Ir. Evilázio Teixeira, reitor da PUCRS, e Irmã Inês Pretto, presidente da Sociedade Sulina Divina Providência/ Foto: Diego Furtado
Um acordo de cooperação entre a PUCRS e a Rede de Saúde da Divina Providência (RSDP) – instituições reconhecidas pela atuação no Rio Grande do Sul – prevê o aprimoramento da educação em saúde no Estado e das práticas clínicas no ensino. A principal novidade, prevista ainda para setembro, é o lançamento de edital com prova única para os Programas de Residência Médica e o desenvolvimento de práticas integradas em serviços das duas instituições nos programas em Medicina Comunitária e Saúde da Família e Ginecologia e Obstetrícia. Também os programas da Residência Multiprofissional em Saúde da PUCRS (PREMUS), que tem vagas para profissionais de Enfermagem, Farmácia, Nutrição, Fisioterapia, Psicologia e Serviço Social, passarão a ter inserção em serviços da Rede Divina Providência, além das já realizadas no Hospital São Lucas da PUCRS.
No convênio, assinado no dia 11 de setembro, as instituições católicas que têm o cuidado em saúde presente no DNA, somam forças por meio de suas áreas de ensino e educação continuada. A parceria visa estabelecer e regulamentar um programa de cooperação acadêmica nas áreas de atuação e interesses comuns, iniciando pela implementação de residências médicas e multiprofissional conjuntas, ampliação de vagas e fortalecimento dos campos de prática. Para um futuro breve, prevê-se ainda o lançamento de um portfólio conjunto de cursos de especialização e extensão.
O reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira, destaca que o acordo firmado entre as instituições é também um benefício para o atendimento em Saúde da capital, que receberá profissionais ainda mais qualificados.
“Atualmente são milhares estudantes e profissionais da saúde em formação na PUCRS e essa parceria nos permite ir além da qualificação dos campos de prática, nos permite potencializar o ensino em saúde preparando profissionais com a missão de cuidado com a vida, diretrizes guias dessas duas instituições. Essa aproximação é, antes de tudo, um compromisso de desenvolvimento mútuo”, ressalta.
Já a presidente da Sociedade Sulina Divina Providência, Irmã Inês Pretto, escolheu uma passagem bíblica, em Isaías, para representar o que a aliança entre a Rede de Saúde da Divina Providência (RSDP) e a PUCRS buscam: “Alarga o espaço da tua tenda; estica as cordas e finca as estacas”, frase que também serve de inspiração ao Planejamento Estratégico da instituição para 2024-2026, que está em construção.
Segundo Irmã Inês, as duas instituições religiosas estão unidas no mesmo horizonte do cuidado com a vida: “E não seremos os únicos! Deixaremos os caminhos abertos, pois só alarga o espaço da tenda, os que confiam. E é por aqui que queremos andar fazendo uma caminhada conjunta, somando os nossos carismas em favor das pessoas”, afirmou.
A pró-reitora de Graduação e Educação Continuada, professora Adriana Kampff, ressalta que o acordo prevê também a atuação conjunta de estudantes, professores e pesquisadores da Universidade e profissionais da rede hospitalar e um conjunto de iniciativas com foco em ensino, pesquisa e extensão como a realização de eventos científicos e atividades acadêmicas colaborativas.
Os editais para ingresso nas residências oferecidas tanto pela Rede Divina Providência quanto pela PUCRS, por meio do Hospital São Lucas, devem ser publicados entre os dias 20 e 25 de setembro nos sites www.pucrs.br e www.divinaprovidencia.org.br.
A PUCRS está mais uma vez entre as melhores universidades de 25 países da América Latina e Caribe. O QS Latin America & The Caribbean University Rankings 2024, publicado pela organização britânica Quacquarelli Symonds (QS), classifica a Universidade como a melhor instituição privada da Região Sul do Brasil. Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (13).
No Brasil, 97 universidades públicas e privadas foram avaliadas. A PUCRS segue como a 2ª melhor instituição privada do País e subiu da 16ª para a 15ª posição entre todas as instituições brasileiras. O resultado desta edição considera dados referentes ao ano de 2021. Ao todo, foram avaliadas 430 universidades de países da América Latina e Caribe.
O QS Latin America & Caribbean classifica as melhores universidades latino-americanas e caribenhas avaliando a produtividade e impacto de pesquisas, empregabilidade, ensino, impacto digital e internacionalização. São utilizados oito indicadores: Reputação Acadêmica; Reputação do Empregador; Razão entre Estudantes e Acadêmicos; Acadêmicos com PhD; Rede de Pesquisa Internacional; Citações por Publicação; Publicações por Acadêmico; e Impacto Online.
A produção científica é o principal destaque apresentado pelas universidades brasileiras no ranking. A PUCRS está entre as 5 melhores colocadas do País no indicador de Citações por Publicação e entre as dez melhores no quesito Publicações por Acadêmico.
