Caminhada Nórdica, doença de Parkinson

A caminhada nórdica é realizada com o auxílio de bastões/Foto: Pixabay

Um projeto de pesquisa realizado pelo Laboratório de Avaliação e Pesquisa em Atividade Física (Lapafi) da Universidade, em parceria com a UFRGS, visa investigar os efeitos do exercício chamado caminhada nórdica em pacientes que possuem Parkinson. Coordenado pelo professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS Rafael Baptista, o grupo utiliza os resultados obtidos em discussões acerca da reabilitação desse público, utilizando como base os parâmetros de marcha e energia mecânica na execução do exercício físico. 

Publicado no Scandinavian Journal of Medicine and Science in Sports, uma das mais importantes revistas científicas da área, o projeto consagrou a parceria entre os dois grupos de pesquisa envolvidos. Apesar de já terem sido encontrados alguns resultados, Baptista conta que ainda serão feitas pesquisas futuras para avaliar as respostas antes e depois das intervenções de exercícios, em especial no público idoso. Além disso, deve ser realizada uma análise para compreender os pontos fortes e fracos da corrida nórdica para pessoas com doença de Parkinson.  

O que é caminhada nórdica? 

A caminhada nórdica é um tipo de intervenção de exercício que usa um modelo de bastões especificamente projetado e conta com a contribuição dos membros superiores do corpo. Com isso, a técnica auxilia o deslocamento do corpo ao se movimentar para a frente, gerando duas ações de propulsão adicionais ao ciclo da marcha.  

O que já se sabe? 

Os efeitos da caminhada nórdica na doença de Parkinson já foram objeto de estudo de outros grupos de pesquisa, os quais sugerem que ela pode ser benéfica em vários aspectos. Uma vez que eleva a velocidade máxima da caminhada, proporciona uma simetria entre os lados afetados e não afetados pela doença e induz o paciente a ter menos variação no comprimento da passada ao realizar o exercício de caminhada, aumentando a amplitude de movimento do joelho e do quadril. Segundo Baptista, essas mudanças possuem um impacto coletivo na melhoria da capacidade funcional dos pacientes e na redução dos sintomas motores da doença.  

Como o estudo foi realizado? 

Os testes de caminhada conduzidos pelo professor Baptista foram realizados com 11 pessoas que possuíam, em média, 65 anos, e eram portadoras de doença de Parkinson idiopática, medidas na escala Hoehn e Yahr com pontuação entre 1 e 1,5. Além disso, fizeram parte do estudo outros nove participantes saudáveis com 70 anos em média. Todos os participantes eram experientes em caminhada nórdica e os exercícios foram realizados com velocidade de 1,8Km/h e 4,7Km/h, utilizando oito plataformas de força 3D em uma passarela no Lapafi.  

Com os resultados foi possível notar que pessoas com doença de Parkinson demonstram alguns ajustes específicos de marcha que são diferentes daqueles observados no público saudável, devido às restrições causadas pelos sintomas da doença. Baptista ressalta que o estudo contribui para o corpo de evidências que sugerem que ajustes mecânicos específicos ocorrem em indivíduos com doença de Parkinson:  

“Pudemos apresentar mais evidências sobre o assunto, além de proporcionar evidências científicas para médicos, fisioterapeutas e profissionais de Educação Física no que tange à prescrição de exercícios físicos e reabilitação para os pacientes com esta doença. Por fim, tudo isso auxilia a abrir perspectivas para novos estudos que possam trazer mais avanços no conhecimento e gerar novas formas de intervenção e tratamento”, avalia o professor.

Fronteiras do Pensamento, Graça Machel

Graça Machel é uma ativista reconhecida pela luta pelos direitos dos negros, mulheres e crianças. Foto: Luiz Munhoz

“Esqueçam que sou negra, africana e mulher. Lembrem que sou apenas um ser humano como vocês”, ressaltou Graça Machel ao dar início à primeira conferência do Fronteiras do Pensamento em 2019, evento com apoio cultural da PUCRS. A ativista moçambicana apresentou como tema do seu encontro O respeito pela dignidade humana, causa pela qual milita há décadas, defendendo a igualdade de raça, de gênero e o direito ao credo em diferentes religiões, reforçando que todos são iguais, independente das formas externas e diversas identidades. “Morremos e nascemos do mesmo jeito”, lembrou Graça, na noite desta segunda-feira, 13 de maio, no Salão de Atos da UFRGS.

