Hábitos simples e rápidos no dia a dia podem impactar e melhorar a qualidade de vida de cidades inteiras
quarta-feira, 21 de agosto | 2024Hábitos simples e rápidos no dia a dia podem impactar e melhorar a qualidade de vida de cidades inteiras
É importante separar seus resíduos, entre recicláveis, que passam por reciclagem, e orgânicos, que podem ser transformados em adubo para plantas. Foto: Giordano Toldo.
Indicadores alarmantes têm impulsionado pessoas e comunidades a adotarem práticas mais sustentáveis. A Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA) divulgou, em 2023, que aproximadamente 40% do lixo gerado no Brasil teve destinação inadequada em 2022. Isso equivale a 33,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos. Já os rejeitos são resíduos que não podem ser aproveitados na reciclagem e em nenhuma outra solução de circularidade, como papel higiênico/guardanapos, absorventes, fraldas, chiclete e adesivos.
Papel, plástico, metal e vidro são resíduos recicláveis, aqueles materiais que podem ser reaproveitados. Sendo assim, ao serem descartados corretamente, passam pelo processo de reciclagem e voltam à cadeia produtiva. Já restos de alimentos, frutas, verduras, legumes, poda de plantas, erva mate e café são resíduos orgânicos, que podem ser transformados em adubo para plantas através do processo de compostagem.
“Os materiais recicláveis têm um tempo significativo de decomposição, alguns chegando a 500 anos. Quando falamos em descarte correto, facilitamos o reaproveitamento deles, para que sejam processados e reinseridos no processo produtivo. Esse processo evita a extração de novos recursos, que prejudicam o meio ambiente”, alerta a analista de sustentabilidade da Universidade Flávia Ávila.
Alguns hábitos podem ser adotados para facilitar a reciclagem, como a separação dos resíduos corretamente e o acompanhamento do cronograma de coletas de cada tipo. Ainda é importante repensar o consumo de itens descartáveis e consumir produtos de marcas que têm iniciativas de logística reversa e de impacto social positivo.
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Mas é preciso mais do que a ação individual: políticas públicas eficazes ajudam a minimizar a poluição do solo, água e ar, reduzindo os impactos ambientais negativos associados ao descarte inadequado de resíduos. Isso contribui para a preservação de ecossistemas e a proteção da biodiversidade. A coleta seletiva diminui a poluição, evita a extração de novos recursos naturais, evita impactos maiores em enchentes por obstrução de bueiros, rios e riachos, e gera emprego e renda pela comercialização desses materiais.
“Estarmos alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU enquanto Universidade reforça o compromisso que temos com a nossa comunidade e com o planeta, gerando impacto positivo através de práticas mais sustentáveis. Aqui na PUCRS, nós triamos e destinamos todos os nossos resíduos recicláveis para cooperativas e indústrias que poderão reaproveitar esses materiais. Essa cadeia bem estruturada permite que diversas famílias se sustentem através desse trabalho”, reforça a analista de sustentabilidade.
A situação das enchentes do Rio Grande do Sul em maio foi agrava pelo impacto das mudanças climáticas. Muito disso pode ser mitigado através da adaptação das cidades para que se tornem mais inteligentes e circulares, por meio de ferramentas e métodos para ajudar e acelerar a transição para uma economia circular. A estrutura chave tem foco em três setores: resíduos orgânicos, consumo e construções sustentáveis.
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