Pelo terceiro ano consecutivo, a PUCRS foi a única universidade privada do Rio Grande do Sul presente no QS World University Rankings 2024. O levantamento, elaborado pelo grupo britânico Quacquarelli Symonds (QS), também classifica a Universidade entre as melhores do Brasil, como a terceira melhor Instituição de Ensino Superior (IES) privada do País e melhor da Região Sul.
O levantamento Times Higher Education (THE) Latin America 2023 destacou, mais uma vez, a PUCRS entre as melhores universidades da América Latina e Caribe. O ranking reconhece a instituição como uma das 10 melhores universidades brasileiras e como a melhor universidade privada da Região Sul do Brasil.
O Center For World University Rankings (CWUR) 2022, considerado o maior ranking acadêmico do mundo, destacou a PUCRS entre as 2 mil melhores universidades do mundo superando mais de 90% das instituições. A Universidade também é destaque entre as instituições brasileiras mais bem posicionadas no ranking e a única Instituição de Ensino Superior (IES) privada do Rio Grande do Sul presente na lista.
Para entender melhor o perfil da comunidade universitária da PUCRS, a Pró-Reitoria de Identidade Institucional (PROIIN) sob coordenação do Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista realizou pelo terceiro ano consecutivo a pesquisa “Quem é o Estudante da PUCRS?”. O estudo, que é realizado desde 2020 na Universidade, contou com a participação de estudantes maiores de 18 anos da graduação presencial.
A pesquisa acompanhou os cenários de alunos e alunas de graduação presencial em meio às decorrências da pandemia e da ressocialização. Além de servir como uma forma de entender melhor as suas particularidades, a pesquisa se tornou mais um canal para que este público apresente suas sugestões para qualificação das estruturas de ensino, aprendizagem, trabalhabilidade, pesquisa, formação continuada e experiências no Ensino Superior. O objetivo central do estudo é acompanhar longitudinalmente, em um período de cinco anos, as variações dos dados sociodemográficos, socioeconômicos, educacionais, culturais e comportamentais da população de graduação da Universidade.
O relatório deste ano, com dados coletados em 2022, apresenta os detalhamentos da pesquisa, alguns dados gerais da população de estudantes de graduação e os achados quantitativos e qualitativos coletados no terceiro ano de estudo. O documento destaca também análises comparativas com os anos anteriores e aponta insights gerados do estudo global. O documento completo está disponível neste link.
Os resultados vêm subsidiando estruturas de gestão estratégica e iniciativas das unidades acadêmicas, possibilitando a compreensão das percepções do corpo discente nas suas particularidades e necessidades.
Foto: Giordano Toldo
Além de respostas quantitativas, ou seja, aquelas que focam em números, a pesquisa também busca entender os pontos qualitativos da Universidade. Entre os que merecem mais atenção e são destacados no estudo estão:
Estudantes de graduação maiores de 18 anos e com matrícula ativa na Universidade podem responder a quarta edição da pesquisa “Quem é o/a Estudante da PUCRS” até o dia 29 de outubro.
O prêmio é anual e estudantes das aréas de Comunicação, Design , Artes e Produção Audiovisual de todo o Brasil podem participar. / Foto: Eduardo Seidl/PUCRS
Estão abertas até o dia 17 de setembro as inscrições para a 36ª edição do Prêmio SET da Indústria Criativa da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS (Famecos). Com novidades como as categorias Projeto de Impacto Social, Arte Autoral, Fotografia, Projetos desenvolvidos em Laboratórios Experimentais, Jornalismo em Áudio e Jornalismo em Vídeo, a premiação está prevista para o mês de outubro.
Desde a primeira edição, o SET Universitário é uma oportunidade para compartilhar conhecimento, ideias e avanços na área da comunicação, design, arte e produção audiovisual. Agora o evento tem um novo conceito, passando a se chamar SET da Indústria Criativa. O novo formato busca destacar a oportunidade para as mentes criativas, dando atenção e reconhecimento às conquistas de estudantes que se destacam.
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A decana da Famecos, professora Rosângela Florczak, destaca que o SET sempre foi uma fonte de novidades para o mercado da comunicação.
“Há 35 anos o SET destaca tendências e projetos diferenciados. Essa história e propósito ganham um momento especial neste ano quando o prêmio assume a amplitude da área na qual atuam os profissionais que são formados pela Famecos. Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Design, Produção Audiovisual, Relações Públicas e Comunicação Empresarial são profissões que dependem do ato de criar e geram bens e serviços a partir do pensamento, da estratégia e da criatividade. Ampliar o Prêmio Set Universitário para a Indústria Criativa é dar visibilidade a essa formação ampla, integrada e consistente que acontece todos os dias na nossa Escola”, ressalta.
A inscrições podem ser realizadas até o dia 17 de setembro e a premiação acontece no dia 3 de outubro. / Foto: Eduardo Seidl/PUCRS
O incentivo visa promover a disseminação de projetos e fomentação da criatividade, criando também uma rede de colaboração entre os membros da Indústria Criativa.