A partir do tema do Sentido da Vida, proposto pelo Fronteiras, Graça trouxe questões relacionadas com a natureza do corpo e como todos os seres humanos estão ligados pela “faísca da vida”, criada no momento do nascimento. Ela destacou a importância da diversidade, ainda que diferenciação na “fabricação” não deva estabelecer caráter de valor. Além disso, apontou que ainda não foi possível esclarecer todos os mistérios do universo, por isso acredita na existência de uma força superior, fruto das religiões.

A normalização da estratificação social

Fronteiras do Pensamento, Graça Machel

Graça defendeu a importância de ouvirmos a natureza. Foto: Luiz Munhoz

Um dos pontos enfatizados por Graça foi a aceitação mútua entre os seres humanos. Na sua leitura, lamentou a guerra contra pobres, mulheres, regiões em desenvolvimento e contra a natureza, argumentando que isso cria barreiras psicológicas e estratificação. Para ela, quando outro ser humano é privado da sua dignidade, é a dignidade de todos que está em jogo.

Graça também declarou que não há país no mundo que possa dizer que trata as mulheres como seres humanos completos. “É motivo de celebração quando se tem 30% ou 40% de mulheres no senado. Mas por que não pode ser 50%? Até para as mulheres já se tornou normal aceitar essa condição”, pontuou. Ainda, lembrou que os negros são desconsiderados na hora de criar leis que afetam a sociedade, mas que essa população é de extrema importância e tem muito a acrescentar no desenvolvimento, e instigou a plateia ao questionar: “Nós aceitamos ou provocamos essas diferenciações? ”.

“A natureza está zangada e nos manda sinais”

Ao longo de sua fala, Graça conceituou a Natureza como uma entidade que criou o ser humano e os recursos para que ele possa viver em harmonia. Em relação às catástrofes climáticas, disse que “a natureza está zangada e nos manda sinais”. Enfatizou a necessidade de viver em equilíbrio, afirmando que a Natureza fez a “máquina tão perfeita, que é o corpo humano”. A ativista colocou em questão a relevância dos itens básicos à sobrevivência e ao conforto em relação à ganância que tem destruído os recursos naturais. “A família humana decidiu que ter o necessário não era o suficiente. Com isso, nasceram os excessos e a acumulação. Instituímos relações de poder em que uns podem se impor sobre os outros, julgando-se superiores”, refletiu.

Fronteiras do Pensamento, Graça Machel

Graça atentou para a importância de valorizar o lado humano. Foto: Luiz Munhoz

Próximas gerações e movimentos sociais

Graça afirmou que todas as gerações têm seus desafios, e que “as próximas precisam redefinir agora o seu objetivo e o porquê de nós, seres humanos, existirmos”. Ela acredita que, apesar das facilidades promovidas pelas novas tecnologias, as pessoas necessitam de uma comunicação olho no olho, para lembrarem-se da “faísca da vida”, termo mencionado diversas vezes em seu discurso.

Um de seus temas preferidos também foi abordado: o ativismo dos movimentos sociais, lançando algumas perguntas ao público: “O que enriquece a nossa estadia (na Terra)? Como tocamos o coração uns dos outros? Como compartilhar? Quais as nossas causas? ”. Trazendo seu exemplo de vida, recordou: “Foram os movimentos sociais que permitiram ao meu país, Moçambique, ser livre, porque tínhamos uma causa pela qual lutar”.

Tolerar versus aceitar

Ao final da conferência, Graça foi questionada pelo jornalista Tulio Milman sobre a diferença entre tolerar e aceitar, conceitos que elaborou ao longo da apresentação. A moçambicana argumentou que tolerar cria um elemento de tensão e implica em juízo de valor sobre a outra pessoa, diferentemente de aceitar, quando se reconhece o direito e escolha do outro. “Temos papéis, mas nenhum é superior ao outro”, explicou Graça, sob os aplausos da plateia.

