Inscer, Pesquisa, Crack

Pesquisadores do Inscer/PUCRS
Foto: Bruno Todeschini/PUCRS

A PUCRS e o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul assinaram um acordo de cooperação internacional com a Universidade do Texas – Health Science Center at Houston (EUA) para um estudo inédito sobre dependência à cocaína tipo crack. Coordenado pelo pesquisador do InsCer e professor da Escola de Humanidades da PUCRS Rodrigo Grassi-Oliveira e pelas pesquisadoras Joy Schimitz e Consuelo Walss-Bass, da UTHealth, o estudo terá duração de cinco anos e possui três objetivos principais: promover o mapeamento genético de 1.000 usuários de crack e 1.000 controles (não usuários); avaliar o impacto da exposição à violência/estresse e como isso poderia “marcar” o DNA; e verificar se o vírus HIV poderia modificar o DNA dos usuários em regiões importantes para o funcionamento cognitivo e comportamental.

O orçamento é de 2,6 milhões de dólares e é proveniente do National Institute of Health (NIH) dos Estados Unidos. O InsCer e a PUCRS passam a ser uma das poucas instituições a contar com um investigador principal (PI) responsável por um grant R01 fora do solo americano. O R01 um dos mecanismos mais tradicionais utilizados pelo NIH para dar suporte a pesquisas inovadoras para promover a melhora da saúde humana.

De acordo com Grassi-Oliveira, o Developmental Cognitive Neuroscience Lab (laboratório que coordena) vem coletando sangue de usuários de cocaína tipo crack que se voluntariaram a ceder suas amostras para a criação de um grande biorepositório, contendo as duas mil amostras que serão avaliadas (incluindo controles). Na primeira etapa da pesquisa, o DNA inteiro de cada amostra de sangue será completamente “escaneado” em busca de alterações genéticas que possam estar associadas ao consumo de crack.

Na segunda parte, os pesquisadores partem em busca de marcas no DNA associadas com a exposição à violência e estresse ao longo da vida do usuário. Cada análise possibilitará a investigação de aproximadamente 2,5 milhões de regiões no DNA de cada participante. Na terceira etapa, partindo do mesmo pressuposto das marcas do DNA pela violência ou pelo uso da droga, os pesquisadores contam com um percentual de usuários portadores do vírus HIV, cujas amostras estão no mesmo biorepositório. Neste processo, o objetivo é identificar se a presença do vírus pode, de alguma forma, prejudicar os mecanismos de controle de consumo, dificultando os tratamentos.

O pesquisador ressalta que um dos principais ganhos do estudo é o de revelar novos alvos de intervenção que promovam meios de auxiliar o tratamento do usuário de crack. “Este é um projeto de descobertas e não necessariamente testar alvos pré-definidos. Queremos usar a alta tecnologia que dispomos nas duas universidades para investigar detalhadamente essas informações no DNA dos usuários e controles”, revela. Com os resultados, Grassi e sua equipe esperam apontar para o desenvolvimento de novas drogas ou tecnologias, implicando, inclusive, em políticas de prevenção. “O que vemos, em geral, é uma busca por tratamento quando o uso já está praticamente fora de controle. O trabalho incessante deve ser feito quando a dependência está se desenvolvendo, ou melhor, antes mesmo de aparecer”. O grupo ainda conta com pesquisadores da UFRGS, da UTHealth e os alunos de doutorado da PUCRS Breno Sanvicente-Vieira e Thiago Wendt Viola.

Contexto Brasil – EUA

Segundo o último Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD), realizado em 2012 em todo o território nacional, mais de dois milhões de brasileiros são usuários de crack/cocaína ou já consumiram a droga pelo menos uma vez na vida. Isso coloca o Brasil em uma posição bastante preocupante, representando 20% do consumo mundial. Um dos fatores mais impactantes é que apenas 1% destes usuários procura tratamento. No mesmo ano, o Instituto Nacional de Pesquisa de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) divulgou que os Estados Unidos possuem 4,1 milhões de usuários. Números que preocupam os pesquisadores, que uniram esforços a fim de conhecer mais a fundo as interações entre os fatores genéticos e ambientais envolvidos no consumo de crack nos dois países.