A premiação introduz ainda um novo troféu criado especialmente para os participantes desta edição. Criativo e contemporâneo, busca representar a essência da Indústria Criativa, combinando elementos de design com um toque artístico, refletindo a nova identidade da escola. Segundo a coordenadora do Co.Lab e coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda, Márcia Pillon Christofoli, os holofotes estarão na noite de premiação por conta das diversas integrações que já ocorrem durante todo o ano.
“O SET sempre foi um evento reconhecido pela participação de estudantes de diversas instituições. Ao longo do ano, a Escola já desenvolve uma série de palestras, aulas abertas e oficinas. Por isso, nessa edição o foco será o prêmio, para evidenciar e valorizar os trabalhos desenvolvidos em aula”, aponta Márcia.
Pensado e feito para o mercado criativo, o troféu toma forma dinâmica e foi criado pelas estagiárias do Co.Lab Marie Nora e Júlia Riveiro, sob supervisão do professor do curso de Design, Stefan von der Heyde Fernandes, numa parceria com o LabDesign. Os critérios de análise dos trabalhos serão definidos a partir da expertise de jurados que tem vínculo direto com o mercado criativo.
A exposição “Landell de Moura: 100 anos da história do rádio” começa nessa terça-feira, dia 12, no Museu de Ciência e Tecnologia (MCT) da PUCRS. A mostra conta a história da trajetória do gaúcho Roberto Landell de Moura, denominado “Padre cientista”, além de comemorar os 130 anos da primeira transmissão de telegrafia e telefonia sem fio, experiência feita pelo padre, em equipamentos alocados a 8km de distância um do outro.
A exposição foi desenvolvida a partir de uma parceria entre a Escola de Humanidades, Escola de Comunicação, Artes e Design e o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. A curadoria é de Edison Hüttner (PUCRS) e Thais Nunes Feijó (IHGRGS). A mostra ficará em exibição pelos próximos seis meses no terceiro andar do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS, de terças a sextas-feiras, das 9h às 17h, e sábados e domingos, da 10h às 18h, e também comemora os 130 anos da primeira transmissão de telegrafia e telefonia sem fio, experiência feita pelo padre, em equipamentos alocados a 8km de distância um do outro.
Nascido em 21 de janeiro de 1861, em Porto Alegre, Roberto Landell de Moura é lembrado por sua contribuição no campo das telecomunicações e foi precursor de diversas invenções e descobertas científicas muito avançadas a época, além de ter contribuído com análises sobre psicologia e religião. Sua trajetória educacional o conduziu à Escola Politécnica no Rio de Janeiro e, posteriormente, à Roma, onde recebeu formação em Teologia e foi ordenado sacerdote em 1886. Durante sua estadia em Roma, lançou as bases de suas pesquisas que culminaram na revolucionária invenção de transmitir voz à distância sem fios, posteriormente reconhecida como a essência do rádio.
Fundado há mais de 70 anos, o Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS está alinhado com os princípios da Universidade de preservar e difundir o conhecimento por meio de seus acervos e exposições. Diariamente, o Museu recebe a visita de públicos diversos, além de excursões de estudantes das escolas da Região Metropolitana de Porto Alegre. No ano passado, o Museu recebeu mais de 200 mil visitantes.
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Projeto USE é coordenado pelo professor Odilon Duarte, da Escola Politécnica/ Foto: Giordano Toldo
A preocupação cada vez maior com o meio ambiente e o futuro do planeta leva cada vez mais empresas e instituições a adotarem medidas sustentáveis e a assumirem o compromisso com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Um desses objetivos, a meta nº 7, diz respeito ao acesso à energia limpa: o uso dos recursos energéticos, bem como formas mais sustentáveis de gerar e consumir energia, são pauta fundamental na construção de um futuro que torne viável a permanência da vida na Terra. A PUCRS se compromete com a pauta de energia sustentável há 15 anos por meio do Projeto USE – Uso Sustentável de Energia, que busca levar às pessoas conhecimentos e informações sobre o consumo consciente de energia e práticas de sustentabilidade.
Instituído pela PUCRS em março de 2008, participantes do projeto já realizaram mais de 4.600 ações dentro e fora da Universidade. Odilon Duarte, coordenador do USE e do curso de Engenharia de Energias Renováveis da Escola Politécnica, onde é realizado o projeto, destaca que o impacto social gerado vai além do Campus e é gerado por meio da sensibilização das pessoas, seja por trabalhos técnicos, eventos, palestras, entrevistas, visitas técnicas e educacionais ou por do uso das redes sociais.
“O Projeto USE dissemina conteúdo para que os cidadãos sejam protagonistas na proteção do planeta em que habitam, para que sua qualidade de vida não seja afetada de forma negativa, reduzindo o uso de fontes não renováveis e a emissão de gases do efeito estufa, trazendo pautas ambientais a lugar de destaque”, comenta ele.