Histórico

Fronteiras do Pensamento, Graça Machel

O Fronteiras do Pensamento de 2019 aborda o tema Sentidos da Vida. Foto: Luiz Munhoz

Graça Machel tem uma longa história de luta pelos direitos internacionais dos negros, das crianças e das mulheres. Esteve presente na Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e durante a Luta Armada da Libertação Nacional. Em 1976, ao lado do então marido e presidente de Moçambique, Samora Machel (1933 – 1986), foi ministra da educação e da cultura. A ativista foi nomeada pela Organização das Nações Unidas (ONU), na década de 1990, para o Estudo do Impacto dos Conflitos Armados na Infância, trabalho reconhecido com a Medalha Nansen, concedida pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), em 1995. Sua atuação aproximou-a do seu segundo marido, Nelson Mandela, com quem viveu de 1998 até o falecimento líder sul-africano, em 2013.

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Foto: Rodrigo W. Blum / Unisinos

Nesta segunda-feira, dia 13 de agosto, UFRGS, PUCRS e Unisinos e a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) assinaram carta de cooperação da Aliança para Inovação de Porto Alegre. O momento foi marcado por uma reunião-almoço com lideranças, durante o 19º Congresso Internacional da Gestão, promovido pelo Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade – PGQP.

Assinaram a carta de cooperação, os reitores das três instituições, juntamente com coordenador do Conselho de Inovação e Tecnologia CITEC/Fiergs, Daniel Randon. “Para nós, da Fiergs, é uma honra fazer esse papel de se aproximar das universidades, estarmos juntos e sermos inovadores. As organizações precisam conversar mais. A carta de cooperação é o início do trabalho e a indústria tem que se aproximar das universidades”, enfatizou Daniel.

A federação é umas das primeiras parceiras a formalizar um termo de cooperação com a Aliança. “Esta parceria com a Fiergs consolida a união dos esforços entre a academia e indústria para o desenvolvimento de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul”, afirmou o reitor da UFRGS, Rui Vicente Oppermann.

Para o reitor da Unisinos, Pe. Marcelo Fernandes de Aquino, este é um fato altamente significativo “UFRGS, PUCRS, Unisinos construindo uma parceria estratégica com a Fiergs para alavancar a Aliança para a Inovação de Porto Alegre. Quem ganha é a cidadania”, destacou.

A articulação entre as universidades e a Fiergs visa promover ações em prol de um ambiente melhor de inovação na cidade de Porto Alegre. Esse movimento de mudar a cidade, que teve início com as universidades, visa engajar outras instituições, poder público, empresas e associações.

“É de fundamental importância essa união entre as universidades e a indústria em prol do desenvolvimento do ecossistema de inovação da Capital, ampliando para o Estado do Rio Grande do Sul. Esta nova conexão com a Aliança ampliará as ações empreendedoras por meio da promoção de novos projetos concretos que poderão transformar o cenário gaúcho”, ressalta o reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira.

 

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Foto: Rodrigo W. Blum / Unisinos

Conhecimento para transformar

Após a reunião-almoço, representantes das três universidades participaram de um painel durante o 19º Congresso Internacional da Gestão, no Teatro do SESI. Uma visão geral sobre a Aliança para Inovação de Porto Alegre foi apresentada durante o evento.

Para o pró-reitor de Pesquisa da UFRGS e coordenador executivo da Aliança para a Inovação de Porto Alegre, Luís Lamb, a iniciativa das universidades busca transformar conhecimento em desenvolvimento. “A Aliança quer transformar Porto Alegre numa referência do ambiente de inovação, conhecimento e empreendedorismo. Transformar Porto Alegre em uma cidade que seja novamente atraente e multiplicadora desses esforços que temos no Rio Grande do Sul em prol da nossa juventude”, afirmou.

O superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, falou sobre o Pacto pela Inovação de Porto Alegre. “Esse Pacto está alicerçado na ideia de constituir uma mesa que reúna e agregue os atores do segmento público, empresarial, acadêmico e da sociedade civil organizada. E em torno dessa mesa, pactue desafios e prioridades para a cidade, para a região. E que desses pactos derivem projetos que vão endereçar os desafios identificados e potencializar as soluções de forma mais clara”, explicou.