Museu,Exposição,Beagle,MCT

Foto: Bruno Todeschini/PUCRS

As universidades e os institutos tecnológicos são responsáveis por 90% da pesquisa produzida no Brasil. E como esses resultados chegam à sociedade? Uma das oportunidades é aberta pelo Dia C da Ciência, celebrado em 25 de outubro, numa ação incentivada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. A PUCRS está entre as 29 instituições gaúchas que terão uma programação especial nessa data. As atividades ocorrem no Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre) e no Pavilhão Polivalente do Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Maria, com o Museu Itinerante (ProMusit). A entrada é gratuita.

 

Programação do Dia C da Ciência

 

Oficinas

Inteligência Geoespacial Aplicada à Redução de Risco de Desastres: O que é RRD? Apresentação; Vídeo/Reportagem RRD; Geocodificação (pesquisa de reportagens sobre desastres para mapeamento no Fusion Table, ferramenta do Google).
Horário: Das 8h30min às 9h45min
Local: Laboratório de Geoprocessamento – prédio 5 – Sala 306
Responsável: Professor Regis Lahm

 

Eventos climáticos extremos: O que são?
Apresentação; Vídeo; Simulações de chuva com a maquete.
Horário: Das 10h às 11h45 min
Local: Laboratório de Geoprocessamento – prédio 5 – Sala 306
Responsável: Professor Regis Lahm

 

O Desvio de Wien
Objetivo: fazer com que cada participante realize um experimento qualitativo que demonstra o Desvio de Wien, compreendendo o significado de espectro luminoso e de temperatura de cor, que são informações úteis para a formação científica do cidadão, aplicáveis quando da escolha de lâmpadas para faróis de automóveis ou para iluminação doméstica, por exemplo. Número máximo de participantes: 15 (de acordo com a disponibilidade de vagas)
Horário: das 14h às 15h
Local: Laboratório de Instrumentação, , prédio 10 (Faculdade de Física), sala 213-15.
Responsável: Professor João Bernardes da Rocha Filho

 

Dobraduras e utilização de softwares para visualização de curvas (Cônicas)
Horário:
17h
Local:
Laboratório de Tecnologias para Aprendizagem em Rede (LabTear) – prédio 15 – Sala 105
Atividade ministrada por bolsistas do Laboratório de Aprendizagem da PUCRS

 

Hora do Código
Atividade voltada para crianças que buscam entender o funcionamento básico da comunicação móvel através de atividades de programação básica.
Público-alvo: jovens
Duração: 2h
Hora:14h30
Local: Faculdade de Comunicação Social – prédio 7, sala com computadores

 

Oficina debate e a reflexão sobre o gênero documentário – Tecna/Okna.
Datas: 24 e 25 de outubro
Horário: Das 14h às 23h.
Local: Tecnopuc – Auditório Talento Empreendedor – prédio 96I.
Informações: (51) 3353-6215 – Ramal: 6215

 

Exposições

Desvendando os Recursos Naturais da Amazônia Azul
Exposição multimídia sobre o fundo oceânico brasileiro, com materiais obtidos nas expedições oceanográficas realizadas pelo Instituto de Pesquisas e Recursos Naturais (IPR). Exposição com legendas em Braile.
Local: Saguão da Biblioteca Central

 

Exposição do Museu Itinerante de Ciências e Tecnologia (Promusit), em Santa Maria
Data:
De 23 a 27/10/2017
Horário: Das 8h30min às 20h30min
Local: Pavilhão Polivalente do Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Maria

 

A Odontologia é uma Ciência importante para todos
Exposição de banners de alunos de graduação e de pós-graduação da Faculdade de Odontologia. Será estimulada a participação de pós-graduandos e alunos de IC, trazendo os resultados de trabalhos científicos, bem como, painéis com informações relevantes para a saúde oral da população.
Local: Faculdade de Odontologia – prédio 6

 

