas. Veja quais são as soft skills que, segundo Katia, os empregadores mais buscam atualmente: 

1) Autoconhecimento 

O autoconhecimento se refere à capacidade de entender as próprias emoções, forças, fraquezas e motivações. Isso exige uma profunda reflexão sobre si e sobre o ambiente em que você vive. Essa habilidade é valorizada pelos empregadores, pois, quando os membros da equipe têm uma grande compreensão deles, estão propensos a tomar decisões mais informadas, relacionando-se melhor com os demais e alcançando objetivos profissionais junto à empresa. 

2) Disciplina

A disciplina é fundamental para quem quer conquistar o sucesso profissional. Renunciar a desejos momentâneos para se concentrar em atividades urgentes representa uma grande capacidade de disciplina e foco. Isso é determinante para quem precisa cumprir rotinas e compromissos na hora de alcançar as metas de produtividade previstas para sua posição. Por isso, pessoas disciplinadas são mais requisitadas. Como são confiáveis, conseguem cumprir os prazos e manter uma abordagem consistente diante das responsabilidades que se apresentam no ambiente de trabalho. 

3) Resiliência

A resiliência indica a capacidade de lidar com adversidades, como o estresse cotidiano, os desafios e os problemas que surgem no dia a dia da profissão — mas sem renunciar a uma perspectiva otimista e construtiva diante dessas situações. Isso inclui desde a capacidade de se recuperar de falhas até se adaptar a mudanças bruscas nas rotinas. Essa habilidade é muito valorizada no ambiente de trabalho, especialmente para os cargos de liderança. Por meio dela, é possível manter um ambiente saudável, uma equipe produtiva e tranquila e um clima agradável, mesmo diante de cenários desafiadores. 

Ao escolher cursos que valorizam o currículo, você consegue dar seus primeiros passos rumo a uma carreira brilhante. Além disso, ao desenvolver as soft skills apresentadas, é possível agregar valor ao seu trabalho e conquistar grandes oportunidades na área que escolheu. 

Que tal começar agora mesmo a construir esse futuro? Então, conheça os cursos da graduação disponíveis!

Estude na PUCRS em 2024

Com mais de 1,7 bilhão de internautas mensais, aplicativo bate recorde de visualizações 

De acordo com especialista da PUCRS, o mercado mudou e as relações com o audiovisual também. / Foto: Pexels

Atualmente, conteúdos audiovisuais são um dos mais consumidos na internet – vídeos representam 80% de demanda. Entre as plataformas, o TikTok, que tem foco na criação e no compartilhamento de vídeos curtos, faz sucesso entre o público jovem. Segundo o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), a rede social foi a mais usada por crianças e adolescentes de 9 a 17 anos em 2021. Em 2022, o Brasil já detinha a terceira maior audiência do TikTok no mundo, com 73,58 milhões de usuários. 

Entretanto, produzir para o Tiktok, ou qualquer outro meio digital, vai além de seguir trends e reproduzir “dancinhas”. O mundo assiste a uma verdadeira transformação do audiovisual e participa ativamente de cada aspecto, desde a roteirização até o consumo diferenciado desse tipo de conteúdo.   

A indústria criativa assume profissionalmente as habilidades necessárias para qualificar a tendência que se consolida para produção e consumo do conteúdo, como criação de cenários que proporcionam a divulgação de conteúdos diversos de educação, esporte e até mesmo conteúdo político.   

Segundo Guilherme da Rosa, professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), mestre e doutor em Comunicação Social pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM), da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, da PUCRS, aponta que o mercado mudou e as relações com o audiovisual também.   

“O próprio cinema tem uma linguagem, uma história, uma identidade, como arte, como indústria. O que temos hoje fora das salas de cinema é todo um mundo a ser explorado”, afirma Guilherme.  

Ele explica que é preciso entender as regras do jogo. Ou seja, avaliar as possibilidades de criação do conteúdo em questão, considerando as responsividades audiovisuais, como o formato e como esse formato será recebido em cada plataforma, por exemplo.   

“Qual vai ser o tipo de conteúdo que vou criar e a partir de qual narrativa? Quem vai ser meu público? Como e onde meu conteúdo vai circular? Qual é o timing ideal? Entre outros pontos”, levanta Guilherme.   

Impactos no Jornalismo 

Com as mudanças realizadas pelas novas plataformas de mídias sociais, o fazer jornalismo também mudou. De acordo com o professor do curso de Jornalismo da PUCRS Andrei Rossetto, matérias e reportagens sobrevivem pela adaptação às tecnologias.  

“A capacidade de sobrevivência do telejornalismo passa por contar boas histórias, entrelaçadas por narrativas inovadoras. Não interessa se essa narrativa é no TikTok ou no Youtube. A gente precisa adaptar”, declara Andrei.   