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Ao longo de tantos anos de realização, o Projeto USE deixa um extenso legado de conscientização e transmissão de conhecimentos sobre medidas que promovem o uso eficiente de energia, bem como as consequências do bom e mal uso desta que refletem em questões sociais, climáticas e financeiras. “Tal aprendizado é aplicado tanto na PUCRS quanto nos lares dos indivíduos que atuam na Universidade”, pontua o docente. Tudo isso reflete a importância de iniciativas como o Projeto USE para o futuro do meio ambiente e do planeta em geral.
“O projeto realiza estudos para mitigar as consequências das ações humanas no planeta. Neste sentido, a iniciativa leva em consideração a disponibilidade dos recursos naturais para suprir as necessidades da humanidade, juntamente com a redução das emissões dos gases de efeito estufa”, conta Odilon.
Projeto USE promove diversas ações dentro e fora da Universidade para promover o consumo consciente de energia/ Foto: Bruno Todeschini
O projeto é dividido em três frentes de atuação: o vetor técnico, o vetor educacional e o vetor de comunicação e relacionamento. No vetor técnico, são desenvolvidos trabalhos voltados para sistemas de consumo de energia (iluminação, refrigeração, climatização, entre outros). No vetor educacional, são realizadas ações de sensibilização para os públicos internos e externos da Universidade, a fim de promover o uso consciente da eletricidade. E no vetor de comunicação e relacionamento, são realizadas campanhas de conscientização, participação em eventos e publicações informativas em redes sociais. Neste também ocorre a concessão de entrevistas para veículos de comunicação, sendo estas textuais, para rádio e TV.
Entre as diversas pesquisas e ações desenvolvidas pelo Projeto USE recentemente, destacam-se participações em seminários importantes, como o 11º Seminário Cidade Bem Tratada, especificamente no painel temático “Mobilidade, Energia e Descarbonização”, juntamente com especialistas da área. O projeto também marcou presença no seminário 3º Seminário sobre Energias Renováveis, participando do painel de capacitação, também junto a especialistas. Também foram concedidas diversas entrevistas sobre temáticas como energias renováveis, apagão e eficiência energética. Odilon destaca outras ações recentes:
“Realizamos avaliação da qualidade da energia de sistemas consumidores de energia no Campus Universitário; levantamento do perfil de consumo de energia elétrica das edificações; análise da viabilidade econômica para o emprego da mobilidade elétrica e na eficiência energética para a substituição do sistema de climatização do Laboratório de Alto Desempenho (LAD) e no Hospital São Lucas (HSL) da PUCRS, entre outras ações”, explica.
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Adriano Klein/ Foto: Arquivo pessoal
Seja como estagiários ou voluntários, muitos estudantes da Universidade já passaram pelo Projeto USE, dos mais diversos cursos, entre eles todas as Engenharias, Arquitetura e Urbanismo, Ciências Biológicas, Direito, Psicologia, Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda. Adriano Klein, formado em Engenharia Elétrica com ênfase em Sistemas de Energia pela PUCRS, participou do projeto quando era aluno e afirma ter sido uma experiência enriquecedora, e que o fez compreender uma nova forma de se relacionar com a energia.
“No projeto eu pude perceber que a energia não se limita ao aspecto físico, mas envolve muitas outras questões relevantes para um profissional que atuará no mercado de energia. Hoje, vejo o setor e as grandes empresas do ramo se movendo em direção à descarbonização, algo que está na essência do Projeto USE. A experiência ampliou a minha visão sobre a energia e foi fundamental para a minha trajetória profissional, pois me fez entender a importância do uso sustentável da energia. Os aprendizados que obtive no projeto alimentam o meu propósito de trabalhar com esse tema fascinante”, comenta ele.
Matheus do Carmo/ Foto: Arquivo pessoal
O alumnus Matheus do Carmo, também formado no mesmo curso e ênfase que Adriano, destaca a importância que ter participado do projeto teve em sua formação:
“Foi fundamental, tanto do lado profissional, por me moldar em um perfil ímpar para o mercado, quanto do lado pessoal, por fomentar minha atuação em causas importantes como o combate ao aquecimento global por meio dos conhecimentos da atividade que decidi exercer. A PUCRS, com sua infraestrutura, permitiu que eu fosse exposto, ainda na graduação, a desafios de liderança, proatividade e maturidade, participando, inclusive, de seminários internacionais como expositor, ao lado de colegas com pós-doutorado. Isso foi responsável por parte considerável das conquistas que tive até o momento como engenheiro.”
Gabriele Schmeling/ Foto: Arquivo pessoal
A estudante Gabrielle Schmeling, do curso de Engenharia de Produção, integra atualmente o Projeto USE e conta que seu interesse em participar do projeto veio da possibilidade de atuar em uma iniciativa que gerasse impacto social e ambiental.
“Uma das motivações e expectativas pela qual iniciei no projeto USE foi poder participar de forma ativa em um programa que contribuísse de fato com a comunidade, e aprender na prática a relevância das fontes de energias renováveis, que geram impactos positivos em setores ambientais, sociais e financeiros. É gratificante perceber como a conscientização das pessoas promove o uso eficiente de energia, que reduz as ações negativas no planeta, gerando maior qualidade de vida para todos. Acredito que, desta forma, o projeto vem sensibilizando a sociedade, pois se cada um fizer a sua parte e utilizar os recursos naturais de forma consciente, futuramente mais brasileiros poderão ter acesso à energia elétrica, necessidade básica à qual infelizmente nem todos tem acesso.”