O encerramento do painel ficou por conta do pró-reitor Acadêmico e de Relações Internacionais da Unisinos, Alsones Balestrin, que falou sobre criação de conhecimento e inovação como um processo coletivo. “Precisamos estar todos dentro de um propósito comum, uma visão de longo prazo, trabalhando para que a Porto Alegre do futuro seja melhor do que a de hoje. E que consiga acolher os nossos empreendedores e ser um ambiente melhor para se viver e trabalhar”, finalizou.

 

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Foto: Bruno Todeschini

O papel dos partidos políticos na democracia, o seu status constitucional, financiamento e desenvolvimento foram tema de palestra ministrada pelo jurista alemão Udo Di Fabio, ex-Juiz do Tribunal Constitucional Federal da Alemanha e professor catedrático da Universidade de Bonn, realizada na manhã de quarta-feira, 9 de maio, na Escola de Direito. Di Fabio explicou para a comunidade acadêmica presente o processo histórico do desenvolvimento de partidos na Alemanha e o sistema vigente, dando ênfase para seu modelo de financiamento e o brasileiro. O Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, destacou que abordar essas questões é muito relevante no período político atual. “O tema da palestra poderá gerar um debate muito oportuno em um ano eleitoral no Brasil e diante de um cenário político nacional, que vem despertando em todos nós a reflexão e o desejo de melhorarmos as nossas instituições e sistemas”

Na palestra, Di Fabio lembrou que, apesar da atual estabilidade do sistema político e partidário alemão, a relação dos cidadãos com os partidos passou por momentos conturbados e de desconfiança, mas que a experiência ajudou a desenvolver um modelo transparente e eficiente. “Os partidos políticos são a ponte da sociedade para dentro do campo da decisão política do Estado. São, dessa forma, a coluna vertebral de uma sociedade democrática”, afirmou o jurista. Presente no evento, o cônsul geral da Alemanha em Porto Alegre, Stefan Traumann, destacou que a discussão sobre o tema é de interesse da sociedade brasileira, assim como para a europeia, pois os sistemas de partidos trariam muitas perguntas, mas, até então, poucas respostas.

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Foto: Bruno Todeschini

Apesar do foco dado aos modelos de financiamento na Alemanha e no Brasil, Di Fabio lembrou que as finanças não são o fator mais importante em uma eleição, e que na sociedade atual a opinião pública não depende apenas do financiamento de campanha, pois há canais abertos para discussão, como as redes sociais ou a atuação de intelectuais na disseminação de ideias. “Não é tão fácil transformar dinheiro em poder. Mas precisamos manter essa parte sob controle”, afirma o professor da Universidade de Bonn. Além desses assuntos, foram abordados no debate realizado com o professor e coordenador do Programa de Pós-graduação em Direito, Ingo Sarlet, e através de perguntas feitas pela plateia, a crise de confiança em partidos no Brasil e o foco em personalidades políticas, a liberdade política e as diferenças entre os sistemas presidencialista e parlamentarista.

Evento interinstitucional

A palestra Partidos políticos na democracia – Status constitucional, financiamento e desenvolvimento social foi promovida pelo Consulado Geral da Alemanha em Porto Alegre e a Embaixada da Alemanha em Brasília, com o apoio da Escola de Humanidades, da Escola de Direito, do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFRGS e do Centro de Estudos Europeus e Alemães (CDEA). Estiveram presentes também no evento o vice-reitor Jaderson Costa da Costa, o pró-reitor de Graduação e Educação Continuada, Ir. Ir. Manuir José Mentges, e o pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, Marcelo Bonhemberger, assim como a diretora e o vice-diretor do CDEA, Claudia Lima Marques e Draiton Gonzaga Souza, professor Decano da Escola de Humanidades, e o professor Decano da Escola de Direito, Fabrício Dreyer de Ávila Pozzebon.