Conforme o jornalista, agência internacional de notícias, Reuters, afirma que, em 2023, as empresas irão estudar com mais atenção as plataformas de criação e compartilhamento de vídeos. “A empresa jornalística afirmou que muitas corporações e instituições irão se esforçar mais no Tiktok, YouTube e Instagram. O desejo é entender os jovens, menores de 25 anos, além de experimentar a narrativa de vídeo vertical”, constata.  

Graduação em Produção Audiovisual da PUCRS ensina comunicação criativa e multiplataforma  

O curso de Produção Audiovisual da PUCRS prepara você para criar conteúdo para todos os tipos de telas, atuando como protagonista na indústria criativa. Nosso curso é pioneiro na área e conta com um novo currículo sintonizado com as transformações do mundo e a evolução das tecnologias. O ecossistema de comunicação e criatividade da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos proporciona aos alunos uma visão multidisciplinar e ampla da profissão. E, além de todo o conhecimento técnico, os estudantes desenvolvem competências e habilidades fundamentais, como ética, trabalho em equipe e pensamento crítico e inovador. 

Neste ano, o Salão de Iniciação Científica da PUCRS completa 25 anos de história, consolidando-se como um espaço de socialização das atividades de pesquisa envolvendo estudantes da graduação e professores/pesquisadores de diferentes universidades. Neste ano, o evento acontece entre os dias 3 e 7 de junho e as inscrições para apresentação estão abertas.

O evento avalia a participação de bolsistas em projetos de pesquisa de Iniciação Científica, proporciona o intercâmbio de conhecimentos e resultados de pesquisas, além de promover a divulgação da pesquisa no âmbito da graduação. O encontro também oportuniza aos bolsistas um momento de reflexão sobre sua contribuição para a qualificação do projeto de pesquisa de Iniciação Científica.

As inscrições vão até o dia 15 de março, às 18h. Para se inscrever, os/as estudantes deverão preencher o formulário de inscrição e submeter um resumo, que fará parte do ebook do evento.

Para a Diretora de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Maria Martha Campos, o evento contribui para a excelência na formação dos alunos de graduação, sendo uma oportunidade de trocas científicas, permitindo o desenvolvimento de novas habilidades.

“Em especial, nesta edição dos 25 anos, temos muito a celebrar, considerando o destaque da PUCRS em pesquisa”, adiciona.

Experiências de pesquisa

Na PUCRS, mais de 600 estudantes de graduação integram projetos de pesquisa conduzidos nas sete Escolas. A Iniciação Científica objetiva, além da formação, a capacitação e qualificação de recursos humanos voltados para a pesquisa científica.

Para mais informações sobre o Salão de Iniciação Científica e outras oportunidades de pesquisa na graduação, contate a Coordenadoria de Iniciação Científica pelo e-mail pesquisa.ic@pucrs.br ou presencialmente de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h15 na sala 325 do Living 360°.

Inscreva-se no evento

Leandro Pompermaier, sxsw

Foto: Arquivo pessoal

O South by Southwest, mais conhecido como SXSW, está acontecendo desde o último sábado (8), em Austin (Estados Unidos). O evento, que é considerado um dos maiores da área de tecnologia do mundo, vem gerando novos relatórios e insights sobre o mercado e o futuro da tecnologia. A PUCRS está entre as instituições participantes do evento, com uma cobertura realizada por um time de embaixadores nas redes sociais da Universidade e do Tecnopuc. Leandro Pompermaier, pesquisador e gestor de Relacionamento e Negócios do Tecnopuc, é um desses embaixadores e compartilhou seus insights sobre as novidades apresentadas no SXSW. Confira: 

Dia 1: mercado, deep fake e produção de conteúdo  

No primeiro dia de evento, Leandro esteve presente em alguns painéis nos quais foram debatidos temas sobre a situação atual do mercado de startups, a grande produção de deep fakes nas redes sociais e a produção de conteúdo com proposito. Nesse contexto mercadológico, ele avalia que o capital de risco se tornou dependente de capital barato e prioriza startups de escalabilidade rápida em detrimento da sustentabilidade a longo prazo. 

“O financiamento está cada vez mais concentrado em negócios maiores e menos em startups – ainda que as startups recebam muito mais financiamento do que no passado”, pondera. 

Sobre as deep fakes, o pesquisador ressalta que elas representam sérias ameaças, podendo impactar em eleições, golpes e disseminação de desinformação. Ele acredita que as atuais regulamentações para o uso dessa tecnologia são insuficientes para conter sua disseminação descontrolada.  

“Avanços em inteligência artificial (IA) estão acelerando a corrida armamentista entre criadores e detectores de deepfakes, exigindo inovação constante para permanecer à frente do problema. Embora a maioria das aplicações de IA sejam benéficas, o potencial para deep fakes exige ação urgente e coordenada entre governo, empresas de tecnologia e sociedade”, avalia.  