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Estude Engenharia de Energias Renováveis na PUCRS
5ª Maratona de Inovação reuniu dezenas de estudantes e teve como tema “Negócios de impacto: inovação para transformar a sociedade”/ Foto: Giordano Toldo
A 5ª Maratona de Inovação da PUCRS (MIP) teve a participação de mais de 180 estudantes que formaram 17 equipes multidisciplinares. Realizada pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (IDEAR) e o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) em conjunto com as sete Escolas, a atividade aconteceu no início de setembro. Durante dois dias, alunos e alunas tiveram a oportunidade de atuar em inovação, tecnologia e empreendedorismo, interagindo com outras áreas de conhecimento, tendo como temática central Negócios de impacto: inovação para transformar a sociedade. Os grupos foram desafiados a pensar em soluções a partir de três desafios propostos. Integrantes do Tecnopuc, como Webmed e Thoughtworks, estiveram presentes para mentorar e auxiliar estudantes durante todo o desenvolvimento dos projetos.
Alunos do projeto Daily Sync, destaque do desafio “Aumentando a expectativa e qualidade de vida: da cura à prevenção”/ Foto: Giordano Toldo
Um dos desafios, intitulado Aumentando a expectativa e qualidade de vida: da cura à prevenção, teve como destaque o grupo Daily Sync. A equipe formada por Augusto Borges, aluno da Escola de Comunicação, Artes e Design, Pietra Lorensi e Fernando Grauer, da Escola de Negócios, Bianca Segala e Nicolly Rodrigues, da Escola de Direito, propôs uma plataforma que cria rotinas de forma automatizadas para profissionais do mercado financeiro que não conseguem manter uma dinâmica saudável.
“A nossa plataforma desenvolve toda a rotina por meio de uma inteligência artificial e já conecta com os profissionais da saúde que o usuário da plataforma precisa consultar”, explica Fernando, integrante do grupo destaque. Fernando conta como foi participar pela primeira vez de um programa como a MIP: “Eu decidi que estava na hora e não me arrependo. O contato que temos com pessoas de outras áreas do conhecimento durante o programa é fundamental, fomos mentorados com ajuda desde o começo”, completa Fernando.
Grupo Ressuni, vencedor do desafio “Promovendo o acesso: Da mobilidade urbana ao enriquecimento cultural para todos”/ Foto: Giordano Toldo
O segundo desafio, intitulado de “Promovendo o acesso: Da mobilidade urbana ao enriquecimento cultural para todos”, teve como destaque o grupo Ressuni, formado por Leonardo Silveira, Escola de Direito, Vanessa Lima, Sofia Mattos e Enzo Lanzarin, da Escola de Humanidades, Júlia Bueno, da Escola de Negócios, e Maria Danelon, Escola Politécnica. A ideia do projeto foi facilitar a transição para a vida adulta, combinando tecnologia e orientação especializada para direcionar jovens rumo a carreiras promissoras.
Grupo Kaffa, destaque no desafio “Reduzindo impactos ambientais: Da reciclagem ao reformular modelos existentes de sistemas, produtos e serviços”/ Foto: Giordano Toldo
Por fim o desafio Reduzindo impactos ambientais: Da reciclagem ao reformular modelos existentes de sistemas, produtos e serviços teve como equipe destaque o grupo Kaffa, formado por Isadora Krob, da Escola de Negócios, Isabela Passos e Rafaela Sibemberg, da Escola de Comunicação, Artes e Design, Luiza Lauxen e Milee Koenia, da Escola de Direito. A ideia do projeto é desenvolver um copo reutilizável e de descarte ecológico utilizando a borra de café. Segundo os estudantes, o projeto tem o propósito de impactar o planeta de forma consciente, reutilizando aquilo que se vê como lixo. “Assim utilizamos a borra de café como matéria prima para a fabricação de xícaras e, através de uma economia circular, coletamos essa borra em cafeterias parceiras que recebem o produto final com desconto”, explica Isadora.
A ideia inicial do projeto surgiu em aula, mas foi na MIP que ele foi desenvolvido em equipe, inserido em ferramenta de modelagem e instruído por professores de diversas áreas, na mentoria, agregando valor e a estrutura que um projeto precisa. Isadora também foi uma das alunas que já havia participado da MIP. “Participei da MIP 2021 logo que entrei na faculdade. Na época ainda estávamos em pandemia e por isso o evento foi online. Foi uma experiência muito desafiadora pois, mesmo online, conseguimos juntar pessoas de diversos cursos e concretizar um projeto muito importante sobre o autismo, conquistando o destaque na Maratona”, comenta.