Encontros

A internacionalização da Universidade através da Ciência
O evento busca integrar grupos de pesquisa da Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto da PUCRS – Grupo de pesquisa em fisiologia do exercício e biomecânica (Fisiomec) e Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos (GPEO). Aberto para estudantes da educação física e áreas afins.
Horário: Das 14h às 16h30
Local: Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto – Prédio 81 – Sala 904
Informações e inscrições: gpeo@pucrs.br

 

Aula aberta

O Princípio da Contagem e sua Aplicação na Probabilidade
Aula da disciplina Práticas Pedagógicas em Matemática, ministrada pela professora Daniela Rodrigues
Horário: 19h30min
Local: Faculdade de Matemática – prédio 30, bloco C – sala 208

 

Festival

Festival da Matemática do RS
Alunos e professores do Curso de Matemática estarão participando do Festival da Matemática do RS, promovido pela PUCRS e diversas instituições de ensino superior parceiras.
Data: De 25 a 28 de outubro
Local: Campus da Unisinos – São Leopoldo (RS)

 

Vídeos e apresentações

Informações sobre HIV
Vídeos com informações sobre HIV, construídos com base nas pesquisas desenvolvidas pela Área de Psicologia Social do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Psicologia da PUCRS. Os vídeos abordam questões referentes ao teste rápido de HIV e aconselhamento sobre o assunto para o público em geral. A ideia é a construção de novas estratégias de difusão do conhecimento produzido pela academia. Os links dos vídeos serão disponibilizados na página do PPG em Psicologia no Facebook, no Dia C da Ciência, numa tentativa de levar ao público os resultados das pesquisas efetuadas.
Links:
youtube.com/watch?v=oqlH9b8hXmY
youtube.com/watch?v=giiMd2SwT6k

 

Aplicações de conceitos matemáticos estudados nos Cursos de Engenharia
Horário: 19h
Local: Prédio 15 – sala 102 (arena)
Atividade ministrada por bolsistas do Laboratório de Aprendizagem PUCRS (Lapren)

 

Conferência Criminologia, Civilização e Nova Ordem Mundial
Convidado: Prof. Dr. Wayne Morrison, da Queen Mary University of London.
Horário: 20h30min
Local: Escola de Direito – Auditório do Prédio 11

 

Ciência? E eu com isso?
A série de Minutos da Ciência abordará o tema Ciência? E eu com isso? Apresentada por acadêmicos do curso de Ciências Biológicas da Universidade, a iniciativa busca aproximar e sensibilizar os visitantes com as relações do conhecimento científico no nosso cotidiano. As ações educativas ocorrem durante o dia, na área de exposições do Museu.
Horário: das 9h às 17h
Local: Museu de Ciências e Tecnologia

 

Os caminhos da evolução
Partindo das exposições Marcas da Evolução e A Viagem de Beagle, os visitantes podem conhecer os caminhos da evolução nesta visita mediada.
Horário: a partir das 14h30min
Local: Museu de Ciências e Tecnologia

 

Abordagens interdisciplinares da violência
Vídeo informativo.
Link: youtube.com/watch?v=WTw9ofwKMkY

 

Como mudar o comportamento das pessoas
Vídeo informativo. Apresentação da professora Margareth da Silva Oliveira.
Link: youtube.com/watch?v=OeXsLex0X1M&t=339s

 

Rodízio de atividades práticas em 3 áreas da Biologia: Zoologia, Botânica e Anatomia Público-alvo: até 30 alunos de ensino médio.
Horário: Das 14h às 16h
Local: Faculdade de Biociências – prédio 12 – bloco C
Atividades:
Aranhas – Aspectos gerais sobre o comportamento de aranhas, curiosidades sobre a biologia deste grupo de aracnídeos, sua grande diversidade de espécies e desmistificação de informações errôneas a seu respeito. Importância das aranhas das para o equilíbrio dos ecossistemas e o uso de suas toxinas na indústria (alimentícia, farmacêutica e tecnológica). Observação de exemplares. Na sala 103.
Frutos secos e relação entre o figo e a vespa. Observação de exemplares. Na sala 105.
Anatomia – Observação de peças e montagem de esqueleto. Na sala 249.