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Painel “Dream Big, Disrupt Boldly: A Conversation with Joe Gebbia, Co-Founder of Airth e Samara”. / Foto: Arquivo pessoal

Leandro também esteve presente na palestra de Mark Rober, ex-engenheiro da Nasa que fez transição de carreira e se tornou criador conteúdo para YouTube – acumulando mais de 30 milhões de seguidores por meio de conteúdo de vídeo criativo. Pompermaier explica que, para virar essa chave e encontrar novos caminhos profissionais, é preciso adotar uma mentalidade de crescimento e tratar os desafios como oportunidades para aprender e melhorar.  

“Desenvolver um conteúdo envolvente e convincente, seja vídeos educacionais ou histórias pessoais, é importante para se conectar com amplas audiências e causar impacto. Mark aplica esses princípios para melhorar o aprendizado de ciências.” 

Dia 2: medicina, imprensa, IA e neurotecnologia 

No segundo dia de SXSW, Pompermaier esteve presente em alguns painéis do evento e destaca alguns assuntos relacionados à medicina e ao impacto da Inteligência Artificial na indústria midiática, entre outros. Tratando-se da área da medicina, acredita que o futuro da saúde envolverá uma combinação de ferramentas de alta tecnologia, como sensores e IA, juntamente com o importante toque humano de médicos e cuidadores. 

“As tecnologias digitais já estão melhorando áreas como visitas de telemedicina e monitoramento remoto de pacientes ao fornecer dados de saúde objetivos. A IA pode ajudar a reduzir os ônus administrativos sobre os médicos e dar-lhes mais tempo para se concentrar nos pacientes por meio de ferramentas como a tomada de notas automatizada”, pontua.  

No painel sobre a indústria midiática, Pompermaier destaca que a IA tem um enorme potencial para transformar a criação de conteúdo, permitindo interações mais rápidas, experiências mais personalizadas e novas formas de narrativa. “No entanto, seu uso precisa ser cuidadosamente considerado sob uma perspectiva criativa e ética”, pondera. 

Foto: Arquivo pessoal

O aumento do uso da inteligência artificial também levanta um novo debate: IA com consciência. Em um dos painéis que participou, Leandro acompanhou a discussão sobre esse tema, que, no entanto, não tem uma resposta certa ou definida. Ele explica que a maioria dos painelistas encara a questão com um pouco de desconfiança.  

“Ainda nos falta uma definição universal de consciência e um entendimento completo de sua base em humanos/animais. A IA moderna carece de substratos biológicos, como sistemas nervosos/cérebros complexos, que muitos consideram importantes para a consciência.  As principais teorias da consciência em neurociência não parecem ser implementadas pelas atuais arquiteturas e tecnologias de IA. No entanto, alguns painelistas também observaram que não podemos fazer afirmações definitivas, e futuras IA mais avançadas poderiam potencialmente ser conscientes”, pondera.  

No segundo dia de evento, ele também esteve presente em um painel sobre neurotecnologia. Entre as falas dos painelistas, Leandro destaca que pesquisadores estão pesquisando de que maneira a realidade virtual, biossensores e neurotecnologia podem aprimorar o entendimento e tratamento de condições como autismo. 

Dia 3: neurotecnologia, empreendedorismo, aplicativos e identidades   

No terceiro dia, Leandro Pompermaier participou de painéis que levantaram debates sobre os avanços no campo da neurotecnologia e empreendedorismo, além dos grandes aplicativos e dados sensíveis. No painel sobre neurotecnologia, Leandro destacou que as interfaces cérebro-computador integradas com realidade aumentada são uma promessa para aumentar as habilidades humanas e auxiliar pessoas com deficiências a se comunicarem. 

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Foto: Arquivo pessoal

O pesquisador também participou de um painel com Mark Cuban e Andrew McCollum, dois empresários estadunidenses, sobre empreendedorismo. Os painelistas reforçaram que definir sucesso vai além de apenas métricas financeiras, pois o empreendedorismo também oferece oportunidades de ter impacto e focar no que realmente importa. 

No painel sobre aplicativos, houve debates sobre a necessidade observada no mercado dos Estados Unidos, onde os consumidores desejam utilizar um “super app” ou um único aplicativo que permita o usuário fazer muitas coisas em apenas um local. Nesse sentido, Leandro avalia que branding, narrativa e engajamento criativo são importantes para construir a confiança do cliente nesses casos.  

“Ao expandir para novos mercados, como a América Latina, é importante entender as necessidades e preferências dos clientes locais em vez de apenas agrupar vários serviços”, salienta o gestor.  