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Ao centro, os três reitores assinam a parceria
Foto: Gustavo Diehl/UFRGS

“Esse é um dia histórico para Porto Alegre. As três instituições fortemente vinculadas ao conhecimento, à pesquisa, à cultura, ao desenvolvimento e à responsabilidade social se unem para um projeto que almeja transformar Porto Alegre”. Com estas palavras, o Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, dimensionou a Aliança para Inovação de Porto Alegre, que foi lançada na última segunda-feira, dia 9 de abril, na Sala dos Conselhos da UFRGS. Essa união conta a participação das maiores Universidades da capital gaúcha: PUCRS, UFRGS e Unisinos.

Contratado para assessorar a iniciativa e transmitir a metodologia para as instituições de ensino envolvidas e auxiliar na montagem deste pacto, Josep Piqué enfatizou que: “a agenda da inovação é uma agenda de desafios”. Presidente da Associação Internacional de Parques Científicos e Tecnológicos, Piqué está vinculado a iniciativas similares em Barcelona (Espanha), Medellín (Colômbia) e Santa Catarina.

Referência nacional em inovação

Segundo o Reitor da PUCRS, esta aliança tornará a cidade uma referência nacional em inovação e empreendedorismo, possibilitando conexões nacionais e internacionais em prol do desenvolvimento social e econômico. “Seremos um polo gerador de novos empreendimentos, termos uma base tecnológica para atrair novos investimentos e reter talentos. A PUCRS tem clareza com o seu papel como catalisadora de desenvolvimento da cidade, do Estado e do país”, complementou.

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Josep Piqué foi contratado para assessorar a aliança
Foto: Gustavo Diehl/UFRGS

Articulação de ações

Para o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, a ideia é de articular um conjunto de ações, para que elas sejam todas alinhadas, com intencionalidade, em um processo de desenvolvimento da cidade. “Vamos precisar de legislações que agilizem o processo de geração de novos empreendimentos de base tecnológica. Além disso, necessitamos criar uma atmosfera positiva para atração de investimentos do Exterior”, frisou.

Ainda, segundo Audy, a proposta é desenvolver um pacto que articule os principais agentes do desenvolvimento da cidade, da sociedade civil, das instituições de ensino, das empresas e do governo municipal.  “Vamos constituir um ecossistema de inovação que atraia novos investimentos, que permita o surgimento, o florescimento de empresas locais, de startups, de novas empresas que tenham a tecnologia e a criatividade como seus principais fundamentos”, disse.

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A PUCRS recebe um dos eventos da Semana da Língua Alemã, iniciativa das Embaixadas da Bélgica, de Luxemburgo, da Áustria, da Suíça e da Alemanha. Na segunda-feira, 9 de abril, será exibido o filme alemão A medida do mundo (Die Vermessung der Welt), de Detlev Buck, no Auditório do prédio 50, 9º andar, das 17h30min às 20h. A atividade é gratuita e aberta ao público em geral. Não é necessário realizar inscrição prévia, mas os lugares são limitados.

A programação, em Porto Alegre, tem continuidade no dia 10 de abril com a exibição da  tragicomédia Bornholmer Straße, de Christian Schwochow, no auditório do  Instituto Latino-americano de Estudos Avançados (Ilea/UFRGS), situado no Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na avenida Bento Gonçalves, 9.500.

A Semana da Língua Alemã tem o apoio do Centro de Estudos Europeus e Alemães (CDEA), hospedado pela PUCRS  e UFRGS, dedicado à discussão da globalização, do desenvolvimento sustentável e da diversidade cultural no contexto de diferentes experiências e construções na Europa/ Alemanha e Brasil.

 

7º Encontro de Redes Universitárias e Conselhos de Reitores da América Latina e Caribe,UFRGS, PUCRS,Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras, 3ª Conferência Regional de Educação Superior (Cres),Ir. Evilázio Teixeira, Observatório Regional de Responsabilidade Social para América Latina e Caribe (Orsalc), Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior da América Latina e Caribe, Humberto Grimaldo-Durán,Jorge Audy,Marilia Morosini, Rosaura Ruiz Gutiérrez

Audy, Marilia Morosini, Ir. Evilázio e Grimaldo-Duran
Foto: Camila Cunha/PUCRS

Porto Alegre está recebendo o 7º Encontro de Redes Universitárias e Conselhos de Reitores da América Latina e Caribe, que ocorre até esta terça-feira, 29 de agosto, na UFRGS. O evento, promovido por UFRGS, PUCRS e Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras, é preparatório para a 3ª Conferência Regional de Educação Superior (Cres), que ocorrerá em Córdoba (Argentina), em 2018.

