Representantes da Universidade estão em Brasília para a 5ª edição do evento que tem caráter consultivo, mobilizador e articulador da comunidade científica e dos demais setores de CT&I
quarta-feira, 31 de julho | 2024Representantes da Universidade estão em Brasília para a 5ª edição do evento que tem caráter consultivo, mobilizador e articulador da comunidade científica e dos demais setores de CT&I
Foto: Divulgação CNCTI
Desafios da evolução da ciência no Brasil e no mundo, formação de pesquisadores, incentivo à tecnologia e inovação, além do combate à desinformação são alguns dos temas que integram a programação da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O evento, que volta a acontecer após um hiato de 14 anos, é realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e começou nesta terça-feira (30), em Brasília. O reitor da Universidade, Evilázio Teixeira, o vice-reitor, Manuir José Mentges, o superintendente de Inovação e Desenvolvimento, Jorge Audy, que também é membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) e o professor da Escola Politécnica Adão Villaverde, representam a PUCRS.
Ao longo da história, a ciência e a tecnologia se estabeleceram como pilares essenciais da sociedade, impulsionando evoluções que melhoraram a vida das pessoas em todo o mundo, em áreas como educação, saúde, indústria e tecnologia. O tema desta edição da Conferência é “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil justo, sustentável e desenvolvido”. O objetivo é discutir junto à sociedade as necessidades na área e propor recomendações para a elaboração de uma nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI), que deverá ser seguida pelos próximos anos (2024-2030). A nova estratégia substituirá a de 2016-2023, que durante o evento, também terá seus programas, planos e resultados analisados.
O reitor da Universidade, Evilázio Teixeira, representou o Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (COMUNG) na cerimônia de abertura e destaca que a participação da PUCRS é importante enquanto permite que a Universidade siga atuando de forma colaborativa com a comunidade científica nacional, identificando áreas estratégicas para o desenvolvimento e participando na elaboração de políticas públicas relevantes, como o Plano Nacional de Inteligência Artificial entregue ao presidente Luís Inácio da Silva na abertura do evento.
“Nossa presença permite aprofundarmos laços, networking e projetos conjuntos com as melhores Universidades e agências de governo em diversas áreas de conhecimento. Entendo que o Brasil precisa investir mais em Ciência, Tecnologia e Inovação. Trata-se de criar políticas robustas, mas também contínuas nesta direção e de aumentar a participação da iniciativa privada, que hoje é somente de 20%. Neste sentido, a formação das pessoas é imprescindível, ou seja, formação qualificada que incentive também a inovação social”, destaca o reitor.
Ir. Manuir Mentges, vice-reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, reitor da PUCRS, e Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS. / Foto: Arquivo pessoal
O vice-reitor, Manuir Mentges, destaca que o momento permite valiosas trocas de conhecimento e experiências, ressaltando o papel crucial da ciência para enfrentar desafios sociais, econômicos e ambientais:
“As temáticas e discussões evidenciam que investir em ciência e tecnologia é essencial para o progresso sustentável, promovendo soluções inovadoras e baseadas em evidências, capazes de transformar a sociedade e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Estamos aqui porque temos na PUCRS um papel importante e protagonista na geração e construção do conhecimento por meio do nosso posicionamento institucional de gerar inovação, impacto e valor para a sociedade”, ressalta.
Já Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e membro do Conselho de Ciência e Tecnologia da Presidência da República destaca que esta edição da Conferência será certamente lembrada como aquela que lançou o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (IA para o Bem de Todos), no contexto de diversas outras temáticas discutidas no evento, pelas principais lideranças acadêmicas do País. “Neste sentido, o Conselho teve um papel relevante ao coordenar os estudos que geraram o Plano de IA para os próximos 5 anos. Com relação à Conferência, temos o desafio de elaborarmos rapidamente o relatório final, que conterá as estratégias nacionais que serão a base do Plano Estratégico de CT&I para os próximos 10 anos. Um aspecto central da Conferência, sem dúvida, foi o ambiente leve e colaborativo, reunindo mais de 2 mil cientistas e gestores acadêmicos”, compartilha.
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A governança do evento que ocorre em 2024 conta com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social supervisionada pelo MCTI, e articulação de mais de 40 instituições, além de oito ministérios. Estão à frente dessa condução: a ministra Luciana Santos (MCTI), a comissão executiva que tem como coordenador e secretário geral, o ex-ministro da CT&I, Sérgio Rezende, um conselho consultivo, do qual a PUCRS faz parte, e cinco subcomissões, além do secretário geral-adjunto, Anderson Gomes.
A 5ª Conferência é um processo em construção feito após as reuniões preparatórias que se dividem em: livres, temáticas, estaduais, municipais, distritais e regionais. Entre as novidades desta quinta edição estiveram as conferências livres, realizadas por cidadãos e instituições; a realização de conferências estaduais em todas as 26 unidades federativas e o Distrito Federal; e a utilização de inteligência artificial para compilar dados e relatórios de todas essas etapas em um único documento que está servindo de base para o encontro principal.
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Antes da Conferência, foram realizadas mais de 130 pré-atividades de ciência, tecnologia e inovação em todo o país com a participação massiva de instituições. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) estão entre as que promoveram importantes ações para a conferência. Os debates abordaram temas como neoindustrialização, academia, indústria, mulheres na ciência, defesa, inovação, economia solidária, tecnologia social e inteligência artificial.
A 1ª CNCT aconteceu em 1985, com o tema Rumos do novo Ministério. O objetivo foi discutir com a sociedade as políticas para a área, de modo a subsidiar as ações do recém-criado Ministério da Ciência e Tecnologia. Já a 2ª CNCT foi realizada em 2001 com a temática “Novo modelo de financiamento para a área, baseado nos fundos setoriais”. Foi nessa conferência que se discutiu o novo modelo de financiamento baseado nos Fundos Setoriais, posto em prática a partir de 1999. Naquela oportunidade foi criado o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE)
Em 2005, aconteceu o terceiro encontro com o tema “Desenvolvendo Ideias para Desenvolver o Brasil”. A ênfase foi na importância da CT&I para gerar riqueza e promover a inclusão social, das quais a educação é o pilar principal. E por fim, a 4ª CNCTI (2010) abordou a temática “Política de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação com vistas ao Desenvolvimento Sustentável”. A conferência norteou suas discussões segundo as linhas do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI) 2007-2010.