Leandro também participou de um painel sobre dados sensíveis, identidades digitais e outras questões que envolvem a privacidade na internet. Ele explica que o conceito de “DNA digital” destaca como nossas atividades online podem revelar informações pessoais, mesmo sem compartilharmos dados intencionalmente.  

“A alfabetização digital é importante, e as empresas precisam tornar a privacidade uma parte central de sua estratégia de design de produto por meio de princípios como transparência, controle do usuário e a priorização do bem-estar ao invés de apenas a conformidade legal”.  

Dia 4: ChatGPT, mobilidade, Amazon e IA no jornalismo 

No penúltimo dia de participação nos painéis do SXSW, Pompermaier esteve presente em conversas sobre humanização da inteligência artificial, mobilidade nas grandes cidades, o império de Jeff Bezos, Airbnb e a relevância da IA para o jornalismo. Sobre a conversa com o CEO da Uber e o prefeito de Austin, Leandro destaca a importância da colaboração entre cidades e empresas para uma maior mobilidade urbana.  

“Sustentabilidade é uma prioridade tanto para a Uber quanto para a cidade de Austin, mas equilibrar a acessibilidade com os objetivos ambientais pode ser desafiador e requer cooperação”, sintetiza.  

Foto: Arquivo pessoal

Assim como é útil para corporações midiáticas, a inteligência artificial pode ser uma grande aliada para o jornalismo. No entanto, Leandro alerta que ainda é necessária a supervisão humana na produção desse conteúdo.  

“Exemplos iniciais de conteúdo gerado por IA sem controle mostraram problemas como erros, plágio e imprecisões. Processos rigorosos com revisão humana são importantes.” 

Dia 5: IA, Tik Tok e saúde 

Finalizando os paineis dessa edição do evento, o gestor destaca que a inteligência artificial foi o assunto mais falado desse ano. Leandro participou de painéis sobre a importância de quebrar os padrões coloniais dos algoritmos. 

“É necessário envolver as comunidades indígenas e considerar suas perspectivas no desenvolvimento de tecnologias de IA. Isso ajuda a garantir que as tecnologias sejam desenvolvidas de maneira culturalmente relevante”, pontua.  

Leandro também participou em um painel sobre pessoas mais velhas e o Tik Tok. Ele pondera que o conteúdo intergeracional que reúne pessoas de diferentes idades pode ressoar amplamente ao mostrar humanidade e experiências compartilhadas através das gerações.  

“Marcas importantes estão reconhecendo o potencial do marketing para audiências mais velhas em plataformas como o TikTok, onde sua presença tem historicamente sido sub-representada. Parcerias com criadores sêniores populares abrem novas oportunidades”, complementa.  

Para finalizar sua participação, Pompermaier esteve em um painel sobre novidades que estão por vir na área da saúde. Nesse sentido, enfatiza que a IA e novas tecnologias estão expandindo o que pode ser detectado durante exames oftalmológicos para diagnosticar outras doenças, além de apenas problemas de visão. Isso pode ajudar a detectar condições mais cedo. 

“Avanços em áreas como óculos inteligentes, realidade aumentada e tecnologias assistivas têm potencial para ajudar tanto indivíduos com baixa visão/cegos quanto a população em geral, aprimorando capacidades de visão e gestão da saúde”, finaliza.  

Leia mais: 4 tendências do SXSW Edu 2024 para o futuro da educação 

vacinação contra a dengue

Vacinação é a melhor ferramenta para a prevenção da dengue. / Envato Elements

Os casos de dengue no Rio Grande do Sul não param de subir: o Estado já registrou mais de 17 mil casos confirmados de dengue em 2024, o que é seis vezes maior do que o mesmo período no ano anterior. Essa explosão de casos é justificada pelas mudanças climáticas, e as fortes chuvas, combinadas de altas temperaturas, formam o ambiente perfeito para a rápida proliferação e contágio da doença entre a população.  

Caracterizada por febre alta, dores pelo corpo e vermelhidão na pele, a dengue já causou 17 mortes no RS e mais de 300 em todo o país. Neste cenário, a vacinação se torna a melhor ferramenta de prevenção contra a doença. No Brasil, a vacina Qdenga é distribuída e aplicada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), fazendo parte do Calendário Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde desde fevereiro deste ano.  

A farmacêutica Takeda, de origem japonesa, é a responsável pela vacina Qdenga, feita com o vírus atenuado. Nesta composição, o vírus está vivo, mas sua capacidade infecciosa é menor, desenvolvendo a imunidade no corpo humano e torna a vacina segura.  

O professor da Escola de Medicina e do Programa de Pós-Graduação em Pediatria e Saúde da Criança Marcelo Scotta, garante que o imunizante Qdenga é seguro para a população. “A vacina já possui estudos com seguimento de mais de quatro anos sem apresentar eventos adversos relevantes que tenham sido associados a ela”. 

