Uma das primeiras formas de vida a surgir na Terra, os vírus ainda são tema de muitas questões científicas. A capacidade de evolução e as constantes mutações são responsáveis por multiplicar a diversidade desses microrganismos, tornando ainda mais complexo o estudo acerca do tema. E, apesar de serem conhecidos como causadores de doenças, os vírus também podem carregar informações importantes sobre a história das diferentes espécies de seres vivos.
“Cada vez mais há evidências de que os vírus surgiram junto com as primeiras formas de vida celulares, há aproximadamente 4 bilhões de anos. Desta forma, eles promoveram diversidade genética e controlaram populações de organismos ao longo de todo este período, fazendo parte da formação de toda a diversificação da vida no nosso planeta”, explica a coordenadora educacional do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT) e microbiologista Renata Medina, professora dos cursos de Ciências Biológicas e Biomedicina. Ela foi responsável pelo desenvolvimento de um conteúdo sobre as características desses microrganismos. O material traz informações sobre as estruturas do Adenovírus, do vírus Influenza, do Bacteriófago T4 e dos Mimivirus. Para conferir, basta clicar aqui.
O estudo sobre os vírus se torna cada vez mais importante, não só como uma forma de compreender possíveis questões sobre o nosso passado, mas como um meio de contribuir para o desenvolvimento de soluções no presente. De acordo com a virologista Ana Paula Duarte, professora do curso de Farmácia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, estudar os vírus pode gerar descobertas benéficas. “Eles são uteis para a humanidade de diferentes formas. Estão sendo usados, por exemplo, como vetores para desenvolvimento de vacinas, inclusive contra o novo coronavírus”, comenta.
A professora ainda destaca que conhecer as características dos vírus permite identificar como eles agem na contaminação das celular. “Cada vírus infecta as células que possuem seu receptor. Por exemplo, o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana – da sigla em inglês) infecta somente células que tenham a molécula CD4. O coronavírus, SARS-CoV-2, infecta células que tenham o receptor ACE-2. Dependendo, a expressão deste receptor pode estar relacionada ao número de células que o vírus vai conseguir infectar”, explica.
Para a microbiologista Renata Medina, ainda há um vasto campo de estudos para ser explorado. “Há inúmeros vírus que não causam doença (não apenas no ser humano, mas também em outros animais e plantas), e estes são os que a gente menos conhece”, destaca a professora.
Do estudo da vida humana e animal, até plantas, fungos e microrganismos, o profissional graduado em Ciências Biológicas é um cientista que compreende a origem, a evolução e as interações de cada âmbito.
Nas modalidades de Bacharelado e Licenciatura, o curso apresenta os conhecimentos biológicos com uma abordagem evolutiva. Com atividades de campo e em laboratórios, leva os estudantes a descobertas nas áreas de biotecnologia, genética, anatomia, fisiologia, imunologia, zoologia, botânica e biodiversidade, evolução, paleontologia, ecossistemas e conservação.
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