Gabriele Jeffman, analista de Inovação e Desenvolvimento do Tecnopuc Startups, destaca a importância da participação da equipe de startups na Maratona: “É muito legal poder integrar a Maratona de Inovação e contribuir para a o desenvolvimento de projetos dos alunos. Dessa edição da MIP, selecionamos três projetos, que já iniciaram sua trajetória e modelagem do seu negócio na 15° edição do Startup Garage”, comenta.
Para Silvia Dapper, líder de projetos do IDEAR e professora da Escola de Comunicação, Artes e Design, é preciso destacar a necessidade de pensar no contexto no momento de planejar o projeto: “Para criar um negócio de impacto, uma das principais motivações é trabalhar um determinado contexto para a solução de algum problema social e/ou ambiental. E algo importante para se falar sobre este tipo de empreendimento é que ele também carrega a necessidade de ser financeiramente sustentável”, completa.
Outra ação que fez parte da programação da MIP foi o voto popular. A atividade também promoveu uma premiação para a equipe que obtivesse maior número de votos por meio das redes sociais. Os grupos participantes contabilizaram mais de 6mil votos e o destaque foi o projeto Connect Malte, que conquistou 2 mil votos.
A equipe foi formada por Eduardo Gasperin, João Panassol, Camila Carnelos, Pedro Grazziotim, alunos da Escola de Negócio, Felipe Julius, estudante da Escola de Comunicação, Artes e de Design e Emyli Severo, da Escola de Direito. Eduardo conta que o objetivo do projeto é reciclar o bagaço do malte e utilizar na produção de ração animal. “Nossa ideia é usar essa sobra, que muitas vezes é jogado fora e prejudica o meio ambiente, e transformar em um pré produto de ração”, explica.
De acordo com Eduardo, essa foi a segunda vez que ele participou da Maratona. Em 2022, o projeto desenvolvido por ele foi destaque em uma das categorias e também recebeu o prêmio AGES. “A Maratona é uma experiência muito legal. Acho que ela estimula a criatividade e o trabalho em equipe. É legal ter multidisciplinaridade no grupo e ter vários pontos de vistas para o desenvolvimento”, ressalta.
A abertura da Maratona contou com a participação de convidados que trabalham diretamente com o tema. Maira Petrini, professora Escola de Negócios, mediou um painel com a participação de Ana Lúcia Maciel, coordenadora do Farol Hub Social, Henrique Dias, cofundador da Noharm.ai, e Elisângela Machado, coordenadora do programa Coalizão pelo Impacto.
Professor da Escola de Direito da PUCRS é nomeado desembargador do TJRS/ Foto: OAB-RS
Na última segunda-feira (4), o Prof. Dr. Marcelo Machado Bertolucci, da Escola de Direito da PUCRS, tomou posse como desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) na solenidade presidida pela chefe do Poder Judiciário, a desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira. O docente foi escolhido pelo Conselho Pleno da Ordem para integrar a lista sêxtupla, que foi submetida ao TJRS e, posteriormente, teve seu nome definido pelo governador do Estado, Eduardo Leite.
Para Marcelo, ser empossado Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul representa motivo de honra e felicidade.
“Meu compromisso em cumprir a missão com ética, compromisso absoluto com os jurisdicionados, respeito ao Estado Democrático de Direito. A serenidade, o equilíbrio e a entrega responsável são igualmente alguns deveres dentre outros tantos que cumprirei”, relata.
Marcelo Machado Bertolucci é coordenador do Núcleo de Ciências Criminais e Segurança Pública da Escola de Direito e foi presidente da seccional gaúcha da OAB no biênio 2013/2015. Com 29 anos de atuação na advocacia penal, foi agraciado com a condecoração máxima do Ministério Público e é Cidadão Honorário de Porto Alegre. Em 2019, recebeu a Comenda Oswaldo Vergara, pelos serviços prestados à Ordem, e o prêmio Mestre Jurídico Orlando de Assis Corrêa, entregue pela ESA/RS. Além disso, leciona Direito Penal na PUCRS há 23 anos.
Na ocasião, foram nomeados outros três novos desembargadores, todos Alumni da Escola de Direito da PUCRS: Gustavo Alberto Gastal Diefenthäler, Amadeo Henrique Ramella Buttelli e Marcelo Lemos Dornelles.
A solenidade contou com a presença de professores, funcionários e autoridades da Universidade, como Ir. Marcelo Bonhemberger, Pró-Reitor de Identidade Institucional da PUCRS, professor Solimar dos Santos Amaro, Relações Institucionais da PUCRS e professor Sandro André Bobrzyk, decano da Escola de Direito.
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Criada em 1947, Escola de Direito é uma das mais tradicionais do Rio Grande do Sul. / Foto: Camila Cunha
Cerca de 25% da população brasileira está potencialmente à margem do sistema judiciário e impedida de reivindicar seus direitos por intermédio da Defensoria Pública. De acordo com o último estudo realizado pelo órgão, são 52.978.825 pessoas sem acesso à assistência gratuita, sendo 48.467.198 economicamente vulneráveis e com renda familiar de até três salários-mínimos.