Além desta vacina, concomitantemente, o Instituto Butantan está em fase final do desenvolvimento de um imunizante nacional. Desde 2009, pesquisadores elaboram a vacina que também é feita com o vírus atenuado. Ambas as vacinas protegem contra os quatro tipos de dengue, mas a do Instituto possui em sua composição os quatro diferentes vírus, a que torna mais eficiente. Ambas as vacinas são seguras e oferecem uma boa fonte de proteção.  

“A vacina Qdenga reduz em cerca de 80% o número de casos bem como o número de hospitalizações nos indivíduos vacinados”, destaca Scotta.  

Leia também: Entenda como funciona a produção de uma vacina em 5 passos 

vacinação contra a dengue

Imunizante Qdenga já está disponível e é seguro para a população/ Foto: Divulgação

Nas regiões em que a vacina já é aplicada, a faixa etária de 10 a 14 anos é o público-alvo, idades que concentram a maior proporção de hospitalização pela doença. O professor destaca que o sucinto público se dá pela limitação de doses disponíveis.  

“Como o Brasil é um dos países mais afetados, a aplicação vem em ótimo momento. Entretanto, ainda está sendo feita em faixas etárias restritas por limitações na capacidade de produção do fabricante”, elenca. 

Enquanto a vacina não é liberada para a população em geral, a recomendação é a mesma de outras endemias tropicais. “O uso de repelentes e eliminar os focos de reprodução do mosquito, evitando água parada acumulada são as principais ações de proteção”, menciona Scotta. 

O Rio Grande do Sul ainda não recebeu doses do Ministério da Saúde, mas as doses podem ser encontradas na rede privada. 

Confira 5 dicas para prevenção da dengue 

1. Utilize repelente  

Passar o produto nas partes do corpo que ficam expostas, como braços e pernas, é uma maneira eficaz de manter os mosquitos afastados da pele.  

2. Cubra a maior parte do corpo, quando possível  

O Aedes aegypti é atraído pela substância que o corpo humano elimina por meio do suor e da respiração; por isso, é importante utilizar roupas que cubram a maior parte do corpo para atenuar esse processo.  

3. Elimine focos de água parada  

Evite deixar qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros desde espaços como caixas d’água e piscinas abertas até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta.  

4. Coloque telas em janelas e portas  

Fique, preferencialmente, em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis.  

5. Aplique inseticidas e larvicidas  

Inseticidas são grandes aliados na prevenção da dengue, pois ajudam a eliminar focos do mosquito em locais abertos e fechados. Na PUCRS são realizadas aplicações regulares de inseticidas e larvicidas nas áreas externas em todo o Campus.  

Leia mais: Dengue: confira dicas para prevenir a doença 

18 ex-professores da Escola de Negócios foram convidados para ministrar uma aula surpresa. / Foto: Giordano Toldo

As nove décadas de história da Escola de Negócios foram celebradas em uma noite cheia de emoção. Para conectar passado, presente e futuro, 18 ex-professores da Escola foram convidados para ministrar uma aula surpresa, lado a lado com os atuais docentes, aos alunos e alunas do Prédio 50. 

Professor da PUCRS entre 1982 e 2009, Luiz Antonio Slongo conta que iniciou sua trajetória na Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia (FACE) – atual Escola de Negócios – quando ainda não havia um prédio próprio. “É muito fácil falar da PUCRS e da Escola onde trabalhei durante 28 anos. Vivi momentos memoráveis aqui. Sempre me senti muito valorizado como profissional e como ser humano”, relembra Luiz Antonio. 

Suzana Matte Silveira Martins também viveu essa época no Campus da PUCRS. De 1988 a 2016, a docente viu a Escola de Negócios se expandir e conquistar um espaço de valor na Capital gaúcha e no Estado.  

“Tive a oportunidade de dar aulas no prédio 5 antes de nos transferirmos para o excelente prédio 50. Acompanhei o crescimento da Escola, que vem servindo à sociedade através do conhecimento, da cultura, dos valores cristãos. Hoje, dependemos das empresas e dos administradores para tudo, e sem dúvidas a Escola de Negócios desempenha um papel muito importante para desenvolvimento do nosso Estado”. 

Uma história marcada por inovação e impacto 

Suzana Matte Silveira Martins foi professora da PUCRS de 1988 a 2016. / Foto: Giordano Toldo

Os anos 1930 representaram o ponto de partida tanto da PUCRS quanto da Escola de Negócios. No prédio anexo ao Colégio Marista Rosário, no Centro de Porto Alegre, nascia o curso superior de Comércio, reconhecido oficialmente, em 1934, como Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas.  