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Foto: Divulgação EPTC

Os episódios de alagamentos em Porto Alegre ganharam uma pesquisa elaborada pelo Laboratório de Tratamento de Imagens e Geoprocessamento da PUCRS (LTIG). Já foram identificados mais de oito mil pontos em que ocorreram alagamentos na Capital, conforme reportados via mídias sociais com a hashtag #AlagaPOA no Twitter. Esta iniciativa faz parte do Programa de Apoio ao Ensino e à Pesquisa Científica e Tecnológica em Desastres Naturais (Pró-Alertas).

Desde 2013, a equipe do LTIG cruza os registros de alagamentos com índices pluviométricos e modelagens de escoamento da água da chuva na superfície por meio de inteligência geoespacial, utilizando o algoritmo HAND, disponibilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com essa integração de dados, a pesquisa vem evoluindo de conteúdo, permitindo a aplicação de inteligência artificial para o desenvolvimento de análises preditivas que possam apontar as bocas de lobo com maior probabilidade de alagar em determinadas taxas de chuva. Essas informações podem ser acessadas por instituições públicas ou privadas.

Além disso, o laboratório realizou um novo estudo de caso em uma área específica no bairro Partenon. Num raio de um 1km nas proximidades da PUCRS, a pesquisa procura entender os motivos seja por descarte irregular de lixo na rede de drenagem seja excesso de precipitação. Nesta área, foram identificadas mais de 18 mil estruturas públicas e privadas propícias a alagar, com escalas de baixo a alto nível. “Esse objeto de pesquisa simula qualquer região da cidade. É um grande serviço de utilidade pública, pois pode ser inserido em aplicativos, por exemplo”, diz o professor Regis Lahm, coordenador do LTIG.

 

Confira os principais pontos de ocorrências de alagamentos em Porto Alegre: 

  1. Av. João Pessoa, 616-944 – Centro Histórico
  2. Av. Nilo Peçanha, 1521 – Três Figueiras
  3. Rua da Conceição. 3942 – Centro Histórico
  4. Av. Neusa Goulart Brizola, 10 – Petrópolis
  5. Rua Voluntários da Pátria, 4237-4281 – Centro
  6. Rua da Conceição, 2276 – Floresta
  7. Rua Dona Sebastiana, 67 – São João
  8. Rua Professor Cristiano Fischer, 3955 – Petrópolis
  9. Av. da Legalidade e da Democracia, 2894 – Cais do Porto
  10. Av. Sertório, 1621-1719 – São João
Prêmio Pesquisador Gaúcho,Margareth Oliveira,Psicologia,Fapergs,Paulo Machado Mors, presidente ADUFRGS Sindical

Professora Margareth recebe prêmio de Paulo Mors, da ADUFRGS
Foto: Dudu Leal

A professora do Curso de Psicologia da PUCRS Margareth Oliveira foi agraciada com o prêmio Pesquisador Gaúcho 2017, na modalidade Pesquisador Destaque, na área de Educação e Psicologia. Promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), a premiação ocorreu na noite desta quinta-feira, 5 de outubro, no Salão de Convenções da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). A professora e sócia-fundadora da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas (FBTC) é reconhecida pelo seu extenso trabalho nos campos de avaliação psicológica e intervenções da psicologia clínica.

Margareth possui graduação e mestrado em Psicologia pela PUCRS, e doutorado em Psiquiatria e Psicologia Médica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Participa do Grupo de Trabalho Pesquisa Básica e Aplicada em uma perspectiva Cognitivo-Comportamental, na Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP) e é membro da Diretiva da Associação Latino-Americana de Psicoterapias Cognitivas (ALAPCO) desde 2012. Como docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade, fundou em 2001 o Grupo de Pesquisa em Avaliação e Atendimento em Psicoterapia Cognitiva e Comportamental (GAAPCC), o qual já propôs 25 projetos, alguns ainda em andamento.