Tendo como tema A educação superior regional tendo em vista o desenvolvimento sustentável, a atividade visa formular uma estratégia conjunta que reflita as aspirações e os compromissos das mais de cem redes com o fortalecimento da educação superior regional. Para o Reitor Ir. Evilázio Teixeira, o Brasil, e de maneira especial o Rio Grande do Sul, por sua proximidade geográfica e cultural com países da América do Sul, necessita intensificar sua participação e contribuição junto às instituições universitárias latino-americanas na construção de redes cada vez mais fortes e representativas nos cenários regional e internacional.

A PUCRS é uma das candidatas a sede do Observatório Regional de Responsabilidade Social para América Latina e Caribe (Orsalc), vinculado ao Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior da América Latina e Caribe, que tem por objetivo estimular políticas públicas. O Brasil ainda não tem representantes. Montado pela Unesco em parceria com universidades e empresas, funciona no México, República Dominicana, Colômbia, Peru, Chile e Paraguai, e tem como coordenador Humberto Grimaldo-Durán.

Desafios das universidades

Ir. Evilázio acredita que são exigidas novas interfaces com a sociedade. “Não se trata apenas de promover a formação de profissionais competentes para o mercado de trabalho, senão, ser a promotora de autêntica excelência humana, pessoal, social e profissional. A relevância da universidade deve ser avaliada em termos do ajuste entre o que a sociedade espera das instituições e o que elas realizam de fato. A educação superior necessita reforçar suas atividades extensivas à sociedade, voltadas para a eliminação da pobreza, intolerância, violência, analfabetismo, fome, deterioração do meio ambiente e enfermidades”, destaca o Reitor.

Segundo o assessor da Reitoria na área de Ciência, Tecnologia e Inovação da PUCRS, Jorge Audy, a educação superior é um fator de desenvolvimento econômico e social da América Latina. Lembra ainda o desafio de ampliar a inclusão com qualidade. Apenas 30% dos jovens de 18 a 24 anos da região estão na universidade. No Brasil, o índice é ainda mais baixo, de 15%. Audy cita outra demanda: aumentar a mobilidade entre estudantes da América Latina.

 Inovação social

A coordenadora de Projetos da Universidad Nacional Autónoma de México, Rosaura Ruiz Gutiérrez, falou durante o encontro de redes universitárias sobre a necessidade de expandir a visão da inovação social a serviço da melhoria da qualidade de vida. “Sempre que se fala em inovação, se pensa em ciência e tecnologia, englobando áreas como física, matemática, biologia e química. Também deve se levar em conta a inovação social. Cientistas e tecnólogos devem pensar em inovações que respondam às necessidades das pessoas. O interesse fundamental deve ser o bem-estar da humanidade.” Rosaura lembra que a tecnologia deve chegar a populações mais vulneráveis. Uma mamografia, por exemplo, não está acessível a todas as mulheres para prevenção do câncer de mama. “Penso nos grupos da Amazônia ou em Chiapas, que não têm acesso a essa forma de medicina.”

Ciclo de Palestras

7º Encontro de Redes Universitárias e Conselhos de Reitores da América Latina e Caribe,UFRGS, PUCRS,Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras, 3ª Conferência Regional de Educação Superior (Cres), Observatório Regional de Responsabilidade Social para América Latina e Caribe (Orsalc), Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior da América Latina e Caribe, Humberto Grimaldo-Durán,Jorge Audy,Rosaura Ruiz Gutiérrez

Jorge Audy e Rosaura Gutiérrez
Foto: Camila Cunha/PUCRS

De outubro de 2017 a maio de 2018, a PUCRS promoverá o Ciclo de Palestras relativas à 3ª Conferência Regional de Educação Superior. A primeira ocorrerá no dia 6 de outubro, com o Reitor, tratando da Educação superior na América Latina. O evento, coordenado pelos professores Audy e Marília Morosini, visa preparar um documento com contribuições da Universidade ao encontro regional visando à Conferência Mundial da Unesco sobre Ensino Superior, em 2019, em Paris. Diversidade cultural e interculturalidade, Internacionalização e integração regional, O papel da educação superior diante dos desafios sociais na América Latina, A pesquisa e a inovação como motor do desenvolvimento econômico e social, O desenvolvimento sustentável e Reflexões e manifesto da educação superior latino-americana são os temas dos outros encontros.