Foi ela que, com outros três cursos, deu início à instituição universitária, com o Decreto nº 25.794, assinado pelo presidente Eurico Gaspar Dutra, em 1948. Em 1934, a preocupação era suprir uma necessidade da sociedade, fornecendo uma formação superior, especialmente nas áreas de gestão, finanças e conhecimentos contábeis”, declara Éder Henriqson, decano da Escola de Negócios da PUCRS. Nove décadas depois, a Escola possui cursos de graduação, MBA, especialização, extensão e certificações, nos formatos presencial e online, e ainda mestrado e doutorado presencial.

“A preocupação sempre foi formar profissionais que pudessem atender às necessidades da sociedade, podemos dizer que, até hoje, isso é o que nos guia. Procuramos sempre contribuir com a melhor qualificação possível – estudos sobre gestão, mercado, inovação, desenvolvimento econômico e social são algumas das pesquisas que nascem na Escola de Negócios e têm o objetivo de contribuir para uma sociedade melhor”, ressalta. 

Uma Escola que olha para o futuro 

As estudantes Alexia Campos, Evelyn Rocha e Luiza Oliveira participaram do evento que comemorou os 90 anos da Escola de Negócios. Ainda nos primeiros semestres do curso, as estudantes já enxergam um futuro promissor na Universidade e no mercado. “Quero crescer e conseguir criar outras expectativas para a minha vida”, aspira Evelyn (23).  

As estudantes Evelyn Rocha, Luiza Oliveira e Alexia Campos. / Foto: Giordano Toldo

Estudante do curso de Administração: Liderança e Gestão em Pessoas, Alexia (22) conta que a PUCRS abriu uma série de oportunidades em pouco tempo – tanto para sua vida profissional quanto para a pessoal. “É incrível a qualidade dos professores. A PUCRS é muito mais que uma Universidade e abre portas em um nível que eu não esperava para o meu currículo”, reflete. 

Luiza (19), também aluna de Administração, conta que a possibilidade conhecer novos pontos de vista, fazer novas amizades e vivenciar os espaços do Campus – como o Living 360 e a Biblioteca, são as coisas que mais gosta aqui na Universidade,

“É ótimo quando a gente tem contato com outros alunos e pode ter essa troca de experiências. Eu ainda sinto muita falta de representatividade de outras pessoas negras, mas acho que aos poucos estamos construindo espaços mais seguros e diversos”.  

Olhando para os próximos anos, a Escola de Negócios já dá indícios do que está por vir com o lançamento do Tecnopuc Business, uma parceria da Escola com o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), que tem o objetivo de ampliar o ecossistema de inovação e dar início a uma nova proposta de educação em negócios.  

“Nós temos um olhar sintonizado ao que nossa sociedade precisa e à forma como podemos nos manter relevantes, seja captando projetos, atraindo parceiros, formando líderes, empreendedores ou fazendo a economia crescer”, pontua. 

Impacto real na vida das pessoas 

Professor da PUCRS entre 1982 e 2009, Luiz Antonio Slongo conta sua trajetória com a Universidade. / Foto: Giordano Toldo

Professor referência na área da Administração, Luiz Antonio Slongo reúne uma série de histórias com a PUCRS. Ele conta que, quando iniciou os trabalhos no FACE, a Universidade planejava ter em seu corpo docente pelo menos mil professores com mestrado e doutorado até 2000.  

“A meta foi atingida antes do prazo. Nessa época, eu fui bastante beneficiado pela PUCRS em função desse projeto, pois recebi apoio para fazer o meu doutorado na USP, em São Paulo. A PUCRS me deu todo suporte, inclusive pagando muitas passagens aéreas para que eu concluísse o meu curso”.  

Luiz Antonio também conta que criou e coordenou os primeiros cursos de pós-graduação. Em 1987, participou da criação do primeiro curso de especialização em finanças; em 88, o curso de especialização em Recursos Humanos; e em 89 o curso de especialização em Marketing. “São coisas muito positivas que me lembram a PUCRS. Eu sempre me senti muito valorizado, muito prestigiado e sempre recebi muita confiança e liberdade para fazer meu trabalho”.   

Além do impacto na vida acadêmica e profissional, o professor Luiz também conta que viveu na PUCRS a chegada dos seus primeiros filhos, gêmeos prematuros, que nasceram com menos de sete meses.  

“Eu não teria condições de ter bancado a qualidade de serviço e de atendimento que recebi na época da então recém-inaugurada unidade neonatal do Hospital São Lucas. A reitoria fez todo o empenho para que eu fosse recebido no HSL e que os meus filhos tivessem todo o apoio”. 