Com o objetivo de facilitar o acesso da população a soluções jurídicas e servir de campo de prática para os estudantes, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) oferece serviços jurídicos gratuitos à comunidade gaúcha. As ações conduzidas pelos alunos e supervisionadas por professores fazem parte do Núcleo de Práticas Jurídicas da Escola de Direito.
“O Direito costuma ser pensado por um viés um tanto elitista, mais relacionado a questões empresariais. Isso, no entanto, é a exceção. O Direito na verdade é um método de resolução de conflitos para o cidadão comum. E é essa uma das vivências que o aluno deve ter na universidade. Ele pode ser advogado, defensor, promotor, juiz e precisa aprender a lidar com essa realidade“, comenta o professor da Escola de Direito da PUCRS, Felipe Kirchner.
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Nesta entrevista, Kirchner, junto a Marcos Eberhardt e Álvaro Vinicius Paranhos Severo, também professores da Escola de Direito da PUCRS, comentam os diferenciais do curso e como eles podem beneficiar não só o estudante, mas a comunidade de forma geral.
Marcos Eberhardt – O SAJUG envolve atendimentos à comunidade gaúcha tanto no âmbito do Direito Civil, quanto no âmbito do Direito Penal. Trata-se de uma assistência gratuita que está há muito tempo presente no dia a dia do aluno, uma vez que é oferecida pela Escola de Direito desde a década de 1960.
Álvaro Vinicius Paranhos Severo – A Lei do Juizado surgiu em 1995. O JEC Posto PUCRS, por sua vez, foi instalado em 1999. Trata-se de um serviço vinculado à jurisdição do Foro Regional do Partenon. A pessoa interessada vem até o balcão de atendimento e faz uma síntese do que está solicitando. Tendo todos os requisitos, inicia-se um processo no Juizado Especial que se acontecerá em três etapas: tentativa de conciliação, instrução e sentença. É aberto a toda comunidade, bastando comprovar, por meio de endereço residencial, que faz parte da competência do Foro Regional do Partenon.
Felipe Kirchner – O Balcão surge por meio de um convênio da PUCRS com o PROCON do Rio Grande do Sul. No começo, ele funcionava como uma filial do sistema de proteção do consumidor dentro da universidade. Hoje, já atuamos com outros parceiros, como a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul e os Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs). A ideia é oferecer um serviço completo, de ponta a ponta, para o consumidor. Vale destacar que, diferentemente do JEC, não temos um limite territorial. Atendemos todas as demandas que chegam.
Marcos Eberhardt – O SAJUG, serviço que atua em causas civis e criminais, atende em torno de mil pessoas. No JEC, experiência voltada para o campo da audiência, temos cerca de 500 atendimentos. Enquanto no Balcão do Consumidor, focado no interesse do consumidor, são 100 casos, em média. É importante ressaltar que cerca de 70% dos conflitos são resolvidos pelos alunos da PUCRS e que mais de 60 mil gaúchos já foram beneficiados.
Felipe Kirchner – Ao participar desses serviços, o aluno vivencia a rotina de um escritório de advocacia. Ele tem uma experiência completa a partir do caso, se envolvendo com problemas concretos, se vendo na profissão, criando capacidades e soft skills, pois é necessário acolher a pessoa. São pontos que, na sala de aula, não têm como serem ensinados. Mas é claro que o estudante não está sozinho para resolver as questões. Existem diversos professores e professoras que supervisionam as atividades, com toda a estrutura da PUCRS no apoio.
Marcos Eberhardt – O Núcleo de Práticas Jurídicas será ampliado para um novo espaço, com mais de 1.500 metros quadrados. Essa mudança tem o objetivo de atender mais demandas, abrigando todos os serviços do NPJ, além dos três aqui mencionados, que funcionarão nos três turnos para alunos do primeiro ao décimo semestre. O Balcão do Consumidor será o primeiro a ser inaugurado neste formato, agora em setembro. SAJUG e JEC se juntam até julho de 2024.
Marcos Eberhardt – O Tecnopuc Law tem ganhado destaque na PUCRS. Nele, um grupo de alunos coordenado pelo professor Ricardo Lupion visa responder dúvidas e conflitos extrajudiciais e judiciais de startups. É um serviço que vem ao encontro da resolução da dificuldade que existe em fornecer os aparatos necessários para as startups em questões específicas da área, trazendo, assim, uma maior vazão para o problema.
Felipe Kirchner – Também vale destacar a Dupla Titulação com a Universidade de Parma, na Itália. Na área de Direito, não é possível exercer a profissão em outros países. Temos que passar por um exame de ordem para atuar. Com esse serviço da PUCRS, o aluno se forma não só nas leis brasileiras como nas italianas, podendo prestar o exame de ordem, ser aprovado e, assim, ter acesso a toda a União Europeia. São dois diplomas pagando por um.