Pesquisas sobre comportamentos aditivos

Seus mais recentes projetos envolvem pesquisa quantitativa sobre a efetividade de tratamentos psicológicos nos comportamentos aditivos, como distúrbios alimentares e dependência química. Dentre eles, destaca-se nos últimos anos a sua contribuição com o estudo sobre o Modelo Transteórico de Mudança (MTT), e suas diversas aplicações no campo da saúde e promoção de qualidade de vida. O método é voltado para a compreensão do processo de mudanças de hábitos nas mais diversas situações, passando pelas etapas de tomada de consciência, preparação, ação, manutenção e até recaída, para mudar efetivamente os comportamentos que trazem problemas.

Tecna produz conteúdo para o Prêmio

Também foi destaque do evento o Centro Tecnológico Audiovisual do RS (TECNA), que contribuiu com a produção e desenvolveu conteúdos audiovisuais exibidos ao longo da solenidade. A ação envolveu o esforço de estudantes, professores e profissionais, articulando um esforço conjunto das universidades do RS em prol da pesquisa. A participação foi um convite da Fapergs, por meio da qual foram feitos os investimentos do Governo do Estado para a criação do Centro, com o objetivo difundir a importância da indústria criativa e audiovisual do RS, bem como valorizar a interação entre poder público, universidade e meio empresarial.

Sobre o Prêmio

Prêmio Pesquisador Gaúcho,Margareth Oliveira,Psicologia,Fapergs

Cerimônia de Premiação ocorreu na Fiergs
Foto: Dudu Leal

Esse ano foram reconhecidos pelo Prêmio Pesquisador Gaúcho pesquisadores nas áreas de Artes e Letras, Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências Humanas e Sociais, Ciências da Saúde, Economia e Administração. Além disso, destacaram trabalhos que tenham contribuído com ações inovadoras aplicáveis no ambiente empresarial nas categorias Pesquisador na Empresa, Pesquisador na Indústria, Jovem Inovador e Pesquisador Destaque Especial ao Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento. A iniciativa vinculada é à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e visa salientar a importância que tem o investimento em pesquisas para alavancar o desenvolvimento do Estado.

18º Salão de Iniciação CientíficaBolsistas de iniciação científica, professores e pesquisadores de todo o país estarão reunidos na PUCRS a partir da próxima segunda-feira, 2 de outubro no 18º Salão de Iniciação Científica. O objetivo do evento, que vai até sexta-feira, 6 de outubro, é proporcionar o intercâmbio de conhecimento e dos resultados das pesquisas, além de divulgar os trabalhos realizados na área.

A palestra de abertura tem como tema O encantamento da ciência é a energia do profissional, e será ministrada pelo professor da Escola de Medicina da PUCRS André Palmini às 14h do dia 2 de outubro, no Salão de Atos da PUCRS. O evento é aberto ao público, gratuito e não precisa de inscrições prévias.

Os bolsistas já inscritos no evento podem participar de oficinas temáticas, que recebem inscrições até quinta-feira, 28 de setembro, pelo site http://www.pucrs.br/eventos/inst/salaoic/. A programação contará também com o Espaço Jovem Cientista, no qual estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de escolas de POA, região metropolitana e interior do estado apresentarão seus projetos de pesquisa.  No dia 26 de outubro, às 17h, ocorrerá a premiação dos bolsistas destaques e dos melhores trabalhos do Espaço Jovem Cientista.

Medo, Trauma,Esconderijo, Olho

Foto: Unsplash / pixabay.com

Uma pesquisa realizada por uma aluna de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Medicina e Ciências da Saúde da PUCRS busca voluntários com 18 anos ou mais que tenham passado recentemente por algum acontecimento traumático e tenham interesse em participar do estudo. Para isso, basta enviar um e-mail para pesquisatratamentotrauma@gmail.com. A pesquisa é desenvolvida pela doutoranda Letícia Leite que, após o recebimento dos e-mails dos interessados, entrará em contato para explicar os procedimentos do estudo. Os pacientes selecionados passarão por exames de neuroimagem no Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul – PUCRS (InsCer), onde parte da pesquisa é desenvolvida com acompanhamento dos pesquisadores. O trabalho é orientado pelo professor Augusto Buchweitz e co-orientado pelo professor Diogo Lara.

