Ensino

Estudantes de Relações Internacionais realizam visita técnica em organizações na Bélgica

sexta-feira, 16 de fevereiro | 2024

A missão técnica aconteceu entre os dias 19 e 29 de janeiro. / Foto: Divulgação

Promover uma imersão científica e pedagógica, ancorada em uma experiência de aprendizado na prática: essa é a proposta do PUCRS Global Experience que, durante sua segunda edição, levou 14 estudantes do curso de Relações Internacionais para Bruxelas, na Bélgica. Nessa edição, intitulada “Relações Internacionais do Século 21, Atores e Agendas”, estudantes puderam conhecer organizações internacionais que possuem grande relevância no cenário mundial, como a União Europeia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), a Comissão Europeia, a Missão Brasil-União Europeia e a Embaixada Brasileira. 

A missão, que aconteceu entre 19 e 29 de janeiro, foi organizada pela professora e coordenadora do curso de Relações Internacionais da PUCRS, Teresa Marques. Os/as alunos da Universidade foram os/as primeiros estudantes brasileiros já recebidos pela OTAN. Para a professora, essa visita permitiu que os/as estudantes entendessem como uma organização governamental como a OTAN funciona.  A docente ressalta que a organização é essencial para o aprendizado de questões envolvendo segurança nacional, sobretudo diante da guerra entre Ucrânia e Rússia.  

“Em geral, a OTAN não é aberta para visitas (e quando aberta é para visitas de grupos de estudantes dos chamados países aliados), e nós tivemos a honra de conseguir levar nossos/as estudantes para realizar essa visita.”, celebra a professora.  

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Durante a viagem à capital da Bélgica, os/as estudantes também realizaram uma visita à sede da União Europeia e o Serviço Europeu para Ação Exterior (SAEA). Durante a ida no local, a professora explica que duas questões envolvendo a política internacional vieram à tona. Uma delas foram as eleições dos Estados Unidos, que têm um impacto direto na política europeia. No entanto, durante a visita, o assunto mais latente foi o tratado entre o Mercosul-União Europeia, que vem sendo um debate nos jornais de todo o mundo.   

“Foi muito interessante para os/as estudantes visitar o SAEA e conversar com Alexandre Somoza, pois é uma organização que se assume como uma entidade com interesses e elementos de supranacionalidade. Em determinadas pautas, a UE se sobrepõe à soberania dos Estados, muito embora isso seja um tema controverso. Um dos pontos que nos foi apresentado foi que, na União Europeia, tudo tem que ser acordado por unanimidade, o que implica uma certa demora da organização em conseguir fechar alguns acordos comerciais. Para os/as alunos/as também é interessante poder entender essa questão.” 

Para Amália Boemeke, a viagem foi essencial para compreender o funcionamento e a estrutura de organizações internacionais como a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte. / Foto: Divulgação

A comitiva da PUCRS realizou, ainda, uma visita à Embaixada Brasileira em Bruxelas, onde os/as estudantes também foram bem recebidos. Para a docente, essa boa recepção, em todas as organizações que a Universidade passou em Bruxelas, é o reflexo da relevância internacional que a PUCRS tem.  

“Na Embaixada, os/as estudantes foram recebidos com uma mesa farta de quitutes brasileiros e brigadeiros. Nós fomos muito bem recebidos onde passamos, o que mostra a relevância e a importância do nome PUCRS no âmbito mundial. Também foi interessante ver a posição do Brasil no âmbito das relações internacionais, quando conversamos com as organizações de Bruxelas sobre assuntos relacionados à segurança nacional, política, acordo entre o Mercosul e a União Europeia, entre outros”, pontua Teresa. 

Experiência acadêmica e cosmopolita em Bruxelas 

Bruxelas é considerada “a capital da União Europeia”: muito internacionalizada e cosmopolita, a cidade reúne diversas organizações internacionais (União Europeia, OTAN, Comissão Europeia, Conselho Europeu) e conta com uma população que fala muitos idiomas. Durante a visita à Belgica, os/as estudantes da PUCRS também conseguiram conhecer o Museu da Imigração. “Ali foram apresentados à cultura cosmopolita de Bruxelas, onde participaram de um ateliê. Diferente das outras organizações que visitamos, o Museu é uma iniciativa internacional não-governamental”, explica Teresa.  

Durante a graduação, estudantes buscam formas de entender como a teoria que se aprende em sala de aula pode ser aplicada no mercado de trabalho, e com o PUCRS Global Experience, a teoria e prática se alinham. Esse foi o caso da estudante de Relações Internacionais Amália Boemeke. A aluna do último semestre da graduação acredita que a viagem à Bruxelas foi fundamental para expandir os objetivos e planos da sua carreira. 

“No quesito acadêmico não tenho dúvidas de que me ajudou a compreender o funcionamento e a estrutura de organizações internacionais como a Uo nião Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte. Entender os interesses dessas instituições no Brasil, na América e no Mercosul também foi muito interessante e essencial para observar as diferentes narrativas, especialmente porque também tivemos contato com a Embaixada Brasileira em Bruxelas e com os diplomatas responsáveis pela missão Brasil-UE.” 

A expectativa é que dentro do curso de Relações Internacionais aconteça uma visita técnica por ano, e já existe planos para as próximas: “Já temos planos para ir à Brasília, Uruguai, e por que não voltar à Bruxelas? A missão técnica é uma atividade extracurricular opcional para o/a estudante, então há intenção de oferecê-la novamente”, finaliza a professora.  

Estude Relações Internacionais na PUCRS em 2024