Evento acontece entre os dias 13 e 15 de março, em Brasília

A conferência é promovida pelo Ministério da Educação (MEC) / Foto: Divulgação

Representantes da PUCRS estão em Brasília para a 3º Conferência Regional de Educação Superior na América Latina e Caribe (CRES+5). O evento iniciou nessa quarta-feira (13), no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília, e segue até sexta-feira (15). O vice-reitor da Universidade, Ir. Manuir Mentges, a pró-reitora de Graduação e Educação Continuada, Adriana Kampff, o assessor de Planejamento Estratégico, Silvio Langer, a integrante da comissão coordenadora do Programa de Pós-graduação em Educação Marília Morosini, e o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e do Tecnopuc, Jorge Audy – que também é membro da organização do evento, representam a Universidade.  

O vice-reitor pontua que, ao estabelecer diretrizes e metas comuns, a conferência ajuda a impulsionar o desenvolvimento humano e socioeconômico da América Latina e do Caribe por meio da educação.  

“O CRES+5 desempenha um papel crucial na promoção da qualidade e acessibilidade do ensino superior na região. Através do diálogo entre governos, instituições educacionais, organizações da sociedade civil e estudantes, a Conferência busca definir políticas e estratégias para enfrentar desafios como a expansão do acesso, a melhoria da qualidade educacional, a internacionalização das instituições e a promoção da equidade”, destaca Ir. Manuir Mentges. 

As discussões na CRES+5 estão divididas em 12 eixos temáticos e buscam analisar as conquistas da educação superior da região e estabelecer as prioridades para a próxima Conferência, em 2028. O objetivo é destacar o progresso alcançado desde o evento de 2018, bem como os desafios remanescentes e as questões emergentes, principalmente após a crise pandêmica da Covid-19.  

“A contribuição da PUCRS, na organização e participação do evento, evidencia o nosso compromisso com uma educação superior de qualidade, alinhada com o nosso posicionamento estratégico: inovação, geração de impacto e valor para sociedade”, explica o vice-reitor. 

Educação para libertar, unir e emancipar 

Jorge Audy, docente da PUCRS, consultor da Unesco-Iesalc e membro do grupo de relatores da CRES+5, conta que o evento em Brasília foi precedido de uma série de encontros presenciais e online, organizados em torno dos 12 eixos temáticos, além de uma reunião preparatória em Havana (Cuba): “São mais de 1.500 pessoas, de mais de 24 países, reunidos nesta CRES+5”. 

“A CRES+5 tem como foco analisar a evolução do cenário Latino-Americano e Caribenho na área de Educação Superior. Na declaração final da CRES houve consenso no sentido de que os conhecimentos e a Educação devem ser defendidos como Direitos Humanos universais e direitos coletivos dos povos, como bens públicos sociais e comuns para a soberania, bem viver e emancipação de nossas sociedades, e para a integração latino-americana e caribenha”, defende Jorge Audy. 

O superintendente comenta que, durante o evento, foram revisitados os eixos centrais da CRES, analisando a evolução e ratificando as suas recomendações. Um destes eixos, por exemplo, trata de inovação, pesquisa científica e tecnológica, artes e humanidades como vetores do desenvolvimento social e econômico sustentável, e como motores da democracia e do desenvolvimento humano na América Latina e no Caribe.  

“Como resultado, o grupo de gestores, consultores e relatores deve gerar uma Declaração Final que reafirme os princípios e as orientações da CRES”, pontua.  

A conferência é promovida pelo Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Superior (Sesu) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em parceria com o Instituto Internacional da UNESCO para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (UNESCO-IESALC) e com o Espaço Latino-Americano e Caribenho de Educação Superior (Enlaces).

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12º Fórum Internacional do Meio Ambiente abordou o tema “Água e Energias Renováveis” / Foto: Giovanna Brambilla/Famecos

O auditório da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) recebeu, entre os dias 12 e 13 de março, o 12º Fórum Internacional do Meio Ambiente (FIMA), que abordou o tema Água e Energias Renováveis. A primeira noite do evento teve como destaque o líder indígena e presidente do Conselho Distrital Yanomami, Junior Hekurari Yanomami. A professora e decana da Famecos, Rosângela Florczak, abriu o evento com um discurso de união dos profissionais de comunicação com o tema meio ambiente.  

“Entendemos que no meio acadêmico nada se faz sozinho. Se nós não estivermos unidos como sociedade, o tema não anda”, reforçou.  

A decana também destacou que a Escola trabalha a temática por meio de grupos de pesquisa, buscando aperfeiçoar o lugar na comunicação na atuação de riscos e crises decorrentes de situações climáticas emergentes. Seguindo as falas de abertura do fórum, a professora e doutora em comunicação na UFRGS, Ilza Girardi, destacou a importância dos povos indígenas na preservação das florestas. Ela defendeu ainda a necessidade de se reconhecer e valorizar os conhecimentos e práticas tradicionais desses grupos para a proteção do meio ambiente. “Graças aos indígenas, conseguimos manter nossas florestas de pé”, disse Ilza. 