O objetivo do estudo é avaliar um tratamento baseado em técnicas autoaplicáveis para pessoas que tenham desenvolvido Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Segundo Letícia, a abordagem torna-se particularmente importante “pois as pessoas que sofrem com o Transtorno de Estresse Pós-Traumático e/ou com traumas emocionais poderão ter benefícios em contar com uma técnica autoaplicável para recuperação de sua saúde mental, com acesso facilitado e redução de custos com tratamentos psicoterápicos”. O estudo é desenvolvido com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 

Transtorno de Estresse Pós-Traumático

Diariamente, eventos traumáticos afetam milhões de pessoas em todo o mundo, a partir da exposição a agressão física, assalto, violência sexual, homicídio, sequestro, desastres naturais (ou provocados pelo homem), acidentes automobilísticos e/ou aéreos. Algumas pessoas, após vivenciarem este tipo de situação, podem desenvolver um diagnóstico chamado Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), apresentando memórias angustiantes ou sonhos sobre o evento traumático, flashbacks, sofrimento psicológico, reações fisiológicas, tentativa de fugir dos estímulos associados ao trauma, alterações significativas no humor e no conteúdo dos pensamentos. Além disso, estudos de neuroimagem têm fornecido evidências a respeito de alterações estruturais e funcionais em várias regiões do cérebro de pessoas com TEPT. Esta síntese torna o quadro um importante problema de saúde púbica, em especial no Estado do Rio Grande do Sul, considerando os altos índices de criminalidade, bem como a presença de desastres naturais – com as fortes chuvas, tempestades e inundações.

18º Salão de Iniciação CientíficaCom o objetivo de promover um espaço de socialização de atividades de pesquisa envolvendo estudantes da graduação, professores e pesquisadores, a PUCRS promove o 18º Salão de Iniciação Científica, de 2 a 6 de outubro. As inscrições foram prorrogadas até 21 de agosto e podem ser efetuadas no site http://www.pucrs.br/eventos/inst/salaoic/. Serão oferecidas oficinas de diversos temas para os bolsistas inscritos no evento.

A programação contará também com o Espaço Jovem Cientista, no qual estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de escolas de POA, região metropolitana e interior do estado poderão apresentar seus projetos de pesquisa.  Mais informações e inscrições neste link: http://www.pucrs.br/eventos/inst/espacojovemcientista/.

PÚBLICO ALVO

Bolsistas de Iniciação Científica de Instituições de Ensino Superior do país e seus orientadores.

PROGRAMAÇÃO

A abertura do 18º Salão de Iniciação Científica será no dia 2 de outubro, às 14h, no Salão de Atos da PUCRS, e as apresentações dos bolsistas serão realizadas nos dias 3, 4, 5 e 6 de outubro, no 3º, 4º e 6º andar do Prédio 40. No dia 26 de outubro, às 17h, ocorrerá a premiação dos bolsistas destaques e dos melhores trabalhos do Espaço Jovem Cientista.

O INÍCIO NA PESQUISA

A iniciação científica proporciona espaços de diálogo, de aprendizado e de trocas de experiências, permitindo que os alunos atuem em projetos de diversas áreas do conhecimento. Ricardo Trentin, 30 anos, é graduando do 11° semestre de Medicina na PUCRS. Em junho deste ano, recebeu o Prêmio Lundbeck de Incentivo à Pesquisa. O primeiro contato do futuro médico com a pesquisa ocorreu já na graduação. “Isso me proporcionou oportunidades de aprender com profissionais que trilham este caminho há mais tempo”, justifica.

A coordenadora de Iniciação Científica da PUCRS, Fernanda Morrone, diz que o programa é uma oportunidade para aprofundar conhecimentos e se preparar para o futuro acadêmico. “Os resultados das pesquisas são percebidos na vida do estudante por meio do seu rendimento, das obras publicadas coletivamente e da divulgação dos trabalhos em eventos como o Salão de Iniciação”, explica.

Confira a matéria completa, da edição 184 da Revista PUCRS, aqui.