Amós Oz/Fronteiras do Pensamento

Amós Oz/Fronteiras do Pensamento

Estudantes de Pós-Graduação da PUCRS poderão assistir à conferência do escritor israelense Amós Oz, no Fronteiras do Pensamento, de forma gratuita. A Universidade, parceira cultural do projeto, oferece cortesias àqueles que participarem da ação divulgada na página da PUCRS no Facebook. O evento ocorre na próxima quarta-feira, 28 de junho, no Salão de Atos da UFRGS, com início às 19h30min. Para as próximas conferências da temporada 2017 também haverá cortesias, sempre divulgadas na fan page.

Amós Oz

Escritor israelense, Oz é ativista político e um dos mais renomados e premiados intelectuais da atualidade. É autor de uma extensa obra literária formada por romances, ensaios e críticas e publicada em 40 países, sendo um dos escritores israelenses mais traduzidos no mundo. Fundador e principal representante do Movimento Paz Agora, defende a solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina.

Civilização

A temporada 2017 do projeto Fronteiras do Pensamento tem como tema Civilização – a sociedade e seus valores. Com parceria cultural da PUCRS, o evento traz a Porto Alegre, até o mês de dezembro, conferencistas internacionalmente reconhecidos para abordar a busca por reconstrução, consciência e resgate de valores.

Parceria

Professores e técnicos administrativos da PUCRS e da Rede Marista têm direito a 50% de desconto no pacote de ingressos. Interessados podem adquirir neste link, após solicitar o código que habilita o desconto pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 4020-2050. A aquisição das entradas pode ser feita neste link ou em um dos pontos de venda físicos, com apresentação do crachá. Estudantes têm direito a meia-entrada conforme legislação.

2017_05_25-arte_debates_juridicos_diversidade(907x466)A Escola de Direito da PUCRS, dentro da programação do seu 70º aniversário, promove o 5º Ciclo de Debates Jurídicos sobre Diversidade, entre os dias 29 de maio e 2 de junho, das 17h30min às 19h15min, no auditório do prédio 11.

Os debates contam também com pesquisadores da UFRGS e da Univates e ativistas de ONGs e associações que atuam sobre temas de diversidade e gênero. Na pauta das discussões estão políticas de enfrentamento ao feminicídio, criminologia, os efeitos das reformas trabalhista e previdenciária na vida dos mais vulneráveis, as demandas da transexualidade e a situação da imigração em tempos de crise.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas na Secretaria da Escola de Direito, prédio 11, 8º andar. A participação será válida como 10 horas de atividade complementar aos alunos do Curso de Direito da Universidade. Não será fornecido certificado. Mais informações em www.pucrs.br/direito ou pelo fone (51) 3320-3634.

Confira a programação:

29 de maio – segunda-feira
Feminicídio e violência contra a mulher: políticas de proteção e enfrentamento
Camila da Costa Silva – Mestre em Ciências Sociais – PUCRS
Suelen Aires Gonçalves – Doutoranda em Sociologia – UFRGS
Mediação: Flávia de Araújo Silva – Graduanda em Direito – PUCRS

30 de maio – terça-feira
Criminologia(s) e feminismo(s)
Fernanda Martins – Doutoranda em Ciências Criminais – PUCRS
Mariana Nóbrega – Doutoranda em Ciências Criminais – PUCRS
Mediação: Marcelli Cipriani – Mestranda em Ciências Sociais – PUCRS

