Foto: Maria Eduarda Petek
Com o objetivo de aprimorar os conhecimentos de profissionais e Alumni (diplomados), o Instituto de Geriatria e Gerontologia promoveu nesta sexta-feira, 10 de novembro, o 1º Simpósio para Cuidadores de Idosos de Porto Alegre e 1º Encontro de Ex-Alunos dos Cursos de Cuidadores de Idosos. O evento, realizado no auditório do prédio 81, contou com a participação de profissionais e professores de vários cursos que integram o corpo docente do programa de extensão para cuidadores de idosos do IGG. A atividade, voltada para cuidadores, idosos, familiares, profissionais da saúde, estudantes e comunidade em geral, abordou questões como prevenção de quedas, equipe multiprofissional para tratar de doenças neurológicas, além de temas mais cotidianos.
De acordo com Newton Terra, geriatra e diretor do IGG, a realização do simpósio surgiu do desejo de criar um núcleo de apoio para reunir os formados e promover um intercâmbio de experiências e aprendizado. “Esse é o primeiro simpósio e a gente espera fazê-lo anualmente com esse mesmo objetivo, sempre qualificando, atualizando, passando noções mais atuais com os cuidados do idoso. Esse é o grande propósito”, explica Terra.
Aislei Marcilio, técnica de enfermagem formada há 6 anos, garante que o evento a ajudou muito, pois abordou questões que muitas vezes vão ficando para trás após a formatura. “Ele está abrangendo bastante os temas, que estão sendo muito positivos”, afirma cuidadora.
Dentre as atividades promovidas pelo Simpósio, ocorreu durante a manhã a mesa redonda Contribuições da equipe multiprofissional para o cuidador na abordagem do paciente com ALZHEIMER. A fisioterapeuta Luísa Braga Jorge, a enfermeira Maria Helena Gehlen, o psiquiatra Eduardo Sabbi e a nutricionista Vanessa Binotto, a partir da avaliação de um caso fictício, apresentaram de que forma cada profissional pode contribuir nos cuidados com o paciente.
De acordo com o psiquiatra Eduardo Sabbi, para atuar de forma adequada e eficiente nos cuidados com o idoso, é importante respeitar a individualidade de cada um, seus hábitos e gostos. “Gostaria de ressaltar a importância de sabermos a história dos pacientes, respeitarmos esse aspecto e, em cima disso, oferecer tanto atividades, exercícios, cuidados, quanto a alimentação”.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que a população de pessoas com mais de 60 anos passará dos atuais 841 milhões para 2 bilhões até 2050. Em 2020, pela primeira vez na história, esse público será mais numeroso que o grupo de crianças de até cinco anos. Com isso, a OMS enfatiza a necessidade de formação de profissionais para atuarem com os idosos, dando ênfase especial para o cuidado gerontológico. Com frequência, esse público é portador de patologias crônicas associadas. Essas doenças em geral comprometem a independência funcional e a autonomia dos idosos, gerando a necessidade de cuidados especiais.