Software

Imagem: Pixabay

A Faculdade de Informática (Facin) realiza, em 10 de maio, das 17h35min às 22h30min, o SE Day, Dia da Engenharia de Software. Estudantes, professores e técnicos do Bacharelado em Engenharia de Software poderão trocar experiências e discutir temas relevantes à área e à formação profissional. Além de temas técnicos, serão abordados o empreendedorismo na área de TI, a pesquisa realizada na Facin e sua interação com a indústria e academia no País e ao redor do mundo, a carreira e o futuro da profissão. O evento ocorre no Global Tecnopuc e no prédio 32. Informações e inscrições: www.ages.pucrs.br/se-day/.

Laboratório de Farmacologia Aplicada, Farmácia, câncer, pesquisa

Foto: Camila Cunha – PUCRS

Tomar chimarrão pode ter relação com a alta incidência de câncer de esôfago no Sul do País? Ao tentar responder a essa pergunta, uma pesquisa da Faculdade de Farmácia, em parceria com a Engenharia, avaliou os efeitos específicos da erva-mate. Para surpresa do grupo, alguns compostos da bebida típica do gaúcho reduzem as células tumorais. “O efeito benéfico está relacionado ao extrato como um todo e não com a cafeína presente na erva”, esclarece a professora Fernanda Morrone, do Laboratório de Farmacologia Aplicada, líder do estudo. O Laboratório de Operações Unitárias, do curso de Engenharia Química, é o responsável por extrair os compostos. Estão sendo feitas infusões de erva-mate com e sem cafeína e ricas em outras substâncias, como flavonoides e testadas no tratamento das células de câncer de esôfago.

A próxima etapa será o teste das substâncias em células normais do esôfago para avaliar se contribuiriam para a prevenção do câncer. Estão em andamento estudos epidemiológicos sobre o consumo de chimarrão e incidência da doença. Também haverá o acompanhamento de pacientes para verificar fatores de risco, tratamentos e interações medicamentosas. O grupo pretende ainda testar os compostos em células cancerígenas de bexiga.

Na região Sul, o câncer de esôfago é o quinto tipo mais frequente em homens, segundo o Instituto Nacional de Câncer (2016), sem considerar os tumores de pele não melanoma. O alto índice pode estar associado ao consumo de bebidas quentes. Deve-se evitar água fervida no chimarrão. A temperatura que não traz riscos é menor do que 70 graus (ao chiar a chaleira).

 

Biobanco estimula pesquisas

biobanco, Instituto de Pesquisas Biomédicas, amostras de tecido humano

Foto: Bruno Todeschini – PUCRS

As pesquisas na área da oncologia são estimuladas com a organização do Biobanco, composto por material biológico humano. A PUCRS tem a primeira coleção do Estado regularizada na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Até 2011, essas amostras apenas podiam ser armazenadas para estudos de execução imediata. “Nem sempre o pesquisador tem um projeto no momento da coleta das amostras, com hipótese, cronograma e orçamento definidos, e é uma lástima descartar um material raro ou difícil de se encontrar. Agora se torna possível guardá-lo para uso futuro. As tecnologias também mudam, permitindo novos estudos”, afirma a professora Clarice Alho, da Faculdade de Biociências, que, representando a Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento, elaborou o projeto do Biobanco.

O chefe do Serviço de Oncologia do Hospital São Lucas e professor da Escola de Medicina, André Fay, diz que a iniciativa coloca a Universidade numa posição diferenciada, proporcionando um avanço científico e assistencial. “Em um trabalho colaborativo, estabelecemos o Biobanco, que permitirá a realização de protocolos de pesquisa ao longo das gerações.”

Os materiais da oncologia ficam no Instituto de Pesquisas Biomédicas. Tecidos de câncer de cólon estão armazenados por iniciativa dos professores Henrique Fillmann e Lúcio Fillmann. E, em dezembro de 2016, começaram a ser reunidas amostras de pacientes submetidas a biópsia da mama no Hospital. O projeto-piloto avalia as condições de captação do material e armazenamento.