31 de maio – quarta-feira
Reformas trabalhista e previdenciária: como atingem os mais vulneráveis?
Sonilde Kugel Lazzarin – Professora da Escola de Direito da PUCRS
João Ricardo Fahrion Nuske – Mestrando em Direito – PUCRS
Mediação: Marina Damasceno – Mestranda em Direito – PUCRS

1º de junho – quinta-feira
Transexualidades: (in)visibilidade, demandas e violências
Guilherme Gomes Ferreira – Doutorando em Serviço Social – PUCRS
Marcelly Malta – Presidente da ONG Igualdade – Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande do Sul
Eric Seger – Educador Físico – UFRGS; Membro do Instituto Brasileiro de Transmasculinidade – Ibrat
Mediação: Caio César Klein – Doutorando em Artes Cênicas – UFRGS

02 de junho – sexta-feira
A situação dos imigrantes em razão da crise
Gustavo Oliveira de Lima Pereira – Professor da Escola de Direito da PUCRS
Fernanda Pinheiro Brod – Professora de curso de Direito da Univates
Mediação: Eliane Fontana – Professora do curso de Direito da Univates

 

 

Assinatura do memorando para a criação do Centro de Referência em Estudos Avançados em Tecnologias de Mobilidade Urbana (Cretec-MU)

Foto: Bruno Todeschini – Ascom/PUCRS

A PUCRS e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) formalizaram nesta terça-feira, 13 de setembro, uma parceria para promover pesquisas na área de mobilidade urbana. O memorando para a criação do Centro de Referência em Estudos Avançados em Tecnologias de Mobilidade Urbana (Cretec-MU) foi assinado no Global Tecnopuc com a presença do Reitor da PUCRS, Joaquim Clotet, e do Vice-Reitor da UFRGS, Rui Vicente Oppermann. A iniciativa busca tornar Porto Alegre uma referência em tecnologia nesse setor por meio do compartilhamento de dados, infraestrutura e conhecimento, além de desenvolver conjuntamente programas de pesquisa e fomento à inovação em transporte e logística. Em um primeiro momento, os trabalhos ocorrerão em laboratórios e núcleos de pesquisa já existentes, mas há planejamento para que o Centro seja instalado no 4º Distrito de Porto Alegre assim que o projeto de revitalização da região seja executado.

Este projeto é fruto de uma parceria existente há dez anos entre as duas Universidades, que resultou, por exemplo, na execução de projetos como o aeromóvel. A criação do Centro conta com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), via Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Clotet ressaltou que a terceira missão das universidades é o desenvolvimento, ao olhar para as cidades onde estão instaladas a partir da colaboração e da solidariedade. “Caminhamos juntos para que o Estado e a vida daqueles que o habitam sejam melhores”. Para Oppermann, é uma satisfação ter a parceria concretizada, com múltiplos atores, para um tema fundamental para as cidades. “Esse conjunto de forças pode efetivamente apresentar soluções para os problemas locais, que poderão ser aplicados em outras regiões”, disse. O secretário municipal da Fazenda, Jorge Luis Tonetto, afirmou que há uma carência nas tecnologias para essa área, mas que todas as ações vistas nas cidades são para buscar mais sustentabilidade e qualidade de vida. “Porto Alegre pode ser um exemplo para as outras cidades”.

O diretor da Escola de Engenharia da UFRGS, Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, e o professor da Faculdade de Engenharia da PUCRS Edgar Bortolini, presentes na cerimônia, coordenam o projeto conjuntamente. De acordo com Bortolini, alguns temas prioritários são veículos elétricos e otimização de trânsito para redução de fluxo. “As megalópoles estão crescendo, os problemas aumentando e nós podemos colaborar com nosso conhecimento. Afinal, há um grande número de doenças causadas pela emissão de poluentes e o tempo de trânsito, que são questões que queremos tratar”, acredita. Silva destacou que a parceria entre as instituições é antiga. “Esse momento demonstra o quão exitosa foi essa relação. É um novo patamar que estabelecemos para fazer a diferença para a cidade e para nosso País”, disse. Apesar de ligado diretamente à Faculdade de Engenharia da PUCRS e à Escola de Engenharia da UFRGS, a ideia é que o Centro abrigue pesquisas multidisciplinares.