A partir disso, o líder indígena Junior Hekurari iniciou os relatos da situação em que vive o povo Yanomami. Ele revisitou os desafios enfrentados por sua comunidade, que tem que lutar diariamente contra a contaminação dos rios devido à presença de garimpeiros nas suas terras, bem como as altas taxas de mortalidade infantil decorrentes da desnutrição e de doenças como malária e pneumonia. Além disso, reforçou a necessidade do engajamento dos jornalistas pela causa e clamou por apoio governamental para proteger a sua comunidade. 

Ilustrando essa realidade, um vídeo documental foi exibido, mostrando o trabalho dos mineradores em território indígena e o impacto devastador que essa atividade ilegal tem sobre a população nativa. O filme revelou o contraste sobre as condições precárias em que vivem os Yanomamis diante da invasão de seu território. “Não compre ouro, pois isso financia o trabalho dos mineradores na terra Yanomami”, apelou Hekurari, após a transmissão do documentário. 

Palestras reforçaram a necessidade do engajamento dos jornalistas pela causa indígena. / Foto: Giovanna Brambilla/Famecos

Para encerrar a primeira parte do evento, foi mostrada uma apresentação detalhada que revelou estatísticas contundentes, obtidas a partir da dolorosa realidade vivida pelo povo Yanomami. Esses números reforçam a urgência de ações concretas para proteger essa comunidade vulnerável e preservar sua cultura e modo de vida.  

“É importante a função do jornalista mostrar o que acontece no território indígena. As autoridades só fazem algo a partir do que os jornalistas divulgam, concluiu o líder indígena. 

O evento transcorreu ao longo da quarta-feira (13), abrangendo diversos painéis que abordaram temas significativos, tais como o papel da imprensa na cobertura sobre água e energias renováveis, a contribuição da indústria gaúcha para a transição energética e a perspectiva das ONGs sobre energias renováveis, entre outras temáticas. 

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Ao encerrar o FIMA, a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) apresentou uma Carta Aberta à população gaúcha e brasileira. Por meio deste documento, a Associação destaca a urgência da crise ambiental que já representa uma ameaça à vida na Terra. Simultaneamente, conclama os governantes e cidadãos brasileiros a se comprometerem na defesa vital da água, do ar e de práticas saudáveis. 

A Carta apela por uma redução do consumismo predatório, incentivando um maior cuidado com a saúde individual e coletiva, bem como um respeito mais atento aos povos originários. Além disso, ressalta a importância da conscientização coletiva sobre os destinos da humanidade. A carta também busca despertar a responsabilidade compartilhada na preservação do meio ambiente e na construção de um futuro mais sustentável para todos. 

Abertura / Fotos: Uilllian Vargas

A Escola de Direito recebeu, nessa terça-feira (12), a segunda edição do Legal Innovation Experience, evento voltado para a inovação e tecnologia no meio jurídico. O evento foi organizado pela Escola em parceria com a Linklei, software de gestão para a rotina jurídica. Mais de 25 palestrantes nacionais e internacionais trouxeram aos mais de 400 participantes conhecimentos valiosos sobre as principais tendências e o futuro do Direito. 

As palestras e painéis do evento, que ocupou o Teatro do Prédio 40, abordaram temas como inteligência artificial, metaverso, privacidade e cibersegurança, legal design, visual law, legaltechs e inovação jurídica. A fundadora do Linklei e alumna PUCRS, Caroline Francescato, destaca a relevância dos tópicos tratados no evento:  

“Atualmente, temos no Brasil mais de 300 empresas do setor de tecnologia que estão revolucionando não só o dia a dia do advogado, mas também o acesso à Justiça. E para nós é uma alegria estarmos aqui na PUCRS trazendo todos esses conteúdos e todos esses conhecimentos para as pessoas que estão curiosas e querem se colocar nesse novo mundo da tecnologia e da inovação”

Além de apoiar a realização do Legal Innovation Experience, a Escola de Direito participou realizando um painel, que destacou as iniciativas de inovação e tecnologia realizadas pela Universidade. Para a professora Laís Machado Lucas, há uma grande sinergia entre o evento e a atuação da Escola:  

“A Escola de Direito da PUCRS já está preocupada há bastante tempo com a inovação do ensino jurídico e como a gente vai entregar esse profissional para o mercado, afinal de contas várias palestras que estão acontecendo estão nos trazendo as necessidades do mercado de contar com um profissional atualizado em inteligência artificial, com as questões do meio digital e que, principalmente, tenha habilidade para lidar com os novos tempos”.  

Entre os estudantes que participaram do evento está Erlane Alves dos Santos, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais. Ela considera que “participar do evento foi uma experiência muito enriquecedora, sobretudo diante das transformações digitais que o Direito tem sofrido nos últimos tempos”. 

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