A reportagem completa, Uma revolução contra o câncer, tema de capa da última Revista PUCRS, pode ser acessada aqui.

pesquisaEm menos de uma década, o câncer deve ser a principal causa de morte em Porto Alegre, uma das cidades que lidera os casos na América Latina. Medicamentos novos, especialmente baseados em imunoterapia (que usam o sistema imune para combater o inimigo), estão revolucionando o tratamento.

Pacientes do Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital São Lucas (HSL) participam de programas com o que há de mais eficiente contra a doença, ainda não disponível comercialmente. Eles têm acesso aos mesmos protocolos de grandes centros mundiais. Como nem todos respondem satisfatoriamente à terapia e a evolução dos tumores ainda é um desafio para a ciência, a PUCRS investe também em pesquisas, tornando-se referência nacional e internacional na área.

Para potencializar os resultados e gerar novos projetos, profissionais dos mais diversos ramos – oncologistas, cirurgiões, patologistas, químicos, físicos, farmacêuticos e biólogos – estão reunidos no Núcleo de Pesquisa em Câncer (NP-Câncer), estruturado pela Escola de Medicina, pelo Serviço de Oncologia do Hospital e pelo Instituto de Pesquisas Biomédicas (IPB).

A intenção é que, em alguns anos, esse contexto interdisciplinar contribua com o desenvolvimento científico. “Nossos alunos e professores terão a oportunidade de circular nos mais renomados ambientes acadêmicos”, destaca o chefe do Serviço de Oncologia e professor da Escola de Medicina, André Fay.

Uma nova chance

Suzana Caberlon, paciente Hospital São Lucas

Foto: Camila Cunha / PUCRS

“Estou tão bem agora que não sinto que tenho isso.” A corretora de imóveis Suzana Caberlon, 59 anos, recebeu diagnóstico de câncer no rim em 2015 e lhe deram de três a seis meses de vida. Insatisfeita com o tratamento em São Leopoldo, recorreu ao urologista, que a encaminhou ao oncologista André Fay.

A paciente está sendo acompanhada no Serviço de Oncologia do Hospital São Lucas, pelo SUS, onde participa de um protocolo de pesquisa de acesso expandido e recebe gratuitamente o medicamento imunoterápico nivolumabe. Desde então, o tumor diminuiu pela metade. Ela continua trabalhando e não se abate com as sessões quinzenais de quimioterapia.

Ricardo D'Ávila, paciente Hospital São Lucas

Foto: Bruno Todeschini / PUCRS

Outro caso é o do arquiteto Ricardo D’Ávila, 52 anos, tratado há um ano e meio no Hospital. Quando chegou, ele não conseguia mais caminhar, sentia muita dor e tinha dificuldade para respirar. Portador de câncer de rim metastático, começou tratamento no Centro de Pesquisas Clínicas e, desde então, os tumores no quadril e no pulmão apresentaram redução de 60%. “Praticamente não sofro de limitação física. Daqui a um ano estarei melhor”, afirma. “O fato de ele ter apresentado uma resposta tão importante é um bom sinal de que seja duradoura”, observa o seu médico, André Fay.

 

Sobre o Serviço de Oncologia e Centro de Pesquisas Clínicas

Formado em 1988, o Serviço de Oncologia avalia e trata todos os tipos de câncer. A nova Unidade de Quimioterapia, inaugurada em 2016, atende mais de 2 mil pacientes por mês pelo SUS e por convênios. No local, são realizados os tratamentos quimioterápicos, com drogas biológicas e de administração oral. “A Oncologia da PUCRS cresce a cada dia e deve assumir espaço relevante em âmbito local e nacional, vinculada às atividades de pesquisa”, destaca Fay.

Em 20 anos, o Centro de Pesquisas Clínicas rastreou mais de 2,5 mil pacientes na área de oncologia, dos quais 1,5 mil participaram de estudos, gratuitamente. “A pessoa é tratada da mesma maneira que se estivesse no Memorial de Nova York ou no MD Anderson, em Houston”, afirma o professor Carlos Barrios. O tratamento básico é muitas vezes superior ao oferecido pelo SUS.

A reportagem completa, Uma revolução contra o câncer, é tema de capa da edição 183 da Revista PUCRS.