Marcos Eberhardt – A nossa visão, enquanto Universidade e Escola de Direito, é proporcionar aos nossos alunos e alunas vivências práticas reais voltadas às mais diversas carreiras jurídicas. As experiências a partir de casos reais, como acontece diariamente no SAJUG, no JEC e no Balcão do Consumidor, onde os nossos estudantes têm protagonismo no atendimento, permitem uma formação profissional completa, possibilitando melhores escolhas para o futuro.
Interessados em estudar na Escola de Direito da PUCRS podem realizar o vestibular ou solicitar o ingresso extravestibular. Outras possibilidades são por meio de processo de transferência, ingresso de diplomado, reopção ou reingresso. Confira as formas disponíveis em www.pucrs.br/estudenapucrs.
*Texto originalmente publicado em GZH
Em dez anos, o número de pessoas idosas em situação de pobreza cresceu em mais de 800 mil. / Foto: Pexels
A nova pesquisa do Laboratório de Desigualdades, Pobreza e Mercado de trabalho – PUCRS Data Social mostrou que a população idosa do Brasil vem aumentando exponencialmente nos últimos anos e, acompanhado desse movimento, o número de idosos que vivem abaixo da linha da pobreza também cresceu. Em uma década, o percentual de idosos passou de 7,72% (2012) para 10,49% (2022), o que em termos absolutos significa um aumento de 15,2 milhões para 22,4 milhões de pessoas com idade superior a 65 anos. A mudança também pode ser percebida na composição etária da pobreza no Brasil: se em 2012 2,9% da população em situação de pobreza era composta por idosos, em 2022 esse percentual subiu para 4,2%, o que significa um aumento de 2 milhões para 2,8 milhões de idosos. No que se refere à população extremamente pobre, o percentual subiu de 1,4% para 3,1%, o que representa um aumento de 216 mil idosos em situação de extrema pobreza em uma década.
A pesquisa foi realizada utilizando os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (PNADc), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo trabalha com as linhas de US$6,85 PPC/dia para pobreza e US$2,15 PPC/dia para a extrema pobreza, assim como definidas pelo Banco Mundial. Em valores mensais de 2022, a linha de pobreza é de aproximadamente R$636,52 per capita/mês e a linha de extrema pobreza é de aproximadamente R$199,78 per capita/mês. Idosos que vivem em domicílios com renda per capita abaixo desses valores estão em situação de pobreza e/ou de pobreza extrema.
O recorte utilizado no estudo abrange pessoas com 65 anos ou mais de idade, sendo este valor baseado nos critérios de aposentadoria (INSS) e do acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).
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“Os dados refletem o processo de transição demográfica pelo qual o país vem passando; e, diante dele, novos desafios irão surgir, como o envelhecimento da pobreza, que num futuro não tão distante irá demandar ajustes nas políticas sociais”, explica o professor e Coordenador do PUCRS Data Social, Andre Salata
Assim como é no cenário nacional, a população gaúcha em situação de pobreza aumentou na última década. / Foto: Pexels
O estudo também analisa a composição da renda dos idosos. Entre jovens e adultos, a maior parte da renda tem como fonte o mercado de trabalho. Já entre os idosos, os rendimentos do INSS assumem protagonismo, de modo que em sua ausência a renda deles sofreria uma queda de 59,8%. Sem o INSS, a taxa de pobreza entre os idosos aumentaria 53,4 pontos percentuais, e a extrema pobreza subiria 44 pontos percentuais. Nesse aspecto, a situação dos idosos destoa bastante daquela encontrada entre jovens e adultos, tanto para a pobreza quanto para a extrema pobreza.
“O envelhecimento da pobreza também aumentará a importância e a necessidade de atenção às redes de proteção aos idosos, pois estes dependem prioritariamente dos recursos provenientes da aposentadoria ou do benefício de prestação continuada. Em função disso, além de garantir o acesso a esses benefícios, será necessário garantir, também, que os valores a serem pagos sejam capazes de viabilizar uma vida digna para um maior contingente de idosos”, esclarece uma das autoras do PUCRS Data Social, professora Izete Bagolin.
A pesquisa também observou que à composição etária da pobreza no Rio Grande do Sul tem um movimento similar ao ocorrido no país ao longo dos últimos anos. Em 2012, 2,6% da população em situação de pobreza no RS era composta por idosos. Dez anos depois, em 2022, esse percentual subiu para 4,5%. Em termos absolutos, isso significa que o número de idosos em situação de pobreza chegou a 87,3 mil no ano passado no Estado. Já em relação à extrema pobreza, a participação dos idosos cresceu de 3,6% para 5% nos últimos 10 anos, fazendo o número de idosos gaúchos em situação de extrema pobreza chegar a 15,3 mil.
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Além disso, o estudo também destaca a evolução das taxas de pobreza e de extrema pobreza entre os idosos no RS ao longo da última década. É possível perceber que, durante a pandemia, o percentual de idosos gaúchos em situação de pobreza aumentou significativamente, chegando ao patamar de 6,9% em 2021. Apesar da queda em 2022, quando a taxa caiu para 5,7%, o recuo não foi suficiente para colocá-la no mesmo patamar que encontrávamos antes da pandemia.